Racismo linguístico

Racismo linguístico Gabriel Nascimento




Resenhas - Racismo linguístico


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LucAlio.CAmara 25/05/2024

Racismo Linguístico
Início: 24/05/2024
Livro: Racismo Linguístico
Autor: Gabriel Nascimento
Origem: Brasil
Páginas: 138

Comunicação / Educação / História

Sobre o que achei:

????
Finalizado

Este livro nos faz refletir sobre o racismo linguístico de uma forma que o autor destaca nos textos de sua pesquisa ao longo da narrativa. Eu, particularmente, não tinha conhecimento sobre esse tema e achei super interessante e acessível. Pelo que percebir, esse racismo tem o foco principal o colonialismo histórico em questionamento e além disso, uma narrativa bem crítica do racismo em geral.
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Maria22510 19/05/2024

Racismo Linguístico
Eu sou uma menina preta que nunca entendeu como o racismo me afetava até perceber, a baixa autoestima e os motivos pelo meu sentimento de inferioridade que decorrem de falas "normais" da sociedade como "cabelo ruim" e outras como "ovelha negra", "nuvem negro" onde o preto é sempre colocado com ruim, o livro é curto e muito necessário me identifiquei com várias falas do autor e levei vários tapas na cara desse livro.
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Aline.Armond 04/04/2024

Excelente material pra quem estuda as linguagens, o racismo e questões sociais no geral. O autor demonstra como o racismo atuou também na forma de linguicídio e ainda segue sendo renovado pela linguagem.
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Ogaiht 12/02/2024

Completamente Equivocado
Como as pessoas são extremamente emotivas e usam mais o coração que a razão ao emitirem uma opinião é necessário fazer a seguinte observação: criticar negativamente um livro sobre qualquer tipo de racismo não faz dessa pessoa racista e nem significa que essa pessoa negue a existência de tal prática. Dito isso vamos a análise deste livro. O preconceito linguístico é um fato, pois o preconceito é inerente ao ser humano. Sabemos que certas variações linguísticas possuem mais prestígio que outras por várias razões sejam elas políticas, econômicas ou culturais. Também é fato que a escravidão marcou profundamente a sociedade brasileira e seus danos são sentidos até hoje.
Porém este livro, que nada mais é do que uma das várias crias do pós-modernismo que se espalhou nas universidades e agora nas mídias falha em defender sua proposta. Basicamente, o argumento é que norma culta padrão do português brasileiro nada mais é do que uma variante falada exclusivamente pelos brancos e que seria usada como instrumento de opressão às populações não brancas. Ele também acusa essa versão da língua de ser como os brancos veem o mundo e, portanto, é incompatível com a maneira que os não brancos vivem. Mas a verdade é que ele não mostra nenhum argumento concreto que prove isso! Ele chega a citar uma lista de expressões com a palavras negro/preto que seria negativas como humor negro (absurdo!) e o bom é velho denegrir. Parece que o autor ignora que as palavras podem mudar de significado com o tempo, e algumas que possuíam significados depreciativos podem perdê-los com tempo, algo que ocorre em todas as línguas.
O autor também questiona o porquê de formas como ?nós vai? não possui o mesmo status de ?nós vamos?, sendo a primeira forma muito utilizada pelos escravos e hoje usada em contextos mais informais. Uma coisa é respeitar as variantes e não recriminar os falantes que as usam mas toda língua precisa de uma forma culta padrão para que haja comunicabilidade entre todos os seus falantes. O Brasil é um país imenso com mais de 200 milhões de habitantes e inúmeras variações. Como ficaria a comunicação se cada um falasse a língua como bem entender? Claro que isso se refere a um contexto mais profissional e acadêmico. É curioso que autor, que também é negro, ter escrito o livro na forma culta padrão, que segundo ele é a língua do branco opressor.
Ele também questiona o por que as línguas indígenas não tem o mesmo status que o português. Será que o autor não sabe que o Brasil é um raro caso de país onde uma única língua é falada por quase 100% da população? As línguas indígenas são faladas por não mais que 200 mil habitantes. Se usarmos a lógica do autor, teremos que considerar as pequenas comunidades alemãs, polonesas e russas no sul do país. Por causa dessas poucos comunidades também deveríamos defender que o alemão, o polonês e russo se tornem línguas oficiais?
Também é bem hipócrita da parte dele falar que os brancos não entendem a crítica linguística que ele faz, mas seu livro é extremamente influenciado por ideias pós-modernistas de Foucault e Derrida, dois homens, europeus colonizadores e opressões e brancos!
O livro é extremamente contraditório ao ensaiar uma crítica ao pós-modernismo e ao estruturalismo mas é profundamente baseado nas teorias críticas de raça e neocolonialistas, que nada mais são do que crias do pós-modernismo. O livro parece que seguiu todos os dogmas dessa filosofia como quando fazemos uma receita de bolo. E por último, não poderia deixar de citar a boa, velha e desonesta ideia que o livro cita de que quando brancos não veem os não brancos pela cor é resultado de seu privilégio e ainda sim um tipo de racismo. É uma armadilha impossível de se fugir, porque se eles virem a cor do outro também seriam considerados racistas. O que os seguidores dessa seita não entendem é que quanto mais eles defenderem essa visão de mundo, mais eles incentivarão as divisões na sociedade. Mas parece que é exatamente isso que eles querem, cada um em seu quadrado.
Concluindo, acho esse livro um desserviço, e fico muito preocupado pelas faculdades de Letras estarem investindo tempo e recursos nessas linhas de pesquisa. A língua por ser usada sim para expressar preconceitos e atitudes preconceituosas devem ser combatidas, mas problematizar picuinhas mais atrapalha do que ajuda essa causa tão nobre que é a luta contra o racismo.
Carolina 13/02/2024minha estante
A lógica do autor não considera as comunidades alemãs e cia porque são comunidades de brancos, e brancos são todos opressores e racistas.


