Os Corvos de Avalon

Os Corvos de Avalon Marion Zimmer Bradley




Resenhas - Os Corvos de Avalon


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Lu 17/03/2011

Não vou avaliar se "Os Corvos de Avalon' faz justiça ou não à obra da Marion Zimmer. Essa avaliação deve ser feita pelos verdadeiros fãs da falecida autora.

Avaliando o livro por si só, acho que a Diana Paxson não poderia ter feito melhor. A história consegue mesclar mitos e acontecimentos históricos com muita habilidade. A narrativa é precisa, sem ser pesada. Quase dá pra sentir o cheiro dos pães de mel assando e ouvir os cânticos ao redor das fogueiras druidas.

Mas boa parte do mérito se deve aos bons personagens. Porque mesmo quando eu não estava lendo, eu os sentia comigo e me perguntava qual seria o destino deles. Paxson transformou sua Boudica, uma mulher que viveu na Era do Bronze, em uma pessoa. Não apenas a figura de aparência feroz que eu vi no Google e sim uma mulher com defeitos e virtudes. O quanto disso é realmente verdade, eu não saberia dizer. Mas como um romance épico, eu gostei muito de acompanhar sua trajetória. Sua amizade com Lhiannon é linda.

Os druidas, é claro, são um capítulo à parte. A cultura deles é fascinante. Muito rica e cheia de mistérios e misticismo. Não pude deixar de lembrar do primeiro volume das Brumas de Avalon. Mas não no sentido de que a autora copiou a Marion e sim porque tudo está ligado, na verdade.

Um excelente livro, bem escrito e documentado, com boas cenas de ação um lindo romance. Não poderia pedir mais.

Recomendo!
psyche 17/03/2011minha estante
Ainda não li esse... Na verdade, nem sabia que existia... (nuss, que fã da Marion sou eu...) Mas nunca tive queixa da Diana. Li outros livros que ela finalizou para a MZB e embora não sejam tão MÁGICOS como os dela, são muito bons! Vou procurar.
Já leu o restante da saga? Recomendo. ;)




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Carmen 01/04/2018minha estante
Amei esse livro, muito bom mesmo!




Adriana R. Rossi 17/07/2009

Bom livro
Inicialmente, não trata-se de um livro da Marion Zimmer Bradley, mas sim da idéia desta, desenvolvida pela Diana Paxson. Logo, quem o escreveu foi a segunda autora. O livro é bom, nada espetacular, podendo ser tranquilamente reduzido para 100 folhas. Há quem goste de saber a genealogia do Bogle (cachorro 1 e 2) da Boudica, mas para mim parece exagero. Ainda não me decidi se a Boudica retratada era bipolar ou uma médium de segunda categoria, que não controlava a possessão contínua de Cathubodva (Deusa dos Corvos) rumo a desgraça. É um livro de guerra, baseado na fabulosa história da guerreira Boudica. Para quem quer saber mais sobre a Boudica real busque os episódios de Warrior Women, apresentado pelo Discovery Channel. Fica a dica! ;)
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Yasmayfair 07/08/2010minha estante
Médium de segunda categoria? Ela não quis ser sacerdotisa, logo, não era obrigada a controlar a presença de Morrigan. Partindo do fato de que ela não era sacerdotisa, acho que controlou até bem demais, ao meu ver.




Leitora Viciada 12/12/2011

Diana L. Paxson
Este livro NÃO FOI escrito pela Marion Zimmer Bradley e sim pela sua fiel amiga e colaboradora Diana L. Paxson. A idéia e vontade de escrever a história da rainha louca Boudica surgiu de Marion que tocou no assunto durante a série de Avalon mas devido ao seu falecimento, não pode realizar esse feito. Diana conta que ela e Marion haviam prometido uma a outra que não deixariam de escrever essa história, realizando um esboço de como ela seria.

Diana cumpriu a promessa e escreveu Os Corvos de Avalon e digo, ela escreve bem, muito bem. Nos Estados Unidos ela é escritora de Fantasia Histórica e tem alguns livros publicados e bem aceitos pelo público do gênero. Ou seja, ela não é apenas a ex-colaboradora de Marion e sim uma escritora de idéias próprias.

Minha opinião é a seguinte: Marion era bem mais original e criativa, uma escritora natural porém Diana escreve muito bem e tende talvez a ser tão boa quanto a professora, ou até melhor quem sabe?

Vejo um legado de Marion vivo na Diana, como principalmente o fato das personagens fortes femininas e bem moldadas estarem presentes no estilo de ambas, e muito mais outros detalhes, como a paixão pelos celtas.

