Canção para ninar menino grande

Canção para ninar menino grande Conceição Evaristo




Resenhas - Canção Para Ninar Menino Grande


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Miriam_Santos 29/02/2024

Trata-se de um mosaico afetuoso de experiências negras, um canto amoroso e dolorido. Na figura do personagem Fio Jasmim, Conceição discute com maestria as contradições e complexidades em torno da masculinidade de homens negros e os efeitos nas relações com as mulheres negras. O livro é um mergulho na poética da escrevivência e ao mesmo tempo um tributo ao amor sob uma ótica poucas vezes vista na literatura brasileira.
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Ester71 29/02/2024

História de um homem, que não existiria se não fossem as mulheres memoráveis, em cujas vidas, de algumas, ele ficou e de outras, ficaram nele. Leitura agradável.
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Izabella.BaldoAno 29/02/2024

Em Canção para ninar menino grande, Fio Jasmim, pretenso protagonista, é o elo de uma história coletiva. sobretudo, a narrativa passa bastante tempo nos contando histórias de mulheres - Juventina, Pérola, Neide, Angelina, Aurora, Antonieta, Dolores, Dalva, Eleonora - entrelaçadas por suas relações com Fio Jasmim.

este é mais um livro de Evaristo em que tenho a sensação de estar em contato com uma narrativa oral. é como se eu estivesse sentada diante de uma ancestral que me conta, saudosa, histórias de um trem que passava pelo seu e por outros povoados e as marcas daquela passagem nos povos desses lugares. Fio Jasmim, auxiliar de maquinista, em todas as cidades que passava, se conectava com as comunidades com o objetivo de conquistar moças protegidas em seus seios familiares. nelas, deixava afetos abandonados, filhos sem pai, marcas permanentes.

Fio não é um personagem admirável - e não foi feito pra ser. marcado pela experiência de ser um homem negro em seu contexto social, age no caminho que acredita ser viável para suprir ausências internas, provar sua virilidade e se sentir, de alguma forma, igual ao homem branco. Fio é complexo e humano. sua história nos é apresentada principalmente pelo viés das mulheres abandonadas por ele, e ainda assim - ou talvez por isso - de uma maneira delicada e cheia de sutilezas.

a narrativa nos ser apresentada pelo olhar das mulheres, sobretudo de Juventina, garante que haja diversas nuances na descrição da passagem dessas mulheres, fazendo com que elas não sejam objetos que passaram pela vida de Fio Jasmim, embora pareça ser assim que elas são vistas por ele em muitos momentos. é também através do afeto com uma mulher, a primeira que nega os galanteios de Fio, que ele se permite derramar e ser humano. ali, pela primeira vez, ele não parece precisar provar uma masculinidade que lhe seria esperada em outros contextos.

Canção para ninar menino grande é de fato como uma narrativa cantada, delicada, cuidadosa. tem aquela beleza de algo que se põe sutilmente entre ficção e real.
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Bia Amaral 28/02/2024

Conceição é um talento!
Livro sensível, sutil e cheio de reflexões! Um prazer ler mais Conceição Evaristo, essa mulher é uma jóia da literatura nacional!
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maria eduarda 27/02/2024

?venho aprendendo que é bom às vezes crer no que parece ser?
é um bom livro, a leitura é rápida e no intervalo em que fiquei sem estar mergulhada na escrita da conceição, me peguei lembrando de alguns personagens. ainda assim, não sinto que fui tocada o suficiente, se comparo com minhas leituras favoritas ou os romances que me deixam com uma certeira falta de ar, onde desejo mais, que a história não acabe ou que já finalizo no desejo de reler. meu momento preferido na história é quando aurora e jasmim estão no rio e percebem que ambos têm a
moleira aberta, que são dois sem juízos. é uma passagem linda, engraçada, genuína, que me acalantou e me arrancou uma doce gargalhada. o desfecho final me prendeu bastante, tina é uma personagem que nos deixa querendo saber mais dela, me comparei com ela, acho que me senti representada.
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Rafa 25/02/2024

Canção para ninar menino grande
Primeiro livro que leio da Conceição Evaristo e com certeza não será o último.
Em canção para ninar menino grande nos envolvemos na história de Fio Jasmin, gostei muito da forma que as histórias são contadas e de como a autora aborda sobre masculinidade, estereótipos do homem negro, desilusão e solidão das mulheres. Livro rápido, mas marcante.
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Fernanda Samico 25/02/2024

Eu não sei nada de crítica literária, em tão viu escrever o que senti ao ler o livro. Aí vai:
Esse livro de Conceição Evaristo é uma delícia de ler. Bem cadenciado e envolvente. Cada fim de capítulo nos convida para mais um. Quando terminamos de ler, fica uma nostalgia gostosa.
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esty 25/02/2024

Meu pai, fio jasmin
esse livro conta uma história que se repete, não apenas na narrativa como na vida real, homens que saem deixando esposas, noivas, namoradas e fazem mais esposas, noivas e namoradas sem nunca levantar o olhar do próprio umbigo. a narrativa não é sobre ele, o que me interessou muito, nada é muito sobre fio jasmin, embora ele seja o principal, ou só o elo que liga todas as mulheres, elas são o foco, é a história delas e sobre como ele entrou e bagunçou tudo. os personagens são sensíveis e tão bem escritos que é impossível não conectar com eles de alguma forma. vi em fio jasmin vários homens da minha vida e sei que outros se assemelharam a ele. é um livro sobre amor, mas acho que principalmente sobre abandono.
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Barasueno 25/02/2024

Meu primeiro de muitos
Há tempos queria iniciar a leitura dessa autora. Conceição, nos traz detalhes, nos coloca em um imaginário com tamanha maestria que é admirável.

