Nesse livro marcado por uma razão sensível que baila entre temas doces e espinhosos, mesclando cartas, ficção, diálogos e entrevistas com mestres, Allan da Rosa e Deivison Faustino analisam os pontos de encontro entre a musicalidade de Jorge Ben e as culturas negras atlânticas a partir de uma filosofia maloqueira.
Da Rosa e Faustino trabalham habilmente os contrapontos da recepção de Ben, discutindo os meandros entre segregação e intimidade que estão na base do racismo à brasileira. A pluralidade e a encruzilhada de ideias trazem a força de uma arte que nos convida a contestar fronteiras modernas entre estética e política.