Este não é um livro de poesias. É um confessionário de criaturas poéticas. Invenções que só sabem se comunicar por meio do cotidiano transformado em poesia e que assumem a estranha forma de palhaços. De Sabugo a Tristão, os palhaços heterônimos deste livro nada mais são do que vozes enlatadas que compõe um catálogo de visões. Todos presos em um carro apertado, esperando por sua vez de tomar o volante. São heterônimos que, assim como seus versos, são espontâneos, caóticos e impulsivos. Este é um diário para seres que são feitos de pura poesia e da história dos conflitos que emergem quanto são obrigados a coabitar este livro.