Mayla Viviani 18/11/2016
Ronnie é uma adolescente rebelde, que vive em pé de guerra com a mãe (Kim). Ronnie sempre chega tarde em casa, seus amigos não são boas influências e ela ainda é acusada de roubo. Ronnie não fala com o Steve, seu pai, há três anos. Steve é um ex-pianista, professor na renomada escola Juilliard, que após sair em turnê, saiu de casa e voltou para sua cidade natal na Carolina do Norte. Ronnie nunca quis saber o porque da atitude do pai, ficou sem falar com Steve e nunca abriu nenhuma carta que ele enviava a ela.
"O amor é frágil, Ronnie. E nem sempre cuidamos dele muito bem. A gente se vira e faz o melhor que pode, e torcemos para que essa coisa frágil, sobreviva apesar de tudo."
Depois de três anos vendo Ronnie afastada do pai, Kim decide levar os filhos para passar o verão com Steve. Ronnie deixa Nova York contrariada, porém não tem escolha.
Jonah, o irmão mais novo de Ronnie, fica muito entusiasmado com a viagem e se sente muito feliz ao se reencontrar com o pai, já Ronnie não deixa Steve se aproximar.
Steve trabalha na reconstrução de um vitral para a igreja que foi incendiada há algum tempo atrás. Ele é muito amigo do Pastor Harris, que sofreu algumas queimaduras no incêndio, e o vitral traz a Steve ótimas lembranças de sua infância.
Jonah se torna o principal assistente de Steve na reconstrução do vitral, enquanto Ronnie vive ameaçando o pai que irá retornar a Nova York e ordena que ele pare de tocar piano.
Em seu primeiro passeio pela praia de Wrightsville, Ronnie esbarra em Will, um garoto lindo e muito popular na cidade. Na mesma noite Ronnie também conhece Blaze que a apresenta a Marcus, Teddy e Lance.
Logo Ronnie percebe que Marcus é uma péssima pessoa, e que Blaze é uma menina insegura que sente necessidade da aprovação de Marcus em tudo. Ela também se aproxima mais de Will e percebe que ele é totalmente o oposto do que imaginava; assim que vai conhecendo-o melhor vai se apaixonando por ele e este amor faz com ela se aproxime mais de seu pai, entendo-o melhor e perdoando-o. Ronnie finalmente consegue se libertar da dor da traição, no entanto ela sentirá uma dor ainda maior em seu coração.
"Ela não era como as outras pessoas que conhecia. Tinha certeza de que jamais soltaria de sua mão. Seus dedos pareciam ter o encaixe perfeito nos dele - perfeitos complementos entrelaçados sem esforço algum."
A Última Música é um livro narrado em terceira pessoa principalmente por Ronnie, intercalando com Steve, Will e Marcus. A história apresenta aquela fórmula já batida do autor Nicholas Sparks, uma pessoa problemática (Ronnie), que conhece uma pessoa capaz de mudar sua visão sobre o mundo através do amor (Will) e que no fim se reaproxima de alguém que a magoou muito (Steve), juntamente com uma doença terminal e morte. Embora seja uma história bem clichê, existe um diferencial, o enredo foca mais na relação entre pai e filha, do que entre o mocinho e a mocinha, isso fez com que o livro ganhasse mais alguns pontinhos comigo.
Os personagens secundários são ótimos e fazem toda a diferença na história, Jonah, o irmão da Ronnie, é uma fofura. A história tem um fim para todos, não ficando nenhuma ponta solta; nenhum personagem inserido na história foi desnecessário.
A diagramação está boa, as folhas são amareladas e a fonte possui um tamanho bom para leitura. A capa é o poster da adaptação cinematográfica do filme de 2010, que aliás é um exemplo de uma ótima adaptação, bem fiel ao livro. Não gosto muito de capas de filmes, então não achei ela tão bonita.
Já comentei aqui que não sou fã das história do Nicholas Sparks, pois, além de serem todas muito parecidas, elas sempre tem um final que acaba com o psicológico de qualquer leitor, no entanto eu gostei da história, não se tornou um livro favorito, mas foi uma ótima leitura para descontração e me emocionou muito. Então se você gosta de livros que emocionam e não está atrás de um livro com um enredo novo este livro é uma ótima dica para você.
site: http://www.tudoquemotiva.com/2016/11/a-ultima-musica-nicholas-sparks.html***http://www.aartedeescrever.com/2017/02/20/a-ultima-musica-nicholas-sparks/