Só acho chato as editoras usarem o nome da Marion na capa, nas propagandas se não foi ela quem escreveu esse livro. O mesmo digo sobre 'Os Ancestrais de Avalon'. Markenting, eu sei. Só espero qeu futuramente aqui no Brasil publiquem os livros de Diana, por ela mesma para podermos realmente experimentar um livro dela originado de suas próprias idéias.

Mas falando sobre o livro, que ainda não falei... quem gosta do gênero Fantasia e/ou Histórico, e/ou gosta de livros com pitadas de misticismo ou cultura celta ou quem é fã da série de avalon certamente vai amar essa história! Agora quem não curte nada disso, leia outra coisa mais do seu gosto.

As duas personagens principais são amigas por laços quase que eternos, distintas na origem, personalidade e objetivos de vida mas algumas coisas elas tem em comum: força e atitude, cada uma a sua maneira.

Não são como algumas mulheres que se entregam a vontade do mundo dos homens e sentam para fiar enquanto guerras são travadas e decisões políticas são tomadas, elas literalmente vão ao campo de batalha e se intrometem na vida do povo bretão.

Não vou falar mais que isso para vocês não perderem a MAGIA da leitura!
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Lili Machado 06/11/2009minha estante
Repito o comentário da resenha anterior - Acabei de comprar o livro - também adoro a Marion - chorei muito a morte dela - vou ler e avaliar se está à altura de ter o nome dela como outora. Obrigada pela dica.


Cláudia 28/12/2009minha estante
Olá. Pela resenha, parece ser ótimo o livro. Lerei assim que possivel!




Nika 23/07/2009

Bom, eu sou bem suspeita pra falar, principalmente por ser uma história da Marion. Mas enfim...

É linda demais essa história. Tenho que ser sincera e dizer que no começo não achei tããão brilhante assim, mas bem antes de chegar no meio do livro eu já não conseguia mais parar de lê-lo.

A história é sobre duas mulheres, que ao contrário do que a sinopse diz (ao meu ver), elas não deixam de ser amigas, em nenhum momento. Sim, elas brigam um pouco mas, quem nunca brigou com aqueles a quem amamos? A Boudica (principal) é uma personagem um tanto quanto difícil, no cmeço não gostava muito dela, mas depois comecei a me divertir com ela. Eu ADORO o casamento dela he-he.. Não vou dar spoiler, mas eu quero fazer o mesmo que ela *_*. Lol.

O livro é fantástico, mas para quem já leu outros livros da Marion, eu acho que fica muito evidente que não foi ela quem escreveu. Eu gosto da Diana, elas trabalharam muito tempo juntas e tal, mas confesso que fiquei meio receosa pois percebi de cara que era a Diana quam escrevia (sim, eu VI que a Diana que escreveu, até porque a Marion já morreu, mas eu esperava que ela só tivesse completado o livro, mas estava enganada). Mas depois comecei a me acostumar com a escrita da Diana e comecei a curtir mais o livro. Foi por isso que dei 4 estrelas e não cinco.

Para quem vai ler o livro, eu recomendo que, ao terminá-lo, volte ao prólogo, em que a Lhiannon fala. É interessante e divertido.
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Lili Machado 06/11/2009minha estante
Acabei de comprar o livro - também adoro a Marion - chorei muito a morte dela - vou ler e avaliar se está à altura de ter o nome dela como outora. Obrigada pela dica.




marcilivros 04/10/2009

Poder
Incrível! Um livro que emana, a cada página, força, poder, emoções, amor e que, ao encerrar-se, deixa o coração cheio de saudades.
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Galahad 18/08/2010

"Rainha Assassina"
Gostei do livro. Leva a uma parte da historia bem interessante. A "primeira" briga com os romanos. E pela sua conquista.
Sendo o verdadeiro lider dessa rebeliao uma Mulher. Mostra o poder que uma mulher pode ter mesmo em uma sociedade onde ela nao se tem muitos direitos.
Alem de que se formos levar por outro lado uma mulher em seu odio eXtremo pode ate mesmo movimentar uma rebeliao. kkk

Gostei muito da personalidade de Boudica. Principalmente quando ela aceita Morrígan para ajudar suas filhas e destrói todos os romanos e iniciar a rebelião contra roma.

Analises:

Tenso. Essa párte:
Boudica : " Senhora dos corvos eu sou seu sacrificio."
Morrigan: “Boudica voce e minha vitoria.”
Questao: seria possivel que na verdade a Deusa a guiou para a batalha em Manduessedum. Para leva-la depois a morte no a caso. O que me da de parecer e isso.

