Decaído, na linguagem dos instrutores do Bope, tropa de elite carioca, é um termo para designar os soldados convertidos em mercenários. Aqueles que cruzam a linha do bem para o mal, como Lúcifer, o anjo decaído que se rebelou contra Deus. Não que esses policiais se julguem anjos ou demônios. Mas, com o treinamento que recebem, vem também a capacidade de escolher entre a vida e a morte de seus alvos. Um poder divino nas mãos de jovens condicionados à batalha e submetidos a uma rotina de forte estresse. Esta é a história do capitão do Escritório do Crime, Adriano Magalhães da Nóbrega, o aspirante a oficial da Polícia Militar, infiltrado no Batalhão de Operações Policiais Especiais, o temido e famoso Bope, para servir à máfia do jogo do bicho. Em duas décadas, ele se tornou o chefe de uma implacável milícia de assassinos de aluguel, passou a explorar cassinos clandestinos e manteve laços de amizade com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e com seu primogênito, o senador Flávio Bolsonaro.