Aline 26/05/2024Uma história real narrada com complexidadeEsta foi a segunda vez que tentei ler esse livro. Na primeira, a leitura não engatou e abandonei-o após algumas tantas páginas. Nesta segunda, a leitura demorou a engatar, mas eu insisti mais.
Wendy Guerra é o pseudônimo de Nádia Guerra, uma cineasta e escritora cubana cuja mãe fez parte da revolução cubana e, inclusive, era próxima de vários líderes da revolução, como Célia Sanchez.
?Nunca fui primeira-dama? é uma história real na qual Nádia tenta remontar a história de vida da mãe, que teve que fugir de Cuba porque estava escrevendo um livro sobre a vida de Célia, suposta amante de Fidel Castro. Na época, Nádia era criança e ela só conseguiu reencontrar a mãe novamente na Rússia e algumas décadas depois, quando a mãe já estava bem doente.
Enquanto conta a história da mãe, Nádia conta também a história desse livro que a mãe tentou escrever, conta também a história de Célia, além da sua própria história e a história de escrita desse mesmo livro que estamos lendo. Parece confuso? Pois é mesmo rs.
É um livro difícil de ler, porque é narrado em fluxo de consciência, com alguns trechos de narrativas bem viajados, além de misturar muitas histórias, uma dentro da outra.
Achei um livro bom, mas não foi uma leitura que super amei, principalmente porque demorei bastante pra engatar. Quando Nádia passa a focar mais na história de Célia, o livro fica mais interessante. Acho que vale a pena ser lido como uma iniciativa de conhecer livros escritos por mulheres da América Latina.