O final do sacrificio de Boudica ao encontro com o Deus Bom e bem obaseno. Comico, mas devasso pra caralho. RA

Seria Ardanos o antecessor de Kevin, pois ele se “rende” a Roma tal como Kevin nas Brumas?
Nao gostei que a Conventa morrese no parto.
Espero que assim como a previsao dela seu filho faça um papel importante na Casa da Floreta.

Fora minha minhas questoes o livro e bom, pois mostrando como foi o principio da ocupaçao romana. E uma visao diferente em relaçao a historia de Boudica da qual nem mesmo tinha ouvido falar e da qual agora irei procurar por mais assuntos referentes a ela.

Por mais veremos o que nos traz A Casa da Floreta agora...
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Paula 23/02/2010

"Mas houve uma epoca em que uma mulher desafiou o poder de Roma e, durante um terrivel e luminoso verao, a vitoria foi dela." (pag.477)
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Yasmayfair 07/08/2010

É como eu disse no Twitter: Diana L. Paxson pode nunca ser uma Marion Zimmer Bradley [e é realmente difícil], mas ela segue pela estrada certa, com certeza.
Essa polêmica toda de ela ter escrito alguns livros da saga de Avalon, e não a Marion, é algo bobo.
Diana era amiga e colaboradora da Marion, e foi a própria quem a escolheu pra dar continuidade à série quando ela não estivesse mais aqui, e Diana escreve muito bem e segue os passos de Marion, então não vejo motivo pra que alguns fãs fiquem irados.
Diana segue os passos de Marion sim, mas a escrita dela difere da Marion no sentido de que é mais solta, menos séria. Marion é mestra e minha escritora preferida, mas é bom que as duas, apesar de ótimas, tenham diferenças entre si. Isso não importa, já que conduzem muito bem as histórias que se propõem a fazer, de qualquer forma.

Mas bem, sobre o livro: é triste. Aprecio muito essa decisão de terem colocado as raízes celtas na história de Avalon, nos dá muito mais noção da história mesmo quando se está lá na frente, em As Brumas de Avalon, por exemplo, que aliás, são meus livros preferidos.
Boudica e Lhiannon são personagens memoráveis, e seguindo a linha de reencarnações da série, acredito que Lhiannon seja Domaris e Boudica seja Deoris. É difícil decidir qual a personagem preferida. Confesso que no começo do livro eu preferia sem dúvidas Lhiannon, já que Boudica, ainda adolescente, era voluntariosa e prepotente. Mas com o passar do tempo ela amaduresce e se torna alguém forte, nos fazendo torcer pela personagem. O livro tem mais sexo do que os de Marion, na minha opinião, e em alguns momentos achei desnecessário, mas essa é outra característica que difere Diana de Marion. Boudica e Prasutagos no começo não me comoveram, mas confesso que adorei a passagem onde ela foge do casamento a cavalo e o desfecho dessa parte da história, haha. Depois do ritual de fertilidade, quando eles passam a se amar verdadeiramente, confesso que quis chorar quando ele morreu e foi convincente a dor de Boudica, e admirei-a ainda mais quando ela lidera a rebelião contra Roma. Outro fato interessante é quando a deusa Morrigan/Cathubodva, a Deusa da Batalha e dos Corvos começa a possuí-la quando ela está liderando a rebelião. Diana desenvolveu a personalidade Dessa face da Deusa bem de acordo com o que se pode esperar Dela.
E sobre Lhiannon, é uma ótima personagem do começo ao fim. Torcia muito pelo romance dela com Ardanos, e em determinado ponto da história fiquei (e acredito que não só eu) com o que ele fez. Mesmo depois disso, continuamos torcendo pelo casal e na expectativa de que aconteça alguma coisa nas cenas em que estão apenas os dois. O que acontece de fato, não vou fala, é preciso ler.
É interessante também saber como tudo acontece antes para que culmine no cenário de A Casa da Floresta, que li antes. Alguns dos personagens de Corvos estão presentes nesse livro, que é a continuação. Quando puder vou relê-lo, ou pelo menos algumas partes, para me lembrar o que ocorre com cada um depois.

