A Redoma de Vidro – Dois anos antes de suicidar-se em 1963, a poeta Sylvia Plath elaborou esse romance sobre uma mulher – no fundo, ela mesma – que vai perdendo o senso até que sobra só um surrealista e vazio senso comum.
Único romance de Sylvia Plath (1932-1963), que se suicidou um mês após sua publicação, A redoma de vidro é um misto de ficção e autobiografia. Como a autora, também a protagonista é depressiva e suicida, embora sua história e personalidade sejam diferentes. Por isso mesmo, o romance é também uma representação simbólica de mulheres de classe média que, na década de 1950, tinham pouco acesso a informações, a rupturas sociais e morais e à liberdade sexual, causando, entre outras coisas, estados de transtorno mental. O tratamento com choques elétricos, recebido por Esther Greenwood, é só uma das faces do problema, ainda atual, de enfrentamento dos distúrbios psiquiátricos.
Com humor, coloquialidade, ironia e agilidade, acompanhamos a jornada de uma escritora jovem e bonita, convidada a passar um mês como correspondente de uma revista de moda em Nova York, em meio a jantares fúteis, festas de coluna social e amizades fugazes, entre as quais ela se sente inútil e amplamente deslocada. Conhecida como poeta, Sylvia Plath revela-se aqui como uma romancista que faz com que o leitor, como se ele também submetido a uma redoma de vidro, perca o fôlego e se sinta tão aprisionado quanto a própria Esther Greenwood. Noemi Jaffe Escritora e crítica literária
A Coleção Folha Grandes Nomes da Literatura traz ao público 28 ilustres autores da literatura mundial cujos clássicos marcaram gerações de leitores. Entre eles estão Machado de Assis, Fernando Pessoa, Eça de Queirós, Oscar Wilde, Virginia Woolf, Joseph Conrad, Tolstói e outros renomados autores.