"São Luís, ou Luís IX, o santo rei, neto de Felipe Augusto e avô de Felipe, o Belo, governou a França de 1226 a 1270. Embora seja o menos conhecido dos reis franceses da Idade Média, o século XIII ficou conhecido como o “século de São Luís”, apesar do século XII, criativo e ardente, e o XIV, que mergulha a Europa na crise medieval, terem atraído mais os historiadores. No entanto, ao lado de Frederico II, SÃO LUÍS - título da biografia de Jacques Le Goff que a Record lança no Brasil - é o personagem mais importante do referido século no Ocidente cristão.
São Luís nasceu em 1214 em Poissy, e aos 12 anos subiu ao trono, reinando inicialmente sob a regência de sua mãe, Branca de Castela, que enfrentou os vassalos revoltados e casou Luís com Margarida de Provença (1234). A partir de 1942, passou a governar sozinho. Lançou as bases do Parlamento e do Tribunal de Contas. Em 1248, Luís lançou-se na VII Cruzada. Embarcou para o Egito, mas foi derrotado e aprisionado em Mansurá (1250). Libertado mediante resgate, retornou à França e, em 1267, reiniciou a guerra contra os muçulmanos, que só se organizou de fato em 1270 (a VIII Cruzada). Pouco depois do embarque dos cruzados na África do Norte, o rei morreu de uma doença epidêmica próximo às muralhas de Túnis. Em 1297, ele foi canonizado por Bonifácio VIII.
O projeto do livro São Luís levou mais de dez anos, uma gestação lenta e cuidadosa a que poucas biografias têm direito. A obra inventa um conceito, o de “biografia total”. Para Le Goff, trata-se de articular três perspectivas: na primeira parte do livro, ele apresenta os resultados da sua tentativa de biografia, com os principais períodos da vida tal como Luís a construiu. Na segunda, ele parte para o estudo crítico da produção da memória do rei pelos seus contemporâneos, e na terceira, finalmente, explora as principais perspectivas que fazem de Luís IX um rei ideal e único para o século XIII, um rei que recebe a auréola da santidade."
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