Jörgen Hofmeester tinha uma vida perfeita: uma esposa atraente, uma casa com jardim em um bairro nobre de Amsterdã, uma carreira prestigiosa como editor de livros de ficção estrangeira, duas filhas lindas, Ibi e Tirza, e uma conta-corrente na Suíça. Uma vida burguesa, sossegada, que acaba sendo subvertida por uma série de eventos dramáticos: Ibi, pouco mais que uma menina, é flagrada em situação constrangedora com o inquilino de Jörgen e, depois desse episódio, resolve ir embora para sempre da casa do pai; a esposa de Hofmeester abandona a família em busca de “autorrealização”; a editora, em decisão unilateral, o aposenta antecipadamente; Tirza, a caçula e filha predileta, objeto da obsessão paterna, quando conclui os estudos, parte para uma longa viagem pela África com o namorado marroquino, que guarda inquietante semelhança com Mohammed Atta.
A narrativa começa com Hofmeester preparando meticulosamente sushis para a festa de formatura e despedida de Tirza. Por trás do aparente autocontrole de Hofmeester e de seu desprezo por qualquer emoção, há uma violência reprimida, uma tensão constante, uma ameaça invisível, elementos que dominarão a trajetória do protagonista até o imprevisto e desconcertante final.
Tirza é, ao mesmo tempo, um romance assustador e fascinante, divertido e sinistro, a história de um homem em desesperada, embora inútil, busca por salvação.
Escolhido pela revista De Groene Amsterdammer como o romance mais importante do século XXI.
Comicamente sinistro e implacável. – The New York Times
A ironia e a inteligência cheia de sarcasmo que brilham na prosa de Arnon Grunberg tornam a leitura um prazer contínuo. – J.M. Coetzee