Em início, podemos sentir até uma certa repulsa do personagem principal, Fio. Conceição mostra esse olhar e contexto na vida dele, coloca personagens mulheres empoderadas e fortes em sua escrita.

Li esse livro em tempo recorde visto minha disponibilidade. Conceição Evaristo nos faz devorá-lo tal qual as histórias do personagem principal.
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Marilyn.Marchioli 25/02/2024

CANÇÃO DE NINAR MENINO GRANDE
Sobre um homem viril, encantador, mas com um mosaico de grandes amores, e poucas considerações.

Como as ações de um homem pode modificar toda uma junção de mulheres, suas vidas, suas escolhas, seus pensamentos e seu futuro.

Nada me impressionou, talvez eu não esteja tão madura a ponto de me sensibilizar de forma profunda e melódica.


Indicaria para as pessoas que gostaria de uma leitura rápida, muito momentos de reflexão e frustração.
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Eliane 24/02/2024

Canção para ninar menino grande
Amei o livro e a forma como ele termina me tocou profundamente. Ficção/realidade que faz refletir sobre as relações entre homem e mulher, sobre as questões de gênero. Muito bom.
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bardo 24/02/2024

Canção Para Ninar Menino Grande de Conceição Evaristo é um livro que trás sentimentos e impressões conflitantes. A começar por sua apresentação, ainda que a obra seja descrita como romance, o que temos é um conjunto de pequenos contos interligados por um fio condutor. Aliás são textos entre o conto e o relato, e uma das coisas mais interessantes da obra é a discussão sobre as fronteiras do real e do imaginado quando algo nos é contado por terceiros.
O início é um tanto caótico, somos apresentados a um incidente de uma personagem e logo a narrativa muda de foco, aos poucos vamos entendendo o objetivo. É certo que cada relato vá tocar o leitor de forma diversa, mas é inegável que quase todas se não todas as experiências são reconhecíveis. As diversas mulheres apresentadas são encontradas pelo Brasil afora.
Ainda que o livro se componha de relatos femininos o grande protagonista é Fio Jasmim e se podemos louvar Conceição por não cair num maniqueísmo fácil, em diversos momentos a obra parece romantizar um certo machismo. Ok mais para o fim teremos alguma discussão sobre, mas a forma condescendente com que a narradora trata nosso protagonista de “moleira rachada” é um tanto irritante.
Causa também alguma ressalva a “confraria” descrita, sim entendemos que a autora quer falar sobre o sentimento de sororidade, da irmandade de mulheres ligadas pelos sofrimentos comuns. porém em alguns momentos sentimos uma certa idealização exagerada talvez. Existem grupos com essa dinâmica? Possivelmente, mas a universalidade proposta nos é bem duvidosa.
Tal estranhamento se agrava com a apresentação de uma personagem e sua inclusão tácita na confraria, até com “status de superioridade”; o entendimento do possível romance, belo sem dúvidas, mas novamente a aceitação tácita e até o “desejo” por sua concretização nos faz levantar uma sobrancelha.
Enfim, Canção Para Ninar Menino Grande é um belo livro, trás discussões interessantes e pertinentes, mas nos faz duvidar de que em meio aos sofrimentos e mazelas exista uma irmandade tão bela e apoiadora. A impressão que fica é de que a obra é muito mais um desejo, um “esperançar” do que algo real, a despeito do rótulo de escrevivência proposto pela autora.
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Caique91 23/02/2024

O vazio do mulherengo é entendido por uma lésbica solitária
O livro é uma flutuação entre as experiências narradas da perspectivas de um homem e os efeitos que a passagem dele causa na vida das mulheres que são deixadas pelo caminho. Algumas vezes, as mulheres assumem o controle da narrativa.

Sou um novato no que diz respeito a escrita de dona Conceição; este livro foi, naturalmente, minha primeira experiência e acho que uma frase do filme "Mister Churchill" explica o que foi ler Canção de ninar menino grande. O trecho diz que algumas histórias, ou livros, são melhores entendidos no fim.

Podemos pensar que Fio passou a vida inteira tentando provar para a professora que ele poderia ser príncipe e talvez esse seja um dos pontos da história. Contudo, é o ser homem e como ser homem influência as pessoas ao seu redor ? com destaque para a negritude ? que é o centro da coisa.

O personagem passou a vida viajando sem nunca ter saído do lugar. Crente, assim como os amigos, que o homem é um animal cuja o desejo sexual é incontrolável, passou a vida seduzindo. Foi só quando se deparou com uma mulher que também gostava de mulheres que começou a questionar o que era ser ele, o que era ser homem, o que era ser humano.

Fio demorou para deixar que as lágrimas saíssem dos seus olhos e questionar o que era ser feliz e qual era seu efeito no mundo. Mas antes tarde do que nunca, ele começou a aprender seu lugar justamente quando viu a dor do outro.
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