Calafrio

Calafrio Maggie Stiefvater




Resenhas - Calafrio


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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 15/08/2017

Sugestão de leitura
Para quem nunca ouviu falar desta escritora, recomendo começar pelo post "A Saga dos Corvos". É uma quadrilogia fantástica e sobrenatural muito interessante, que prende nossa atenção do início ao fim da leitura. Caso você prefira começar com um livro de volume único, veja "A Corrida do Escorpião", que mistura fantasia e lendas celtas antigas.

"Os Lobos de Mercy Falls" é uma quadrilogia que começou a ser publicada em 2009. Os protagonistas são Grace Brisbane e Sam Roth, ambos jovens que alternam suas identidades entre humano e lobo. Maggie Stiefvater deixa claro, desde o início, que não se trata de uma história de lobisomens, portanto, não espere transformações com a lua cheia nem mortes causadas por balas de prata. A premissa desta série é uma lenda antiga onde os seres humanos ficam no meio do caminho entre pessoas e lobos, possuindo características de ambos e que, aos poucos, perdem completamente a humanidade e transformam-se definitivamente em animais.


Grace, quando criança, foi arrastada por lobos furiosos até o bosque atrás da sua casa. Quando estava prestes a morrer, um dos lobos, com olhos amarelos particularmente intensos, a salva dos demais lobos e a leva de volta para a segurança de sua casa. Grace tornou-se obcecada por compreender a alcateia que vive nos bosques e, ao contrário do que se espera, não sente medo dos lobos - ao contrário, sente-se atraída por eles. Seus pais, ausentes e indiferentes, não se preocupam com sua segurança. Suas duas melhores amigas, Olívia e Rachel, acham seu interesse pelos lobos infantil e meio ridículo.

Isso não impede que Grace saia todas as noites no quintal de sua casa, esperando que o seu lobo salvador de olhos amarelos venha visitá-la. Ele fica sempre parado à margem do bosque, nos limites da residência de Grace, como se esperasse por uma aproximação da garota.

Os primeiros capítulos, narrados por Grace, mostram sua rotina: na escola, embora seja uma boa aluna, não se sente pertencendo a nenhum grupo e, a cada dia que passa, sua amizade com Rachel e Olívia fica mais e mais fraca; em casa, seus pais nunca estão presentes e não dispensam a ela nenhuma atenção ou cuidado especiais, o que fizeram de Grace uma garota independente e solitária.

Um dia, um dos alunos mais populares da escola, Jack Culpeper, desaparece nos bosques e todos assumem que ele foi morto pelos lobos. Os pais de Jack e outros adultos, incluindo o pai de Grace, organizam uma força-tarefa para matar todos os lobos do bosque. Ao pensar em "seu" lobo de olhos amarelos, Grace entra em pânico e tenta salvá-lo do ataque. No entanto, ele toma um tiro no ombro e, momentos depois, Grace encontra um rapaz nu sangrando no quintal de sua casa.

O lobo chama-se Sam. Ele foi mordido por lobos quando ainda era uma criança e há mais de dez anos vive transitando entre as formas humana e lupina. Neste ponto da narrativa, começam os capítulos narrados por ele. Assim, tanto o leitor quanto Grace descobrem a hierarquia da alcateia, a figura paterna que Sam vê no lobo mais velho, Beck, e todas as rixas e disputas por território que existem. Porém, Sam não tem todas as respostas sobre o que o tornou lobo, o que deixa Grace cheia de perguntas em aberto. A única coisa que ele sabe é que o frio o transforma de humano em lobo. Por isso, ele só é Sam nos verões, onde aproveita para estudar, aprender e amadurecer como membro da alcateia. Ele também sabe que, depois de um certo tempo - que varia para cada um - a transformação em lobo é completa e, mesmo no verão, o indivíduo não volta mais a ser humano.