Enfim, é um bom livro, daqueles que te fazem chorar no final. Não só pelos personagens que Diana e Marion criaram, mas sim por finalmente tomarmos mais consciência de que toda a desgraça do livro, os romanos invadindo a Britânia, conquistando, dizimando e humilhando as tribos celtas que lá viviam, é triste constatar que é uma história real, que aconteceu de verdade, e isso foi o que mais me fez chorar, e ao mesmo tempo, ficar agradecida por poder ter lido. Mudou minha visão de mundo, expandiu meus horizontes e confirmou o que eu já sabia: que a cultura e o povo celta, pra mim, são os mais encantadores que já existiram. Fiquei encantada pela personagem de Boudica, agora sempre que posso pesquiso sobre ela. É gratificante sabermos que realmente existiu uma mulher, uma rainha que fez tanto assim pelo seu povo, e principalmente, uma MULHER que deu tanto trabalho pra Roma, aquela escória de cidade. Ótimo saber mais sobre a ilha de Mona também, que uma banda que eu adoro menciona numa música sob o título de "Inis Mona", acredito que da mesma forma a que se referiam a Avalon como "Inis Witrin", "inis" é o termo para "ilha".

Recomendo a todos que apreciam os livros de Marion, os de Diana, os da saga de Avalon como um todo e para os que como eu, são amantes da cultura celta também, e não admitem que ela tenha sido tão dizimada como foi.

E o livro nos faz pensar (pelo menos a mim fez): Como o mundo seria se os celtas tivessem derrotado os romanos?


"Mas houve uma época em que uma mulher desafiou o poder de Roma e, durante um terrível e luminoso verão, a vitória foi dela."
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Shana 28/07/2010

Os Corvos de Avalon é o tipo de livro que me faz chorar quando termina. Choro porque tenho dúvida se algum dia lerei algo tão bom. Sou apaixonada por histórias de Avalon desde a adolescência, simplesmente amo tudo que envolva fogueiras, rituais, invocações, druidas, canções, deusas.... é como no ditado: Quem lê viaja. Me transporto para o mundo de magia. Tudo de bom!
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Raquel 12/11/2011

Levei dois meses pra ler as 480pgs, li mais da metade na ultima semana num esforço pra poder mudar de livro sem abandoná-lo!! Apesar dos personagens que eu ja conhecia (Lhianon e Ardanos) a historia não conseguiu me empolgar.

Ele conta a historia da Rainha Boudica, que tentou expulsar os romanos da Britania no seculo I. A historia começa quando ela é adolescente e vai morar em Mona, a comunidade Druida onde Lhianon já é sacerdotisa.

Como já tinha ouvido falar da Rainha Boudica, não me surpreendi com o final, mas a autora conseguiu romancear os fatos historicos de um modo a misturar com o misticismo criado por MZB. Achei o final satisfatorio mas a historia no geral não me impolgou, ou eu teria devorado o livro logo que comecei a lê-lo.

Achei interessante saber um pouco mais sobre como Lhianon.

Fiquei na duvida entre classificá-lo como bom ou regular. A historia não é ruim, mas pra mim não foi uma leitura tão interessante. Por mais que tenha trabalhado com MZB, Diana L. Paxson nunca vai conseguir escrever sobre Avalon com a mesma maestria.
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Aileen 11/03/2012

Lindo!
É uma pena que só depois da metade do livro que ele fica realmente muito bom... mas vale muito a pena!

Diana L. Paxson teve uma conexão muito legal com Morrigan pra escrever esse livro. Várias partes dele são de arrepiar e de emocionar. Ver Boudica canalizar a Senhora dos Corvos em batalha é muito lindo.

Fica a dica pra quem gosta de romance misturado com coisas históricas e Divindades. =)
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Tauan 23/09/2015

O livro, que se passa cronologicamente antes d’As Bruma de Avalon trata da conquista romana da Bretanha e da rebelião conduzida pela Rainha Boudica, a guerreira celta, e por Lhiannon, a sua jovem mentora na ilha dos Druidas. Após a morte do marido Boudicca foi brutalizada, suas filhas violadas e suas terras anexadas ao Império Romano. Cheia de raiva e espírito de vingança, Boudica apela às tribos britânicas e conduz o seu povo na resistência contra os exércitos ocupantes de Roma.
A rebelião fracassa, mas Lhiannon sobrevive e torna-se guardiã das tradições druidas na nova Bretanha Romana, como alta sacerdotisa da Casa da Floresta.
A ideia e vontade de escrever a história da Rainha “Assassina” Boudica surgiu de Marion, que tocou no assunto durante a série de Avalon, mas, não pode levar a ideia adiante devido à sua morte, no auge de sua carreira.
Diana, que foi colaboradora de Marion em A Sacerdotisa de Avalon e Ancestrais de Avalon, cumpriu a promessa que elas fizeram uma a outra, de um dia escrever essa história. Nessa época elas chagaram a fazer um esboço, com base no qual Diana deu continuidade na obra, que antecede A Casa da Floresta.
O livro ficou excelente.
Vale salientar que a tradutora é a incrível Márcia Frazão.
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 20/09/2016

