Nunca fui primeira-dama

Nunca fui primeira-dama Wendy Guerra




Resenhas - Nunca fui primeira-dama


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Yas 23/09/2021

Quando li sobre o que seria o livro estava esperando ler sobre a política de Cuba e tal...
Mas achei decepcionante ver que o livro conta bem mais sobre a história da escritora do que sobre seu país.
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Gisele 28/03/2021

Nunca fui primeira-dama - Wendy Guerra
O livro conta a história de Nádia que busca sua mãe que fugiu de Cuba. A narração, as vezes um pouco confusa, traz a angústia de viver na sombra da revolução, do coletivo em prol do individual e das relações familiares. Vai descobrindo aos poucos sobre a mãe, como encontros com Célia Sanches, Fidel e Che.

Escolhi esse livro para minha meta de leitura para 2021, que é ler um livro de cada país do continente americano. Foi a escolha para Cuba.
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Daniela742 01/07/2010

Confesso não ser o meu estilo de leitura, mas o livro nos mostra bem como foi a Cuba no início da Revolução. Nos revela também o preço pago por ela. Ideias vigiadas, pensamentos que não podem ser revelados, preconceitos expostos. Tudo isso mostrado do ponto de vista da autora, quando resolve enfim, encarar seu passado e descobrir quem realmente foi sua mãe.
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Julhama 03/09/2010

"Em meu país todos os caminhos levam a Fidel: o que você come, o que usa, os apagões, os aluguéis, as escolas, as viagens, os altos e baixos, os ciclones, as epidemias, os carnavais, os congressos, as estradas. Poucas coisas importantes se moveram sem ele."

É desta forma desolada e, ao mesmo tempo com um ar de segurança por tudo estar sob controle tão voraz, que Nadia Guerra, personagem/alter ego, vê Cuba no romance Nunca fui primeira dama, de Wendy Guerra.

Esse sentimento ambíguo em relação à Fidel/revolução/regime dá o tom do livro. Ele existe em todos os personagens. Todos sentem atração e repulsa por Cuba, mas, ao contrário de Nadia, saem do país e vão construir suas vidas em outros lugares. Nadia recusa-se a sair de sua terra natal. Viaja por algum tempo, mas recusa bolsas de estudos em escolas de artes na Europa e Estados Unidos. Ela diz que não consegue se imaginar em outro lugar.

O resultado, é que Nadia vive entre fantasmas patrióticos, ruínas e peças de museu. Um cenário desolador. Mas a personagem tem forças e o que a impulsiona é encontrar sua mãe, que a "abandonou" (saiu exilada, na verdade) quando pequena. Depois de muito procurar, a encontra na Russia, já sem memória.

Nunca fui primeira dama tenta justamente recuperar a memória de Cuba para uma geração que, como Nadia, já nasceu sobre o regime de Fidel e segue as regras apenas por elas estarem pré-estabelecidas, mas não veem mais sentido nelas. Por outro lado, não há uma forma de ruptura, a figura de Fidel (e de Che), do revolucionário perfeito são fortes exemplos a serem seguidos...

Para ler o resto dessa resenha, acesse: http://espanadores.blogspot.com/2010/08/nunca-fui-primeira-dama.html

Para mais livros e mais resenhas: www.espanadores.blogspot.com
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Consuelo 11/11/2024

A terceira parte salvou o livro de ser completamente chato. A essência e a intenção são boas e genuínas, mas o excesso de problematização me deu uma canseira. Também esperava ver mais de história cubana (e esse pra mim foi o chamariz para a leitura), mas aí, problema meu se criei expectativa.
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Paula' 06/04/2011

Ainda estou lendo. É uma bonita poesia sobre a vida, a vida de quem cresceu num país diferente do meu, Brasil. O mais interessante para mim é como fica claro neste livro a influência de uma cultura no destino de alguem. Nós também somos marcas de nossa nacionalidade, mas talvez tenhamos mais dificuladade de perceber.
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Ana 12/03/2013

Um olhar sobre a história de Cuba
http://omundoatravesdoslivros.blogspot.com.br/

Calma, Nádia, pare! Não puxe tão rápido, não estou conseguindo te acompanhar. Respire, não precisa falar assim, eu já entendi que você está cheia de angustia e de dúvidas, de perguntas, ansiedade e que quer muito encontrar sua mãe, suas raizes. Eu vou junto com você: pela França, Rússia ou Havana, para qualquer lugar que sua busca te leve, estou com você.

Voltar à Havana com você não será nenhum problema para mim, porque a cidade me atrai desde que estive lá, como turista. Parada no tempo, Havana é museu vivo. Eu ficava perambulando pelo centro e ficava imaginando o que havia de verdade por trás daquelas paredes. O que ia na mente e no coração daquelas pessoas que eu via, sentadas nas calçadas, ignorando os turistas que passavam?

Para mim, esta cidade é um grande mistério. Tinha a sensação de olhos eternamente à espreita, muitos olhos, como nos filmes, me acompanhando, escondidos. Agora poderei visitar Havana através de você, Nádia, de suas lembranças, de sua história.

Siga em frente, que vou com você. Pode continuar sua trajetória, pode continuar falando aos borbotões. Use suas frases curtas, cheias de urgência, carregadas de alegorias. Estou seguindo você, de perto, tentando não me perder.

Sei que você foi abandonada por sua mãe aos 10 anos e que quer saber o que aconteceu, quais os motivos que a fizeram abandonar tudo. O encontro com ela, Nádia, poderá ser revelador e através de seu diário poderemos descobrir um pouco do que foram aqueles dias, anos, quando os guerrilheiros tomaram Cuba. Dos seus encontros com Célia Sanches, e breves passagens com Che Guevara e Fidel Castro. As pessoas, os medos, as esperanças.

"... eu me distrai olhando pelo vidro gigante da janela. Havana era uma joiazinha. Eu adorava os edifícios e o mar de antes do entardecer..." Eu também me sentia assim, vendo o sol de pondo do Hotel Habana Libre, o mesmo em que a mãe de Nádia esteve com Célia Sanches. Aquela cidade me atrai. Obrigada Nádia, por me levar de volta e me mostrar alguns dos seus mistérios, suas histórias proibidas.
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Leituras do Sam 22/09/2017

O resgate da memória
A memória é quase um personagem neste livro, pois é na tentativa de saber ou resgatar o que sabe da sua mãe que a personagem principal vai se embrenhar entre os cubanos que saíram de Cuba e assim apresentar um pouco da história dos pequenos heróis da revolução, com suas dúvidas, fraquezas e coragem.
Não é uma pérola da narrativa e nem tão pouco um livro polêmico como tentam vendê-lo, mas guerra consegue mostrar um pouco do que sentem as pessoas que já nasceram sob o comunismo cubano.
O espírito comunitária da ilha parece ser o que mais incomoda aos mais jovens, como Guerra deixa claro quando diz " Mas aqui tudo é coletivo. Não sei se o sexo aqui ainda pode ser só a dois..." E a falta de individualidade parece ser o mais desejado, Wendy sentencia que em Cuba "ninguém é dono nem da dor".
Não sei se gostei, mas sei que o livro deixa muito explicitado as tensões internas e o choque geracional que Cuba vive, os velhos saudosos e orgulhosos, seus filhos acostumados e empenhados e seus netos impacientes e desejos por novidades na ilha.

@leiturasdosamm
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