E é esta ameaça que paira sobre o relacionamento amoroso dos dois, relacionamento este que começou quando Sam ainda era um lobo. Primordialmente, "Calafrio" é uma estória de amor, nos mesmos níveis de doçura enjoativa de "Crepúsculo". Se não fosse pelo estilo de escrita de Maggie, provavelmente eu teria desistido da leitura. Porém, a escritora é mestre em construir personagens femininas jovens interessantes, assim como interesses amorosos complexos e apaixonantes. Maggie garantiu que me vinculasse aos dois protagonistas e, assim, amoleceu um pouco o meu coração - sempre comento por aqui como detesto estórias de amor.

Grace quer salvar Sam e compreender o que aconteceu com Jack Culpeper, além de querer fazer parte da alcateia, que seria o substituto de sua família ausente. O leitor descobre o que acontece com os lobos junto com Grace. Alguns elementos fantásticos vindos da lenda original são um pouco falhos - como, por exemplo, a transformação em lobo através do frio. Maggie sustentou com elegância estes pontos, contornando possíveis lacunas que deixariam o enredo fraco. Espero que mais explicações e respostas sejam dadas nos próximos volumes.

Analisando a estrutura da estória, o começo e o fim foram bem elaborados, mas o meio do livro, na minha opinião, foi um pouco cansativo. O enredo focou-se no amor entre Grace e Sam e achei que faltou conflito (além do casal) e cenas de ação. Imagino que Maggie quis estabelecer uma base sólida para os dois, uma vez que eles serão os protagonistas dos próximos volumes.

Mesmo assim, foi uma leitura muito agradável. Não é a melhor obra de Maggie (que, para mim, é a "A Saga dos Corvos" que mencionei anteriormente), mas recomendo.

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com.br/2017/08/sugestao-de-leitura-os-lobos-de-mercy.html
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Bruna 23/07/2017

Que perfeição!

Estou tão encantada! Amei tudo! Desde essa capa linda da edição da Agir New (achei o 2' volume maaaas com a capa antiga... :( que enfim... Comprei por conta da mega curiosidade)

Mas voltando, a capa, a construção dos personagens, a fofura de Sam, o Mistério que ronda a Grace, os lobos, as surpresas, os acontecimentos óbvios que sabemos que vaaaai acontecer mas que torcemos mesmo assim que não aconteçam...

Só sei dizer que amei do princípio ao fim! 5 estrelas! Favorito! E na torcida para que a sequência seja tão incrível quanto esse volume!
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Naara Janeri | @Diariosdeleitora 19/07/2017

Quando criança, Grace foi atacada por uma alcateia. No entanto, um dos lobos interrompeu o ataque e salvou-a. Desde entao, todos os invernos de Grace foram marcados pela presença deste mesmo lobo no bosque nos arredores da sua casa, sempre observando-a com seus olhos dourados, o que tornou-se uma rotina, e desenvolveu nela um carinho para com os lobos. Aos 17 anos, porem, há um novo ataque da alcateia em sua cidade, o que incentiva alguns caçadores a sairem para o bosque para matar os lobos. Qual foi então a surpresa de Grace ao chegar em casa e descobrir em sua porta dos fundos um rapaz nu sangrando, com um tiro no pescoço e, para sua surpresa, os exatos mesmos olhos amarelos do "seu" lobo?
Bom, o que falar de Calafrio? A primeira coisa que voces devem saber sobre a série é que se trata exclusivamente de um romance. Nada de resoluções de misterios, aventuras e missoes, como estamos acostumados a encontrar em outros livros da autora, portanto tenham isso em mente se decidirem fazer a leitura. O livro todo gira em torno do casal formado por Grace e Sam, o rapaz que durante o verão é humano, porem com a baixa de temperatura se transforma em lobo. É um romance bem fofinho, nao tem aquele amor instantaneo super cliche que, apesar de ter rolado um "imprinting" (vide crepusculo) no momento do ataque da alcatéia à Grace, o sentimento foi crescente conforme o passar dos anos, com a presença constante do lobo nos arredores de sua casa. Apos o episodio do tiro, quando é a primeira vez que eles entram em contato ambos como humanos, eles se tornam inseparaveis. Porem, Sam conta que, conforme os anos se passam, os "lobisomens" cada vez menos se transformam em humanos, ate ao ponto em que ficam em forma de lobo até o fim, e Sam tem certeza que o ano em questão é o seu último ano como humano.
Agora vamos ao porquê da nota relativamente baixa: Como eu disse, é exclusivamente um romance, ou seja, praticamente não há ação, ficando o tempo todo em uma monotonia do dia a dia do casal enquanto ele ainda está como humano. Não me entendam mal, eu adoro romances, inclusive os agua com açucar, porem este em questao deixou bastante a desejar, nao envolvendo suficientemente com o romance para que eu nao sentisse falta da ação. Também, não há resposta para os misterios que envolvem os lobos, por exemplo: por que eles se transformam? o que determina a duração de tempo para que eles sejam permanentemente lobos? Como tudo começou? Existe uma cura? Por que Grace foi mordida e não se transformou?
A falta de respostas me incomodou bastante, assim como a falta de ação. Acho que faltou algum plot twist surpreendente ali para o meio do livro. Ainda nao decidi se continuarei com a trilogia, pois o final nao me gerou expectativa para uma continuação, mas pode ser que eu resolva ler qualquer dia desses. Para quem gosta do genero e da autora, é uma leitura valida, pois é rapida, com capitulos curtinhos, gostoso de ler.
Com certeza não é a minha leitura favorita ou recomendada da autora, mas com certeza continuo sendo fã.

