Papillon, condenado ao degredo na Guiana Francesa por um crime que não cometeu, foge passados quarenta e três dias. Dois mil e quinhentos quilómetros por mar, os ingleses de Trindade, os holandeses de Curaçau, a Colômbia e as suas masmorras alagadas, os índios Guajiros, as tentativas de fuga de Baranquilla e, de novo, o regresso ao degredo. Mas desta vez, a situação complica-se. Desta vez, é a reclusão que significa dois anos num isolamento total. Uma nova tentativa de fuga e, de novo, a reclusão. Por fim, passados treze anos, a grande fuga, a derradeira e final.
Obra extraordinária sobre a vida dos condenados ao degredo e um retrato por vezes irónico por vezes brutal das prisões sul-americanas, Papillon é também a história de um homem que mesmo entre as maiores adversidades não se lamenta, não se conforma, não se deixa abater e que ao atravessar as mais desumanas condições de vida persiste no seu ideal de justiça, de amizade e de fé no ser humano.
Publicado anteriormente pela Bertrand na década de 70, esta obra autobiográfica de Henri Charriere, que na sua edição original vendeu milhões de exemplares por todo o mundo, revolucionou o género literário autobiográfico, transformando Papillon num marco histórico da literatura universal. Henri Charriere acabaria por falecer em 1973, sem saber que a sua obra única se transformaria num dos maiores clássicos do século xx.