Este livro traz dois ensaios onde Hans Belting - um dos maiores pensadores das artes visuais da atualidade - articula questões centrais para a reflexão sobre a história da arte. Para o autor, é preciso reformular a "ciência das artes" para uma abordagem que evite o maior pecado de um historiador: o anacronismo. A história da arte, tal como era contada, aparece para ele como um "equívoco ocidental", que trata o desenvolvimento de algumas correntes da produção visual de uma determinada cultura como uma narrativa única e universal.
O autor propõe uma revisão das concepções da pesquisa em um novo modo de encarar esses fenômenos e chamá-los pelo nome que eles têm. Dentro desta perspectiva, Belting nos oferece um amplo panorama da produção em história da arte, problematiza algumas peculiaridades da arte contemporânea, tenta entender as peculiaridades dos museus ontem e hoje e nos sugere "uma nova e mais abrangente história da imagem". O volume inclui ainda um conjunto de imagens que, apresentadas sem encadeamento linear, constituem um discurso em si mesmo, num íntimo diálogo com os textos.