site: www.facebook.com/diariosdeumaleitora
Natalia :) 27/10/2017minha estante
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Fernanda.Granzotto 13/07/2017

Eu realmente gostei do relacionamento de Sam e Grace, acho que foi um dos meus aspectos favoritos do livro, mas devo admitir que não é um dos melhores livros que já li, mas gostei de qualquer maneira, e o final foi a minha parte favorita do livro menos favorita do livro
Ps:o final foi um pouco confuso para mim
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Isadora 22/05/2017

No gelo
Eu me lembro da sensação que tive ao ler esse livro. Foi algo como entrar num universo pesado, tenso, mas ao mesmo tempo fantástico e interessante. Acho que essa história possui um ar pesado, apesar de não ter nada de inadequado nela. A autora soube ambientar tão bem a trama que realmente conseguimos emergir no drama que se passa na história.

Acompanharemos a vida de uma garota que descobrirá seres fantásticos vivendo bem próximo de sua casa. Ela precisará ser corajosa para encarar os desafios que surgirão com sua descoberta.

Gostei da história.
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André 10/05/2017

Calafrio
Achei um pouco meloso, falta mais ação, muito parada a história. Faltou um vilão para animar mais as coisas.
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Aninha.Campos 12/04/2017

Puro amor!
Fiquei extasiada com essa historia, relata um amor puro, sofrido e inocente entre os personagens, eu gostaria de um pouco mais de ação mas me dou por satisfeita, lindo romance!
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chrisakie 01/03/2017

Legalzinho e só!
Desde o incidente em que a Grace foi quase morta por uma alcateia, o Sam a observa oculto entre as árvores com seus olhos lupinos amarelos inconfundíveis. Enquanto a Grace aguarda ansiosamente a visita do seu lobo no quintal de sua casa, que fica no limite do bosque onde vivem os lobos de Mercy Falls.

Mas o que fazer quando você prova algo que você deseja há muito tempo? Você não consegue mais viver sem... Agora você não se contenta mais em somente observar... O prazer que você sentiu quando provou te vicia e não quer mais parar...

Enfrentando todas as dificuldades, a Grace fará de tudo para ficar com o Sam que nos dias quentes ele mantém a sua forma humana, enquanto no frio ele se transforma em lobo. E o futuro dos dois é incerto, mas o amor é muito maior que qualquer obstáculo...

