Canção para ninar menino grande

Canção para ninar menino grande Conceição Evaristo




Resenhas - Canção Para Ninar Menino Grande


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Gabriela2168 14/12/2023

Que história linda.
Fio Jasmim com todos os seus erros e acertos, no fundo tinha um homem ferido, marcado brutalmente pelo machismo pela necessidade de ser provar e mostrar viril , sem a possibilidade de transbordar seus sentimentos dores e fraquezas, pois o homem "não pode chorar" .


Por outro lado foi importante e necessário saber o ponto de vista dessas mulheres com relação a esse homem, a perspectiva das mulheres frustradas , feridas , e marcadas e atingidas também por esse machismo que gritava no comportamento de Fio.

Que bom, que necessário esse encontro com Eleonora, que lindo a desconstrução que lindo o alívio do peso...
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Matheus 12/12/2023

Perfeito
Então, uma voz cálida de tons diversos, em acordes de fazer dormir e acordar humanos, bichos, estrelas, pedras, plantas, enfim, toda a natureza, rompeu o espaço.. E, para nosso espanto, Juventina não só cantou, mas cantou a música de sua preferência, a "Canção para ninar menino grande".

Este é meu primeiro contato com a Conceição Evaristo e eu amei a escrita e tudo mais. A história é muito cativante e bonita. Fio Jasmin trabalha em trem, e passa por diversas cidades, ficando lá por alguns dias. Jasmin se envolve com uma mulher em cada cidade em que o trem para, e vemos a história das mulheres e como foi o encontro delas com o protagonista.
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Vitória 07/12/2023

De uma sensibilidade sem igual. Totalmente importante olhar essa leitura com os recortes necessários mas como o machismo em um geral afeta e impacta no desenvolvimento emocional dos homens. Como essa realidade fica visível na nossa sociedade. Incrível!
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zRafaxy 07/12/2023

?Fio Jasmim, pela primeira vez na vida, talvez tenha percebido que o mais sagrado de uma mulher pode se encontrar para além de seu corpo.?
Fio Jasmim foi só mais um, de muitos, gerado e descoberto por mulheres. Durante toda a obra capito a construção do sujeito feminino como uma dádiva a população masculina, como em sua associação pela água/rio/mar (sinônimo para algo além da realidade), tal como a imagem da mulher ligada diretamente ao conhecimento, o que relembra o olhar da cultura iorubá sobre o poder feminino.

Juventina Maria Perpétua vai além dos aglomerados adjetivos quando encontra a escuta como forma de repasse de várias mulheres e consequentemente de seus saberes, o que a torna a melhor personagem feminina que já tive contato na leitura.

Conceição escreve e desenvolve mulheres como nunca tinha visto, repenso se Tina na verdade era a própria Conceição Evaristo.
Minha primeira obra da autora e digo com convicção que não será a ultima.
beazinha 07/12/2023minha estante
amor as mulheres são incríveis um bj pra todas




deniferreira 05/12/2023

Conceição Evaristo sabe retratar como ninguém a complexidade simples das relações humanas, do amor, do patriarcado e da cultura brasileira.
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carolmc_ 05/12/2023

Todos iguais?
Primeiro livro que li da Conceição Evaristo. Narra a história de um homem e suas várias conexões com várias mulheres ao longo de sua vida nada ilibada. Não é uma trajetória admirável mas, infelizmente, é uma realidade atemporal.
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Madu 29/11/2023

"(...) a lição de cunho mais severo e doce que Fio Jasmin aprendeu foi com uma mulher. Uma mulher a quem ele nunca cortejou".

Acho que o fato que mais me chamou a atenção é que, apesar de Fio Jasmin ser um grande mulherengo e cafajeste, a sua história é contada pelas mulheres que fizeram parte da sua vida. É incrível como mesmo Conceição Evaristo não ter conseguido me fazer ter compaixão do protagonista ser inegável a sua facilidade em apresentar questões referentes à sexualidade, à raça e aos sentimentos.
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biblio.jess 29/11/2023

O machismo afeta o próprio homem e sua masculinidade frágil
Foi meu primeiro contato com Conceição Evaristo e sua escrevivência: poética, nua e crua, feroz suave, bonita, triste, real.
Sua escrita é indiscutivelmente maravilhosa, e o livro é muito bom, apenas não gostei muito dele.

Através dos olhos de Fio Jasmin, vamos conhecer sua história através da história das muitas mulheres com as quais se envolveu pelo caminho: fortes e destemidas, frágeis e beatas, sonhadoras, diferentes; mulheres com tanto e tão pouco em comum.
Em meio as suas aventuras, vamos nos apaixonando por essas mulheres e suas histórias, sentindo ora raiva do personagem, ora torcendo para que ele sossegue.
Definitivamente, as mulheres da narrativa, escritas de forma tão bonita e marcante, são o ponto principal do livro.

