Resenhas - KIM JI-YOUNG, NACIDA EN 1982

Milena 29/01/2023

Kim Jiyoung, Nascida em 1982
Eu estou simplesmente chocada no quanto essa leitura pode ser tão real porém fictícia ao mesmo tempo. O livro conta a história de uma mulher que está apresentando transtornos psicológicos (pode ser associada a uma metamorfose do Kafka) e a partir daí o psiquiatra faz um resumo da vida de Kim Jiyoung. A história da Jiyoung em si retrata as dificuldades, desde seu nascimento, de ser uma mulher, e o mais surpreendente da autora é que apesar da história ser completamente inventada ela é baseada em fatos, estudos e pesquisas comprovadas. Apesar da história se passar na Coreia e terem uma cultura diferente do resto do mundo é indubitável que isso é uma realidade para as mulheres, mesmo que muitos discordem. Para terminar, há uma consideração final do psiquiatra onde ele confirma que se nao fosse por essa situaçao ele nunca teria se tocado do que as mulheres podem passar, ele continua falando da sua esposa que passou por situações semelhantes,e a última pessoa que é apresentada, por fim, é uma funcionária do doutor que está em seu último dia por conta da gravidez e assim que finaliza todo seu texto ele chega a conclusão que irá se certificar de que a pessoa que venha a substituí-la não seja casada (tirem suas conclusões com essa frase final porém concordamos que apesar de todos os relatos a sua volta a sociedade ainda tem o mesmo sentimento sobre as mulheres).
Eu podia falar por muito tempo desse livro perfeito, que por sinal não estava dando nada por ele, uma leitura muito fácil e realista.

mmirorrball 25/07/2024

Sou uma pessoa apaixonada por kpop e dorama, então sempre tive contato com uma ideia um pouco descolada da realidade no que diz respeito à cultura coreana. é um livro curtinho e bem tranquilo de ler, mas por vezes me deparar com uma realidade tão dilacerante que as mulheres coreanas enfrentam numa sociedade terrivelmente machista e conservadora me fez sentir uma raiva tremenda, tanto que foi preciso pausar a leitura em determinados momentos. é triste saber que apesar de ser uma realidade forte e pesada vivenciada numa sociedade machista e oriental - o que as vezes nos faz pensar que é algo distante de nós -, muito do que é narrado no livro é muito atual e relacionado com o que vivenciamos no brasil.
o final do livro foi um soco no estômago. o ciclo continua

Duda Balue 22/03/2024

Kim Jiyoung, nascida em 1982
Leitura super dinâmica, leve e fácil de levar. O assunto é relevante e atual, decidi ler após ver as novas políticas tomadas pelo governo para incentivar a natalidade do país.
Um livro ótimo para se introduzir nesse assunto, principalmente pelas voltas no tempo para explicar mais sobre a cultura, mas senti falta de aprofundarem algumas linhas de pensamento.

Bia Amaral 10/01/2024

Machismo na Coreia do Sul
Livro que retrata o machismo na Coreia do Sul, passando pelas diversas fases da vida da personagem e apontando os desafios de ser uma mulher na sociedade coreana. Gostei bastante da narrativa, apesar de achar que algumas críticas poderiam ter sido feitas de forma menos didática.

Dadá 04/01/2024

O livro retrata a realidade na Coréia, mas na vdd é a realidade da mulher em todo o mundo. Essa cobrança por filhos, cuidar da familia...a mulher se torna mulher ainda na adolescencia, enquanto o homem é um eterno menino e a mulher deve entender isso e fazer tudo p facilitar a vida dele.

Achei o livro muito interessante e c uma leitura muito agradavel e rápida.

Rayssa.Almeida 13/07/2023

Muito bom simplesmente incrível quem gosta da cultura coreana e quer saber como realmente é a vida lá para as mulheres de renda baixa vale muito a pena!

bibi 17/05/2023

Mulheres.
Eu chorei MUITO, me vi surpresa com o quanto me identifiquei com o livro porque são situações absurdas tão normalizadas por nós mesmas. é triste ver que um livro tão curto mexe com as emoções de todas nós.

BArbara 25/02/2023

Livro interessante para conhecermos a cultura da Coreia, no entanto, fiquei bastante indignada como as mulheres são tratadas.

kkyucalm0 24/02/2023

Sobre mulheres.
Como uma mulher tenho me atentado a ler todos os gêneros de livros escrito por mulheres, esse foi o primeiro que li focado exatamente na base de como a mulher é tratada e julgada pelo mundo. O que me dói não é só a forma como parecia tudo muito "escrito" como se as mulheres já tivessem seu papel na sociedade, mas também o fato de ler os dados do livro e saber que nessa década as coisas não melhoraram de forma gigantesca, ainda continua sendo um fardo ser de um gênero que não tem olhos da sociedade. Ler livros como esse, apesar de doerem, nos lembram de como o mundo realmente é.