Carolina 13/02/2024minha estante
Uma vez eu fiz uma piada dizendo que ?black friday? era uma expressão racista. Um ou dois anos depois, várias lojas aboliram o termo usando a mesma justificativa.




Brenno71 19/11/2023

Livro repleto de provocações ao pensamento crítico, provocações estas com embasamento pautado em fatos poucos explorados no cotidiano. O autor apresenta muitos fatos interessantíssimos sobre a formação do nosso idioma, e apresenta as supostas origens de alguns preconceitos infundados que infelizmente alguns insistem em carregá-los até os dias de hoje.
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Robson.Marques 21/09/2023

Observe e absorva
Acho que essas duas palavras definem bem a leitura e as informações que tornam a estrutura do racismo um movimento constante de tentativa de dominação e subordinação.
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R. Gomes 31/03/2023

Booom *mente se expandindo*
"[...] o branco, ao racializar o negro, se desreponsabiliza pela ideia de raça ao se considerar humano"

O livro é fascinante e fácil de ler. Admito que ele se torna um pouco mais denso de acompanhar nos pontos em que há muita citações, mas isso é compensado pela escrita do autor.

As ideias trabalhadas nesse livro são surpreendentes e expandem a mente de um jeito muito legal. Ele decididamente te faz pensar.

Super recomendo.
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Anderson Menezes 27/12/2022

Muito além dos termos e verbetes.
O livro Racismo Linguístico é de suma importância para irmos além dos termos e apalavras soltas que são totalmente racistas, de forma histórica, linguística e aprofundada de como o racismo linguísticos surge e continua eu fico com o resumo de Joel Windle: "Escrito de forma acessível e didática, este livro será de imenso interesse não apenas para estudiosos da linguagem, mas todos os que querem entender melhor a complexidade da desigualdade racial no Brasil. Com sua análise original da relação entre língua e racismo, Gabriel Nascimento aborda um tema quase totalmente ausente da linguística brasileira, se posicionando de forma lúcida e engajada nos debates de intelectuais negros, muitas vezes esquecidos, e mostrando suas contribuições para uma visão mais inclusiva da linguagem dentro da sociedade brasileira. De fato, a grande novidade da obra de Nascimento é de mostrar tanto as ausências da linguística tradicional quanto as pistas para uma renovação dessa área, dando continuidade ao projeto anticolonial de autores clássicos como Franz Fanon e à crítica decolonial contemporânea, que está transformando debates acadêmicos e políticos ao redor do mundo. Assim, este livro se insere numa virada importante na ciência e sociedade brasileira, que somente agora está começando a encarar a força estruturante de categorias raciais." Joel Windle (Monash University, Austrália/Universidade Federal Fluminense).
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Wiulayne.Souza 27/12/2022