JÁ LI
Publicado após a morte de Marion Zimmer Bradley, foi Diana L. Paxson que recebeu a missão de terminar as obras de Marion. As obras do Ciclo de Avalon, portanto, não foram publicadas em ordem cronológica de estória, mas recomendo a leitura na ordem destes posts, para melhor compreensão.


A personagem central de "Os Corvos de Avalon" é Boudica. Filha do Rei de Iceno, ela passa um ano entre os druidas e sacerdotisas de Avalon (que ainda se chama Terra Antiga ou Ilha dos Druidas) para descobrir se possui alguma vocação mediúnica ou alguma predisposição para a magia. Neste período de tempo, ela se aproxima de Lhiannon, sua jovem mentora. Lhiannon, por sua vez, tem um conflito interno próprio: não sabe se mantém-se virgem para atingir o posto máximo de sacerdotisa ou se sucumbe "aos prazeres da carne" com Ardanos, um aprendiz de druida.

Enquanto permanece na Ilha Antiga, Boudica aprende mais sobre si mesma do que esperava, e começa a perceber que não gostaria de voltar para sua terra natal sem um propósito maior e mais sólido para sua vida. Neste meio tempo, Roma começa a invandir as terras dos druidas e a dominar a religião pagã, querendo transformar a todos em cristãos. O exército romano, então, toma o posto seu pai, o Rei, e Boudica precisa voltar antes do tempo para sua terra natal.

Assim, a narrativa do livro tem três aspectos. O primeiro deles é a vida da própria Boudica, seus dilemas internos e seu relacionamento crescente com Prasutagus, com quem é obrigada a se casar para suceder o Rei do trono de Iceno. O segundo aspecto é Lhiannon e seu aprendizado para tornar-se sacerdotisa, onde o leitor é apresentado aos rituais e crenças da religião pagã. E o terceiro aspecto é mais político e religioso, quando fala-se sobre a invasão de Roma e o crescente domínio cristão.

Particularmente, o que mais me atraiu na leitura foi o segundo aspecto, sobre a religião pagã. Comecei a ler "O Ciclo de Avalon" para compreender melhor os rituais, as crenças e os valores das sacerdotisas, assim como para saber como Avalon surgiu e se tornou o que conhecemos na parte final do Ciclo, "As Brumas de Avalon". Neste aspecto, Paxson traz bons insights sobre o assunto e explica, um pouco, o surgimento de tudo.

Tanto a vida de Boudica quanto a invasão romana foram leituras cansativas, na minha opinião. Embora Boudica torne-se uma Rainha Guerreira, que defende sozinha suas terras, achei que Paxson demorou muito tempo para construí-la assim forte. Se Boudica tivesse se transformado nesta Rainha mais cedo, a leitura seria mais rica. Já sobre a invasão romana, ela é importante para contextualizar, historicamente, como surgiu Avalon, mas também contou com trechos muito arrastados e descritivos.

Como mérito para Paxson, ela se preocupou em relatar de forma real e verídica a invasão romana. Muitas batalhas, invasões e personagens do livro realmente existiram, assim como a própria Boudica foi inspirada em uma Rainha da época. Além disso, se ignorarmos o tempo que Boudica leva para completar seu arco na estória, ela é uma personagem feminina interessante. No Ciclo de Avalon, todas as mulheres são profundas e complexas e todas elas são maravilhosas.

Além disso, gostei da descrição da deusa Morrígan, que representa os corvos de Avalon do título da obra. Ela é associada à morte, à vingança e à guerra e surge nos rituais pagãos (com Lhiannon) para profetizar a desgraça que Roma trará ao povo druida. Morrígan aparece sob diversas formas ao longo da estória e foi muito interessante aprender mais sobre ela.

O Ciclo de Avalon ainda tem mais 5 partes, sendo a 7ª parte e última "As Brumas de Avalon". Logo volto por aqui para falar sobre a 3ª parte, "A Casa da Floresta". Os livros podem ser lidos separadamente porque fazem sentido sozinhos.

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com.br/2016/09/ja-li-25-ciclo-de-avalon-parte-2-os.html
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