Micael81 05/05/2020

Retrato sofrido de vidas sofridas
Eu sabia que era um livro feminista e muito polêmico na Coreia do Sul. Achei chato, sofrido, penoso. É um livro que tenta resumir a experiência de a mulher sul-coreana. Talvez de toda mulher daquele país. Talvez consiga de fato de alguma forma resumir a vida de mulheres de todo o mundo. No entanto essa experiência, de ser mulher como retratada nesse livro é uma experiência chata, sofrida, penosa e ler sobre isso para mim também o foi. Há poucos momentos bonitos no livro, talvez feitos mais bonitos por serem pausas pequenas numa catástrofe continua.

Alguns momentos felizes em meio a tanta injustiça. A mãe defender os direitos das filhas e consegui-las um quarto cada, ter um ambiente de trabalho onde há um nível de profissionalismo e uma chefe mulher, conseguir casar com alguém compassivo e apoiador. Mas tudo isso em meio a um mundo machista parece como no meio de uma cena de batalha de guerra mundial durando 2 horas ter 3 cenas de 15 segundos cada onde se faz carinho a um cachorro, se alimenta um passarinho, se conta uma piada boba.

Não acho ruim ter lido. Acho que aprendi um pouco e acho que o livro traz muita verdade. Acho que é um retrato bastante fiel de muito da podridão do machismo. Talvez de alguma forma comparável seja o privilégio de dirigir um carro versus andar numa biclicleta. E muito talvez se fale da podridão dos motoristas de carro em relação aos ciclistas, de uma cultura tóxica do carro, poluente, desumana versus a cultura sustentável, idealista e fragilizada da bicicleta. Talvez as mulheres sejam como os ciclistas, os homens tantas vezes cegos aos seus privilégios e a realidade das mulheres-ciclistas, nessa analogia.

Eu gostei muito da parte meio psicológica mediúnica do começo do livro. A protagonista quase encarna num sentido mediúnico pessoas que ela conheceu em vida. Parecia que o livro poderia ter sido meio Haruki Murakami, retrato de mistério e psicologia, algo que eu valorizaria. Em vez disso o livro é bastante didático, entremeado ocasionalmente de dados meio secos e demográficos que apoiam a tese feminista. Quase um livro-tese portanto, com um argumento, com tudo valendo como uma ilustração desse argumento.

Lorenlac 13/10/2022

A realidade da mulher que tem que abrir mão de seus sonhos e gostos e mudar sua vida, pelo simples fato de ser mulher.

Um livro infelizmente atemporal que mostra a desigualdade de gênero.

Leitura boa!

Ella 07/08/2022

Bastante focado na história da Coreia, com inúmeras referências reais e notas de rodapé, o livro conta a história de vida de Kim Jiyoung que, no começo do livro, vai a um psiquiatra porque está sofrendo de algum transtorno mental. A narrativa passa por sua vida desde a infância até a idade adulta, com bastante foco no enredo e no desenvolvimento das personagens. O narrador onisciente (na maior parte da obra) não é muito descritivo, então a construção das personagens é feita a partir de suas falas, pensamentos, emoções e atitudes. O tema principal é o feminismo e as questões de gênero em uma sociedade extremamente machista. Alguns temas abordados: assédio, crise financeira, mulheres no mercado de trabalho (ganhando menos que os homens), pressão da sociedade para se casar, engravidar, ter parto natural, o quão cruel a sociedade pode ser com as mulheres que são mães, entre outros. O interessante é ver que, além do narrador onisciente, também temos o psiquiatra narrando no começo e no final do livro. Ele é homem. Kim Jiyoung, no livro que leva seu próprio nome, não tem voz. Muito bem construído e com um final inacreditável.

anabomi 02/08/2022

Um novo ângulo do feminismo
Como feminista eu estava doida para ler algo sobre feminismo coreano, pois já percebia diferenças nítidas da vertente do ocidente e a asiática. Esse livro foi um grande começo, obrigada Maria por indicar para o clube do livro PQ OLHAAA
MARAVILHOSO.
Eu me surpreendi que focou no passado da personagem e em sua construção.
O marido dela não é o estereótipo de homem que a gente pega ódio, é um cara super normal que cresceu no patriarcado, mas que você acaba se casando com esse tipo. E o final poderia até achar corrido, mas achei super coerente com a proposta que enxerguei no livro. O psiquiatra falando sobre o papel dele de homem na própria família e dizendo que agora entendia pelo caso da Jiyoung, mas logo depois agindo como qualquer homem. É o modo coreia de apontar os macho que se dizem feministas para ganhar like.
Amei demais e quero mais livros sobre essa temática!!

Isadora1717 26/04/2022

Esse livro é maravilhoso,durante minha leitura só consegui ficar completamente indignada em como a sociedade coreana normatiza tanto esse patriarcado e conservadorismo implantado. Recomendo demais essa leitura.

adri 07/03/2022

Um Olhar Sobre a Violência de Gênero na Coréia do Sul
Esse livro oferece uma visão ampla sobre a condição feminina na sociedade coreana, destacando a forma cruel como a violência de gênero influencia a vida das mulheres, seja no ambiente profissional, familiar ou nas relações sociais. Para aqueles que idealizam relacionamentos com coreanos, este livro é uma oportunidade para abrir os olhos e compreender a realidade.