A trama de Confraria Van Gogh - a vida secreta de um livro de biblioteca pública traz a relação entre leitores de diferentes faixas etárias, por meio da leitura de um exemplar único do acervo de determinada biblioteca. Eles não se conhecem pessoalmente, eles sequer sabem o nome real uns dos outros, entretanto, as marcações com estilos e cores singulares nas páginas desse exemplar deixam transparecer traços de personalidades que passam a ser intuídas, de forma concreta ou puramente fantasiosa, pelos demais.
Todos estão ligados por um ponto em comum: a paixão pela vida de Van Gogh. E no entremeado de vidas e situações que parecem corriqueiras, surgem as marcas do que é a luta de cada um para entender a vida e ser fezli.
O texto é uma carta de amor às artes visuais, à literatura, e ao objeto livro, não apenas por aquilo que ele contém, mas também por seu potencial transmutador.
Assim, temos aqui uma obra rica em inúmeros aspectos, com tantas camadas quanto as pinturas do artista holandês que modificou vidas; com tantas facetas quanto a diversidade humana.