Com temática de lobisomem, já remete a qualquer leitor (euzinha) a imagem de um romance adolescente fantasioso, um tanto bobo. Mas fui surpreendida com a poética da narrativa que intercala entre a Grace e o Sam e a transformação dos lobisomens não soou tão fictício. Confesso que a Grace, apesar de ser tão comum no início e mostrar-se cada vez mais uma mulher forte e determinada, não consegui gostar muito dela. Enquanto o Sam é totalmente cativante e sensível e sonha com uma vida normal ao lado da pessoa amada.

Aquele tipo de amor que ultrapassa as barreiras da aparência, a luta para ficar com o Sam é tão linda e de partir o coração. Mas, não vejo a necessidade de ter continuações do livro (não me matem!!). Leitura agradável para quem está em busca de um livro com fantasia e romance com um toque de sensualidade.

site: https://www.instagram.com/p/BQJD_aojwqS/
Thaira.Corpes 21/04/2017minha estante
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naoemprestolivros 06/02/2017

💙🐺
"Ainda não conseguia acreditar que ele não fosse minha própria invenção - anos de desejo transformados em realidade. Mas fosse ele o que fosse, estava ali agora, e eu não estava disposta a perdê-lo." .
.
O primeiro contato de Grace com os lobos não foi lá muito amistoso e apesar de tudo ela criou um forte vínculo com um deles, seu salvador - indivíduos desprovidos de fantasia vai dizer que a mocinha sofria de síndrome de Estocolmo. Eu digo que, as aparências enganam e quem vê cara não vê coração.
Sam é doce, inocente, sonhador e teve um passado e presente difícil, já o futuro é incerto ou escuro demais para ele ansiar.
Grace me surpreendeu, uma menina com humor, sem papas na língua, mas não de um jeito debochado, mas sim de jeito também doce, curioso, seguro e pragmático.
Juntos eles compartilham suas histórias particulares, suas tragédias pessoais além de ficar cada vez mais óbvia o forte laço que os unem, a forte ligação que vai além da atração e paixão humana. É uma melodia levemente melancólica.
Depois da cidade de Mercy Falls viver uma tragédia os destinos de Sam e Grace mudarão para sempre, o que era uma sentimento vivido ao longo dos anos de maneira utópica, terá a chance de sair do mundo platônico, mas existem obstáculos e perigos à espreita que precisarão ser percorridos, além da separação iminente e possivelmente definitiva. Com pouco tempo, os dias se tornam borrões com singelos traços melancólicos, um poema triste que fala de momentos felizes. Para adicionar um pouco de adrenalina, uma esperança surge das pessoas mais improváveis, mas o risco é grande e pode ser irreversível. E o final, bem, tô aqui pesquisando os preços da continuação da série rs.
A escrita da autora é linda e diferente dos livros de fantasia que já li, não existem um frenesi de combate, guerra, vilões épicos e egocêntrico, e sim uma descrição rica, que aguça todos os nossos sentidos;como música, leve, suave e fluida, uma canção para nossos olhos e imaginação, pois ela consegue nos remeter aos locais e as sensações, bem como aos aromas e sentimentos mais profundos.

site: https://www.instagram.com/naoemprestolivros/
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Carol 05/02/2017

Uma fantasia poética
“Ela esperava se transformar, eu esperava me transformar, e nós dois queríamos o que não podíamos ter.”

Há seis anos Grace foi atacada por lobos no bosque ao lado de sua casa, indefesa a garota não conseguia reagir, até que um lobo de olhos amarelos chega e é a única lembrança que restou desse trágico ataque... Os olhos do lobo que a salvou.

Desde então em todo o inverno ela o vê e sente uma obsessão por ele, como se sua vida só fizesse sentindo quando a neve começa a cair e o seu lobo volta para ela, sem imaginar que Sam vive duas vidas: é um humano e também o lobo que cuida de Grace durante o inverno desde que a conheceu há seis anos. Ela vê em seu lobo um amor que não consegue sentir pelas pessoas de sua vida e ele vê nela tudo o que gostaria de ter se sua vida fosse normal.

Até que um novo ataque em Mercy Falls coloca os lobos em perigo e Grace se desespera por seu lobo de olhos amarelos, enquanto Sam teme por seu presente, por seu lado humano e, principalmente, por seu futuro.

