Os julgamentos de Joana d’Arc podem ser problematizados na relação entre Estado e Igreja na Idade Média Tardia. Tensões políticas nesse período levaram os Pontífices a manterem relações problemáticas com o poder temporal, podendo ter repercutido em alguns dos julgamentos da Donzela. Ela foi condenada e depois absolvida por uma Igreja em crise, recém-saída do Grande Cisma do Ocidente, que dividiu o clero nas décadas finais da Guerra dos 100 anos.
Nesse cenário surgem discussões filosóficas políticas, protagonizadas por Marsílio de Pádua e Guilherme de Ockham, que são importantes para compreender a tensão entre poder secular e poder espiritual e a forma como política e religião se relacionam hoje.