Um dogma, no campo filosófico, é uma crença/doutrina imposta, que não admite contestação. No campo religioso é uma verdade divina, revelada e acatada pelos fiéis. No catolicismo os dogmas surgem das Escrituras e da autoridade da Igreja católica.
Isto seria uma definição simples, direta e muito superficial do que significa Dogma, e por conseguinte o seu conjunto, a Dogmática. Para Grandes teólogos como Emil Brunner, o dogma não é a palavra de Deus, nem pode substituí-la, mas certamente é um meio eficaz na sua compreensão w na sua divulgação, pois carrega em si o caráter didático.
Para Karl Barth, o realizar a dogmática era uma vocação, era seu sacerdócio: fazer conhecer a palavra de Deus pela capacidade de divulgação humana, palavra que é inspiradora ao homem de fé.
Nesta obra, que poderíamos chama-la de introdutória à maior obra de Karl Barth (Dogmática Eclesiástica), o teólogo suíço parto do Credo apostólico para formular um corpo dogmático cristão, em que a idéia de cada afirmação contida na mais antiga confissão de fé da igreja Cristã é tratada com grande profundidade.
Karl Barth (1886-1968) talvez o teólogo mais influente de língua alemã do século XX. Filho de um ministro da Igreja reformada e catedrático em Berna, Barth foi ordenado em 1908. Seu reconhecimento da bancarrota ética da teologia protestante liberal durante o seu pastorado em Safenwill, durante a Primeira Guerra Mundial, levou-o a questionar sua própria posição. E, 1919 publicou a primeira edição de Der Romerbrief (Carta aos Romanos). O livro conquistou-lhe uma cadeira de Teologia Reformada em Gottingen e é reconhecido como o início da neo-ortodoxia, ou teologia dialética, ou teologia da crise.