Apesar de trabalhar um tema tão importante - como o machismo também afeta os homens e os instiga a seguir regras grotescas para não ser visto como frágil -, além dos traumas desse personagem com nome de flor e que "não é bem flor que se cheire", não consegui me conectar muito com ele nem aceitar tão bem sua redenção final.
Fiquei incomodada (e talvez seja até um sentimento muito válido, aliás) em como suas atitudes parecem ser tão justificáveis e passíveis de entendimento e perdão.
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Mara 26/11/2023

Aquela história que você termina querendo saber mais? Cheguei ao final da narrativa sem lembrar o nome de várias personagens que foram apresentadas ao longo do enredo. Todas elas envolvidas e encantadas por Fio Jasmim que as enfeitiçava e as abandonava. O estereótipo do homem negro e viril, orientado desde cedo por seu pai naquelas conversas de ?homem pra homem? sobre como lidar com as mulheres, sim no plural, pois deveria ter muitas. A surpresa descoberta do vazio que existia e tentava ser preenchido em cada nova relação, ele queria ser o príncipe que a professora não deixou outrora, pois o menino branco se ajustaria melhor ao papel. Pérola Maria, sua esposa, mãe de 10 filhos, a passividade diante de tantas traições. Tina, sua amante durante 35 anos, escrevia cartas, músicas para seu amor, permaneceu virgem ao longo de todo esse tempo. Mas como? Hahahaha Conceição Evaristo maravilhosa! ??
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Isadora Silva 25/11/2023

Que os meninos pretos sejam príncipes
Canção para ninar menino grande é mais um romance da maravilhosa Conceição Evaristo. O livro é protagonizado por diversas mulheres que têm uma relação em comum: o amado Fio Jasmim.

Apesar de não narrar os capítulos da história é Fio que une as diferentes mulheres, desde o início somos apresentadas a esse homem negro que ama e gosta de ser amado. Em um primeiro olhar ou uma leitura superficial pode até parecer que Fio é um malandro enganador, mas ao ler a história é possível que Fio é muito mais complexo do que isso, ele é um bom negro que guarda em si histórias de negações, traumas e muitos silêncios.

A escrita de Conceição Evaristo é sempre um brinde, gosto da liberdade dela para usar a palavra necessária, mesmo que inventando e gostei muito da forma como ela trouxe esses personagens que se entrelaçam ao longo do livro.
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AurAlio.Nestor 24/11/2023

Histórias ou estórias?
Certamente, caro(a) leitor(a), você se envolverá com boa parte dos enredos apresentados, seja como alguém que já vivenciou situações parecidas, presenciou ou apenas ouviu falar.

Conceição Evaristo desperta a curiosidade e outros sentimentos daqueles(as) que estão em busca de compreender todos os acontecimentos que aparentemente começam no fim e terminam no começo. Uma segunda leitura, mesmo que rápida, é válida para uma melhor compreensão dos desfechos dessas aventuras, ora felizes, ora tristes.
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Cristiana 24/11/2023

As aventuras de um homem tóxico
Eu me surpreendi negativamente com esse livro
Me pareceu uma eterna história sobre a capacidade de um homem mediano de pegar mulheres maravilhosas
Ele não tinha dinheiro, não era bom de papo. Ele só era bonito e nem sequer se esforçava para se saciar
Não entendi a "moral da história"
Ele acabou sendo agraciado como vítima de um passado doloroso
Só que todos nós temos um passado doloroso. E isso não é aval para sermos más pessoas
Lulu 29/12/2023minha estante
Não é sobre as ?conquistas? de Fio Jasmim, mas sim sobre a incapacidade, intrínseca a tantas pessoas, de perceber as próprias dores, a própria história. E a história de Fio Jasmim foi contada por todas as mulheres que ele se envolveu, porque a sociedade exige isso das mulheres, que elas sintam, que elas percebam, que elas amem?




lynx 24/11/2023

Dores, sentimentos, paixão, aborrecimento, amantes, sonhos, segredos, desnorteamentos, incertezas, demonstração, rancor = vida
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Iya Moura 17/11/2023

Indico a todos
Historias que podem parecer uma coisa, mas se trata de outra. Mulheres, negras, nas suas diversas formas de amor. Tecidas por um homem que muito tem a se compreender e perceber os outros.

Conceição escreve histórias de amor que fogem do clássico, porque são elas realidade. Gostemos ou não.

Livro curtinho e maravilhoso.
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Gabriela 15/11/2023

Grandioso
Mais um livro espetacular de Conceição Evaristo!

Em ?Canção para ninar menino grande?, a narradora nos conta a história de Fio Jasmim através da perspectiva de duas mulheres que passaram por sua vida, Tina e Eleonora. É, portanto, uma contação da contação da contação: o que Fio contou para Tina e Eleonora é contado para a narradora em uma confraria de mulheres, que conta para nós.

Os vários enlaces amorosos de Fio são o ponto central da história. Antes mesmo de casar-se com Pérola Maria, Fio já cultivava uma série de romances pelas pequenas cidades que visitou devido ao seu trabalho de maquinista de trem. Cada história é permeada por um encontro marcante, em que as personagens femininas se encantam com Fio e ele, com elas.

Não se trata, no entanto, de uma romantização do adultério, mas sim de uma denúncia feita pela narradora-autora: da condição de Fio enquanto homem negro. Visto como muito bonito e sedutor, Fio passa a maior parte de sua vida sem pesar as consequências de seus enlaces amorosos, tanto para as amantes quanto para sua esposa e até para ele mesmo.

Muitas perguntas são feitas ao longo da história, e muitas reflexões são despertadas. Com sua escrita tocante, profunda e precisa, Conceição Evaristo segue se reafirmando como uma grande autora brasileira.
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