Recentemente, uma pesquisa realizada com cerca de mil líderes evangélicos nos Estados Unidos, apontou que pouco mais da metade dos pastores reclamam do mesmo problema: a solidão. Boa parte sucumbe no meio do caminho e deixa para trás a vocação ao ministério, se rendendo às múltiplas pressões do século 21 e aos apelos do mundo moderno. Diante deste cenário, como explicar que o alento pode vir por meio de um modelo adotado por um bispo católico da antiga cidade de Hipona (atual Argélia), localizada no norte da África, que viveu há 1600 anos? É isso o que acontece quando nos debruçamos sobre o exemplo de mentoria do bispo Agostinho, do século V. Considerado santo pelos católicos e um dos pais intelectuais da Reforma Protestante (que ocorreria mais de mil anos após sua morte) pelos protestantes, o bispo africano continua a atordoar filósofos, teólogos e historiadores com seus relevantes pensamentos. Coube ao escritor Edward L. Smither, autor de Agostinho como mentor – Um modelo para a preparação de líderes, fazer um recorte da teologia pastoral do bispo que por mais de quarenta anos teve como seu trabalho diário o pastoreio da igreja de Hipona. Conhecer o caminho trilhado por Agostinho para mentoriar e ser mentoriado pode ajudar na resposta de dilemas cada vez mais atuais nos púlpitos.