O utilitarismo não é uma teoria econômica, como poderia parecer, mas uma doutrina ética, segundo a qual a utilidade é a medida primordial do bem. Este princípio foi aplicado posteriormente ao professo e à atividade política. Na realidade, as primeiras idéias utilitaristas foram expressas por filósofos sofistas gregos da Antiguidade, sobretudo pelos hedonistas para os quais o prazer é o movel de toda ação e que este prazer é a fonte principal da felicidade. Stuart Mill desenvolveu essa doutrina, cujas idéias centrais estão contidas nesta pequena obra, intitulada justamente "Utilitarismo". Como critério moral, a utilidade consiste na conquista e na defesa da felicidade do maior número de pessoas. O princípio da utilidade gera a felicidade individual e, como corolário em sua essência necessária, produz também a felicidade do grupo, da comunidade, de todos, visando, em última análise, o interesse comum. Em outras palavras, para que a ação atinja em grau máximo a felicidade de todos, cumpre recorrer ao critério da utilidade que, por sua vez, deve ter sempre em vista as consequências resultantes dessa ação, consequências direcionadas para o bem comum.