spoiler visualizarKyaraG 28/04/2023
Não tenho o que reclamar, que estrita q enredo. Esse é o primeiro livro do Dostoiévski, q li e com certeza vou ler muitos outros.
No início me deu muita raiva por conta de alguns acontecimentos. Principalmente a parte da Lisa com o tal ?pai?, que descobriu que era chifrudo é descontava na filha bastarda.
Nos últimos capítulos 16 e 17, sem dúvida foram os melhores ? me renderam boas reflexões. Já que o plot twist foi no final, oq me surpreendeu bastante.
>> Aquele canalha queria matar ele desde o início, por isso q eu digo nunca se deve confiar num cor*o? manso. Ou q se faz de mando kkkk
?- Sei que ainda está cedo para afirmar isso, mas Dostoiévski não decepciona? leiam, apenas leiam.
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Pior cena para mim foi o chifrudo querendo casar com uma menina de 15 anos ele tinha 60 e poucos anos.Dois velhos brigando por uma menina de 15 anos pqp viu! Sei q isso tem a ver tbm com o contesto da época q o livro foi escrito, mas o Fiódor soube muito bem descrever é fazer sua crítica através dos personagens. Eu estou amando literatura russa porque eles se utilizam muitas vezes do cômico para fazer suas críticas sociais.
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?... tinha dentro dele bastante estupidez e nobreza para se apaixonar pelo amante da sua mulher, mulher cujos adultérios ele não descobrira em vinte anos de vida com ela! Durante nove anos teve respeito por mim, venerou a minha memória e decorou as minhas "sentenças"?meu Deus, e eu nem sequer sabia de nada! Não, ele ontem não podia estar a mentir! Mas gostaria mesmo de mim, ontem, quando me declarava o seu amor e dizia: "ajustemos contas"? Sim, amava-me com raiva, que é o amor mais forte...?.
?Só que não sabia, então, como iria acabar a coisa: abraçar-me ou degolar-me? O resultado, claro, foi que seria melhor ambas as coisas juntas. A solução mais natural! Pois é, a natureza não gosta de monstros e dá cabo deles com "soluções naturais". O monstro mais monstruoso é o que tem sentimentos nobres: conheço-o, Pável Pávlovitch, por experiência própria! A natureza, para o monstro, não é uma mãe carinhosa, mas madrasta. A natureza dá à luz um monstro, mas em vez de ter pena dele, castiga-o... e é bem feito! Os abraços e as lágrimas de perdão cristão, no nosso século, custam caro até às pessoas decentes, já para não falar daquelas como eu e o senhor, Pável Pávlovitch!?.
?Levou-me lá porque me respeitava e venerava e tinha fé na nobreza dos meus sentimentos ? tendo também a fé, provavelmente, de que lá, debaixo de um arbusto, ao lado da inocência, nos abraçaríamos e choraríamos. Sim! Este "eterno marido" devia, tinha mesmo a obrigação de, pelo menos uma vez na vida, castigar-se a si próprio por tudo, e radicalmente, e para se impor o castigo agarrou-se à navalha?.
??Quase não havia sinais da sua antiga hipocondria. Das várias "recordações" e preocupações ? consequências da doença?que o assediavam dois anos atrás em Petersburgo, durante o processo judicial que nunca mais chegava a bom termo, apenas persistia nele a vergonha oculta de ter sido tão pusilânime. Consolava-o, em parte, a certeza de que tal situação nunca mais se repetiria e de que nunca ninguém saberia disso.?