Muito importante e essencial para o ensino de línguas no Brasil. Relata do princípio até o governo Bolsonaro.
Muito bom!
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Raoni Pereira 03/12/2022

O poder das palavras
A linguagem marca os corpos e contribuem para a sua discriminação. O autor analisa como o idioma do colonizador produz distorções e preconceitos com aqueles que não se adequam ao padrão linguístico.
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Amanda 12/11/2022

Língua e racismo
Gostei do livro. Um tipo de livro bom é aquele que te faz pensar sobre coisas que vc não tinha pensado antes e esse livro fez isso... Essa nao é exatamente uma resenha, mas sobre o q o livro me causou...

É sobre racismo linguístico, o uso da língua para excluir ou minimizar o valor de parte das pessoas; traz propostas para evitá-lo; traz alguns fatos históricos q tenta mostrar um viés discriminatório ou protecionista (que desemboca em discriminação)...

Nunca tinha pensado a fundo sobre o uso da linguística para prática de racismo e exclusão... E isso é um tanto qto óbvio...

Ainda estou em contradição com algumas partes do livro, mas deve ser pq não tenho mta noção sobre como funciona a evolução de uma língua (ainda não aceitei a última reforma ortográfica rsrs)...

Me questiono sobre a proposta de se aceitar plural com singular (confesso q eu falo assim de vez em qdo, mas o português correto é tao bonito)... Eu entendo que a língua deve servir às pessoas e não o contrário e sei q deve ser acessível a todos... Ahhh mas eu adoro o português certinho... Os tempos verbais, conjugações é tudo tão rico... Mas eu sei q eu gosto é do português do Brasil e esse só existe pq nele já houve uma mistura de idiomas africanos e indígenas... Qto sofrimento esse livro me trouxe... Rsrsrs

Não sei exatamente como uma língua desaparece naturalmente... Fico pensando se isso não seria permitir o desaparecimento do português... Talvez seja um resgate dos outros idiomas que foram outrora apagados e que deveriam fazer parte da gente pq está no nosso dna...

Talvez a evolução das línguas seja ela se tornar uma só no mundo todo... Se permitíssemos a introdução de novas formas de falar aqui e ali, aceitando aquilo que é do outro e fazendo nosso, sem querer proteger o que é local, as línguas sofreriam mutações tão grandes que resultariam em um único idioma... Mas pra isso acontecer precisaria de mto desprendimento e reconhecimento do valor do outro que está mto ligado a ideia de ausência de racismo e preconceito... enfim...

A conclusão tá me levando a viajar na maionese sobre igualdade, filosofia, torre de Babel, evolução da humanidade enqto seres bons... A cabeça explodiu...kkkkk

Ps.: O livro não é sobre isso... Como disse lá no começo, é sobre racismo linguístico, o uso da língua para excluir ou minimizar o valor de parte das pessoas, traz propostas para evitá-lo, traz alguns fatos históricos q tenta mostrar um viés discriminatório ou protecionista (que desemboca em discriminação)...
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Sparr 14/09/2022

A nossa língua conta uma história de opressão
Seja no dia a dia, seja na execução acadêmica, nosso idioma não faz reparação com os povos originários e é retrógrado em aceitar novos caminhos. Nossa língua é também um caminho desfavorável de opressão. É um recurso do apagamento e do embranquecimento. Fico grata por descobrir tamanha consideração sobre a nossa língua e sobre como a linguística trabalhou por tempos em desfavor de igualdade. Espero conseguir contribuir para o inverso dessa realidade.
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Vi 04/04/2022

?quem tem direito a ser reconhecido como legítimo falante de uma língua no brasil?? confesso que achei bem técnico, é um bom livro de ponto de partida. e tem uma bibliografia incrível pra se aprofundar mais no assunto
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