Uma fantasia poética!
É o que melhor posso usar para definir "Calafrio" e vejo que esse lado pode ter sido negativo à alguns leitores, mas foi o que mais me fez amar a leitura e o romance cheio de obstáculos entre Sam e Grace, o grande conflito dos personagens é interno e com o futuro, não precisando de um grande vilão para a história acontecer. Maggie Stefvater escreve de um jeito tão real que te faz imaginar que mesmo sendo uma fantasia com seres místicos poderia estar acontecendo com você caso morasse em um local frio e com um bosque ao lado de sua casa, tudo é simples e verdadeiro.

Foi um livro que me fez conhecer o lado bom e ruim das pessoas, que me fez torcer pelos personagens secundários e me apaixonar pelo romance. Me fez suspirar, me poetizou e me fez chorar ao final. Estou muito ansiosa para continuar com essa série e também ler mais livros da autora.

site: www.nossaressacaliteraria.com.br
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Lili No Mundo dos Livros 05/02/2017

Uma gracinha de livro
Em um dia frio de inverno, Grace foi atacada por lobos no bosque perto de sua casa. Em choque com a situação, a criança não tenta resistir, apenas espera que acabe logo. Quando um lobo de olhos amarelos se aproxima, fazendo contato visual, algo parece acontecer entre os dois. Seis anos depois, tudo o que a garota lembra são os brilhantes olhos do lobo que salvou sua vida, olhos brilhantes que a observam do bosque todos os invernos.

O livro me tirou lágrimas, sorrisos, suspiros. Sam é um daqueles protagonistas gracinhas que fazem com que a gente morra de amores por eles já no início. Sua inocência, tristeza e nobreza são irresistíveis, tive vontade de abraçá-lo praticamente o livro inteiro. Vê-lo sofrer partiu meu coração várias vezes e quase foi inevitável desejar que ele fosse real toda vez que aparecia sorrindo.

Goste muito da Grace. Apesar de achá-la cansativa no início, com sua obsessão pelos lobos e sua indiferença com as coisas corriqueiras da vida social, no decorrer da narrativa essas mesmas características tornam-se positivas, já que a permitiram lidar muito bem com toda a situação ao seu redor. Acostumada a ser ignorada por seus pais, sua independência contribuiu para a construção da sua personalidade, decidida, independente e prática. O que mais gostei na Grace é que ela não se deixou abalar pelas dúvidas ou incertezas de Sam, ela sabe o que quer e não tem medo de enfrentar o mundo desconhecido ao qual foi apresentada, não é uma pobre menina indefesa, mas sim uma garota que vai lutar pelos que ama e por seus amigos.

Calafrio é uma daquelas fantasias gracinhas, que nos envolve com seu universo sobrenatural, transformando lendas e mitos em criaturas altamente amáveis e queridas. A escrita da autora é deliciosa de ler, em vários momentos chega a ser poética. Os capítulos são intercalados entre os personagens principais, o que ajuda muito na compreensão da história, principalmente os do Sam. A autora acertou na escolha de jogar com a dualidade vilão/mocinho dos personagens secundários, já que em alguns momentos nós ficamos divididos entre odiá-los e entendê-los.

Amei a história, os personagens e essa capa maravilhosa. Calafrio pode nem ser tão original e fantástico assim, mas depois de conhecer Sam e sua fofa inocência não teve jeito, me apaixonei pelo livro. Por mim, poderia ter mais “ação” na relação entre ele e Grace, mas compreendo que esse não é o objetivo e o foco aqui. Não vejo a hora de ler a sequência e saber o que vai acontecer com essa alcateia.
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Tracinhas 01/02/2017

por Amanda Steilein
A primeira vez que peguei o livro Calafrio para ler foi há alguns anos e confesso que abandonei a leitura na época. Tenho uma teoria que diz que devemos estar preparados para ler determinados livros, como se cada livro tivesse um momento para ser lido. A primeira vez que li pouco menos da metade de Calafrio, eu certamente não estava querendo ler um livro desse gênero no momento. Porém, resolvi dar uma nova chance a ele essa semana, quando vi o exemplar de Calafrio e Espera, primeiro e segundo livros da trilogia Os Lobos de Mercy Falls, dando sopa no sebo por uma pechincha.

