Nada se salva se as almas se perdem. A alma moderna deve ser trazida de volta a Deus e à felicidade, mas como? Deve o cristão, com suas verdades eternas, insistir que as almas modernas voltem à abordagem tradicional, que iniciava seu percurso contemplando a natureza? Que a alma moderna deve se aproximar de Deus por meio dos cinco argumentos de Santo Tomás? O mundo seria mais são se isso fosse possível, mas o objetivo deste livro é que devemos começar pelo homem moderno como ele é, não como gostaríamos de encontrá-lo. Nossa apologética, por não ter percebido esse ponto, está atrasada. Ela não aquece a alma moderna: não porque seus argumentos não sejam convincentes, mas porque aquela está confusa demais para compreendê-los. Tal pessoa projeta no mundo exterior sua própria confusão mental e conclui que, uma vez que não conhece a verdade, ninguém pode sabê-la. Não existe um ideal fixo, nenhuma grande paixão, mas apenas uma fria indiferença para com o resto do mundo. É o cordeiro balindo nos arbustos, mais do que o rebanho nas pastagens pacíficas, que atrai o coração e a mão amiga do Salvador. Mas a recuperação da paz por meio de sua graça implica uma compreensão da ansiedade, a grave queixa da humanidade cativa de hoje.