Depois da publicação deste livro (vários milhões de exemplares vendidos), que reproduz uma brilhante tese de doutoramento apresentada pela autora na Universidade de Colúmbia, Kate Millett passou a ser considerada uma das principais teóricas do chamado movimento de libertação das mulheres, que tantas polêmicas tem suscitado em todo o mundo. De todas as interrogações que o conhecimento da obra irá pôr ao leitor, a não menos surpreendente será,
aliás, a seguinte: COMO PÔDE UMA TESE
QUASE ACADÊMICA TORNAR-SE A BÍBLIA
DE UM MOVIMENTO QUE SE APRESENTA
TÃO RADICAL?
No centro da tese que apresenta encontra-se a afirmação de que não existem, para além das características genitais, diferenças entre os dois sexos. "Masculino" e "feminino" não
seriam mais do que "condicionamentos culturais" cuja formação e desenvolvimento a autora procura desvendar recorrendo para isso à História, à Psicologia e à Literatura.