Fazia muito tempo que eu não lia algo com a temática de lobisomens e não sabia o que esperar. Não criei expectativas e deixei a autora me envolver, não esperando nada em troca. O resultado foi me arrepender de não ter lido Calafrio da primeira vez, anos atrás.

Maggie Stiefvater tem uma narrativa interessante e envolvente, consegue dar ótimas descrições para eventos cotidianos simples. Adorei a maneira como a autora brinca com as palavras e forma uma história linda e triste ao mesmo tempo.

A história tem dois protagonistas: Grace e Sam. Grace é uma garota de dezessete anos apaixonada pelos lobos de Mercy Falls desde que foi atacada por eles quando tinha onze anos. Nossa protagonista é uma garota estranha e introvertida que tem pais relapsos – e quando digo relapsos, você deve saber que eles são muito relapsos mesmo. Afinal de contas, eles não fazem ideia que um garoto-lobo vem dormindo todas as noites no quarto da sua filha e isso simplesmente porque nunca estão em casa por tempo suficiente para descobrir.

Apesar de solitária, Grace tem duas amigas – Rachel e Olívia. Rachel é a extrovertida, cheia de energia e alheia a todo o universo de lobos que existe em Mercy Falls. Já Olívia é mais parecida com Grace, vendo o mundo através das lentes da sua câmera, captando a beleza de cada momento. Essas personagens vão crescendo com o decorrer da história, conquistando seu espaço e seu coração aos poucos.

Já Sam é outra história (e precisamos de uma pausa para um suspiro longo e dramática aqui) – Sam é um amorzinho. Ele é um lobisomem – e não, isso não é um spoiler –, mas ser um lobo não torna as coisas mais fáceis para ele, apenas as dificulta. Sam é um garoto muito triste que tem uma história mais triste ainda. Você consegue sentir e compreender completamente o motivo dele ser tão retraído e ter uma autoestima tão baixa.

O que mais gostei foi do conceito lobisomem que temos em Calafrio. Em Mercy Falls, os lobos não são apenas lobos. Durante o verão, eles são humanos, podem fazer o que quiserem sem se importar com a transformação. Já no inverno, assim que a temperatura cai demais, eles se transformam em lobos (agem como um e pensam como um) e ficam o inverno inteiro naquela espécie, até chegar determinado momento em que eles simplesmente não mudam mais – se transformam em lobos para sempre.

E, sério, saber disso quase me fez chorar.

Mercy Falls é uma cidade tranquila onde nunca acontece nada de novo e a última notícia aterrorizante foi o ataque de Grace. Até, é claro, o corpo de um garoto ser encontrado no bosque, morto após ter sido atacado por lobos. É aí que Calafrio começa a ganhar forma. A história em si é cheia de tristeza, tensão e mistério – você não consegue prever exatamente o que vai acontecer e o livro me surpreendeu de uma forma boa em vários momentos.

Não espere encontrar em Calafrio lobos como os criados pela tia Stephenie Meyer ou lobisomens estilo Van Helsing. Calafrio tem uma abordagem diferente dessa temática, puxando mais para um lado científico do que mágico, se me permitem dizer. A única coisa que me irritou um pouquinho no livro foi o romance rápido entre o Sam e a Grace. Em determinado momento do livro, a autora foca somente nisso e é como se não estivesse morrendo gente e lobos novos perdendo o controle ao redor deles. Mas, apesar da minha leve irritação com isso, é compreensível.

Calafrio é uma ótima pedida para quem quer voltar – ou começar – a ler coisas sobre o gênero, mas aviso para pegar um lencinho se você tem um coração mais fraco. Sam faria qualquer um chorar de amor e dor por ele

site: http://jatracei.com/post/156647263692/resenha-235-calafrio
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