Um bebê nascido nas barracas de Auschwitz-Birkenau, em setembro de 1944. Uma sonata composta por um jovem oficial alemão, na mesma data, também em Auschwitz. Duas histórias que se cruzam e se completam. Décadas depois, Amália, jovem portuguesa, começa a levantar o véu de um passado nazista da família a partir de uma partitura que lhe é revelada por sua bisavó alemã. A dúvida de que o avô, dado como morto antes do fim da Segunda Guerra, possa estar vivo no Rio de Janeiro, a leva a atravessar o oceano e a conhecer Adele e Enoch, judeus sobreviventes do Holocausto. A ascensão do nazismo na Alemanha, culminando na fatídica Noite dos Cristais, a saga dos judeus húngaros da Transilvânia, os guetos na Hungria e Romênia, os trens para Auschwitz, os mistérios acontecidos no campo de extermínio da Polônia e o pós-guerra numa casa cheia de segredos num lago de Potsdam oferecem os trilhos que Amália percorrerá para montar o quebra-cabeça.
"Com descrições de tirar o fôlego e diálogos que revelam o que há de melhor e mais cruel no ser humano, ninguém ficará indiferente ao ouvir esta Sonata em Auschwitz." (Francisco Azevedo, escritor)
Luize Valente é uma escritora cujas tramas nascem de sua imaginação privilegiada e ganham corpo com pesquisa histórica rigorosa e pesquisa de campo. Elaborada com extrema sensibilidade e riqueza investigativa, sua narrativa envolve o leitor em mistério, suspense e profundos sentimentos e sensações.
"Sonata em Auschwitz" (2017) é o terceiro romance histórico da autora, depois de "O Segredo do Oratório" (2012) e "Uma Praça em Antuérpia" (2015), todos publicados pela Editora Record. Traz uma instigante história saída do campo de extermínio nazista, uma saga em pleno Holocausto. Em tempos extremos, reflete também sobre os erros que se repetem, os preconceitos que permanecem, as guerras que nunca acabam e os atos de resistência e a arte que sempre surgem em meio aos escombros.
CURIOSIDADES
1) Este romance é uma ficção baseada em fatos históricos, dados reais e depoimentos de sobreviventes. A autora teve um encontro marcante com a sobrevivente judia Maria Yefremov, hoje com mais de 100 anos, vivendo no Rio de Janeiro, e desse encontro partiu a inspiração para a escrita da ficção. Maria teve um bebé em Auschwitz em 1944 e nunca soube o que aconteceu com ele.
2) A Sonata que dá título ao romance ganhou forma no plano real enquanto o livro era escrito. O sobrinho da autora, o jovem maestro Antonio Simão, compôs a “Sonata para Haya” tendo a mesma idade do personagem Friedrich, 24 anos. Um instigante diálogo entre ficção e realidade.
3) Como surpresa para o leitor mais atento, existe uma misteriosa ligação deste novo romance com o anterior, "Uma Praça em Antuérpia".
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