A investigação de um jornalista sobre o mais decisivo mistério da história: a origem do cristianismo. Que enigma se esconde por trás do nome “Jesus”? Para lá dos opostos clericalismos, que hipóteses atendíveis é possível hoje fazer, sobre ele? Foi de verdade “predito” pelas milenárias Escrituras dos hebreus? Mas Jesus existiu mesmo? Não é antes um mito que a fé revestiu de história?
Se existiu, porque é que o obscuro e falhado pregador se transforma de repente no Cristo que violenta a história e a trunca em duas partes? Donde vem aquele seu ensinamento inexaurível e inquietante fecundidade? Então, foi, na verdade, o “Filho de Deus”? Mas se Deus existe, por que é um Deus escondido? Que dizer, depois, das outras religiões? Porque é que Jesus não é nem Buda nem Maomé?
A estas perguntas, o livro propõe respostas “laicas” claras e honestas, que não pretendem exaurir o mistério. O estilo é vivo, jornalístico, excluindo notas eruditas. Mas cada palavra é rigorosamente documentada. Estas páginas nascem, de fato, de muitos anos de investigação nas bibliotecas da Europa, de visitas às escavações arqueológicas no Médio Oriente, de encontros com especialistas internacionais.
Ao termo da investigação, parece ao autor que a mais plausível das “hipóteses sobre Jesus” é aquela proposta pela fé que a razão aconselha a apostar na historicidade dos evangelhos. Um livro dum crente, portanto. Contudo, o pensador marxista Lúcio Lombardi Radice, do Comité Central do PCI, reconhecendo embora a diversidade das conclusões, define no prefácio este ensaio “lúcido e apaixonado verdadeiramente belo, inteligente e sincero”.