Christopher John Francis Boone sabe de cor todos os países do mundo e suas capitais, assim como os números primos até 7.507. Gosta de animais mas não entende nada de relações humanas. Adora listas, padrões e verdades absolutas. Odeia amarelo e marrom e, acima de tudo, odeia ser tocado por alguém. Christopher Boone tem 15 anos e sofre da síndrome de Asperger, uma forma de autismo. Criado entre professores especializados e pais que definitivamente não sabem lidar com suas necessidades especiais, ele nunca vai muito além de seu próprio mundo, não consegue mentir nem entende metáforas ou piadas. É também incapaz de interpretar a mais simples expressão facial de qualquer pessoa. O próprio personagem define seu cérebro como um computador com grande memória fotográfica, capaz de resolver complicadas equações matemáticas mas com nenhuma habilidade para lidar com emoções ou pessoas.
Um dia, Christopher encontra Wellington, o cachorro da vizinha, morto no jardim. É acusado do assassinato e preso. Depois de uma noite na cadeia, decide descobrir quem matou o animal, e, inspirado no seu personagem fictício favorito, o impecavelmente lógico Sherlock Holmes, escreve um livro, relatando suas investigações. O resultado é O estranho caso do cachorro morto, e Christopher acaba descobrindo muito mais do que procurava.
Original, bem-escrito e envolvente, O estranho caso do cachorro morto é o livro de estréia do inglês Mark Haddon. A história do garoto autista que sabe tudo sobre matemática e quase nada sobre seres humanos já conquistou um dos mais importantes prêmios estrangeiros: o Whitbread 2003, na categoria Livro do Ano. O romance já foi traduzido para 32 línguas e figurou entre os livros mais vendidos nos EUA e na Inglaterra. Com uma narrativa emocionante, Haddon criou um romance tanto para jovens quanto para adultos.