Não contem com o fim do livro

Não contem com o fim do livro Umberto Eco
Jean-Claude Carrière




Resenhas - _não contem com o fim do livro


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sabren 05/04/2023

Uma leitura interessantíssima, totalmente diferente do que eu imaginei e até melhor. é ler uma conversa sobre livros com pessoas apaixonadas por livros, bibliófilos.
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Luís Gustavo 14/06/2021

Um livro sobre livros!
Trata-se de uma conversa entre Umberto Eco e Jean-Claude Carrière, mediada por Jean-Philippe de Tonnac, em que o objeto central é o livro.
Os dois conversam sobre suas relações com os livros; como desenvolveram a bibliofilia; quais são suas edições favoritas; por que colecionam certos temas específicos; falam da história do livro, da história dos humanos com eles, etc, etc, etc. Abordam de tudo um pouco com toda a erudição que alguém como Umberto Eco poderia trazer para uma conversa.
Bom demais!
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Nathaliacostad 20/04/2021

Não conte com o fim dos livros
O livro é em formato de conversas com dois bibliófilos consagrados, nos proporcionando bons diálogos. Apesar do título do livro ele não é completamente voltado para o objeto livro, mas sim por tudo o que envolve como: a escrita, a história da humanidade, entre outros.
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Pedro Osorio 12/12/2020

Mais que o próprio título (e não esqueça o jornalista)
Eco sempre foi um baita dum intelectual, não só por ser dedicado e profissional, mas também pela facilidade com que comunica. Não conhecia Carrière nem Tonnac (infelizmente anônimo na capa), mas a interação dos três é surpreendente, acompanhados de uma ótima tradução que nos faz sentir sentados na mesma sala que eles.

O livro é de 2010, mas bastante atual. Já consideram os e-readers e e-books e a viralização da informação pela internet já dava seus primeiros passos, o que não passou despercebido por eles enquanto conversam. Através da troca de experiências de vida de ambos os autores, bem como pela interpolações certeiras do jornalista, que parece antecipar as dúvidas do leitor, não apenas temos uma bela discussão acerca da história do livro, como também de temas variados acerca da intelectualidade humana e das nossas relações com a palavra escrita e outras formas de comunicação.

A paixão dos dois por aquilo que conversam é evidente, e o formato da publicação é um acerto total, fácil de ler, agradável de olhar e sem perder a profundidade. Impossível não fazer autorreflexões durante a leitura, uma vez que tudo que é dito parece ser dito para nós, diretamente. E muito por causa da posição de espectador que a edição nos coloca.

Recomendo muito a leitura, do inicio ao fim.
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Tauana Mariana 19/02/2015

Que livro, senhoras e senhores. Que livro!
Sinceramente, não imaginava que a leitura dessa obra fosse tão boa, e até divertida. Eu peguei o livro pra dar "aquela olhada" e não larguei mais. Incrível.

Com 269 páginas, a obra é uma conversa entre Umberto Eco (semiólogo, escritor e professor) e Jean-Claude Carrière (escritor, dramaturgo e roteirista), mediadas por Jean-Philippe de Tonnac. É por meio de diálogos, como numa roda de conversa, que Eco e
Carrière conversam e refletem sobre o livro, seu possível fim e o que a internet tem a ver com isso. Enriquecendo ainda mais a conversa, contam-nos "causos" e acontecimentos que ocorreram em suas vidas e com amigos, para ilustrar alguma observação. Fato que torna o livro um "acúmulo de conhecimento", uma fonte de sabedoria, ou coisa do tipo.

Uma reflexão que me tocou muito e que eu ainda não tinha parado para pensar é a necessidade do suporte para o e-book. Ou seja, sem luz, sem energia, sem um computador ou um Kindle, nosso texto está totalmente inacessível. Já o livro está sempre a postos. Ele é o suporte mais perfeito que alguém já inventou para transmitir o saber. Como nota Eco, o livro é como a roda e a colher. Uma vez inventadas, não podem ser substituídas ou aperfeiçoadas.

Já sobre as bibliotecas, principalmente as particulares (ou as que almejamos), os bibliófilos aliviam nossos corações e nossa culpa a nos relatar que não leram, ou talvez nunca lerão, os livros que possuem. Sobre este aspecto, conversam:

JCC: Uma biblioteca não é obrigatoriamente formada por livros que lemos ou livros que um dia leremos, é fundamental esclarecer isso. São livros que podemos ler. Ou que poderíamos ler. Ainda que jamais venhamos a lê-los (230).

UE: É a garantia de um saber.

JPT: É uma espécie de adega. Não é recomendável beber tudo.

Enfim, livro incrível!


Sumário:
Prefácio
O livro não morrerá
Nada mais efêmero do que os suportes duráveis
As galinhas levaram um século para aprender a não atravessar a rua
Citar os nomes de todos os participantes da batalha de Waterloo
A revanche dos filtrados
Todo livro publicado hoje é um pós-incunábulo
Livros que fazem de tudo para cair nas nossas mãos
Nosso conhecimento do passado deve-se a cretinos, imbecis ou adversários
Nada detém a vaidade
Elogio da burrice
A Internet ou a impossibilidade da damnatio memoriae
A censura pelo fogo
Todos os livros que não lemos
Livro no altar e livros no "Inferno"
O que fazer de sua biblioteca depois da sua morte?

Referência:
ECO, Umberto; CARRIÈRE, Jean-Claude. Não contem com o fim do livro. Rio de Janeiro: Record, 2010.
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Lorran 14/07/2010

Não contem com o fim do livro
O futuro dos livros é uma questão que vem intrigando muita gente. Será que ele continua no papel ou os leitores se renderão aos leitores eletrônicos. Eu mesmo já cheguei a falar algo sobre o assunto, sem chegar a conclusão alguma, óbvio.

Apaixonado como sou por livros - do jeito que são - não pude deixar de comprar um livro intitulado Não contem com o fim do livro. Não bastasse o título, o livro é uma discussão erudita e bem-humorada entre os autores Umberto Eco e Jean-Claude Carrière, mediada pelo jornalista Jean-Philippe de Tonnac.

Logo no primeiro parágrafo do Prefácio, Jean-Philippe mostra qual é a opinião dos autores:

"(...) o e-book não matará o livro — como Gutenberg e sua genial invenção não suprimiram de um dia para o outro o uso dos códices, nem este o comércio dos rolos de papiros ou volumina. Os usos e costumes coexistem e nada nos apetece mais do que alargar o leque dos possíveis. O filme matou o quadro? A televisão o cinema? Boas-vindas então às pranchetas e periféricos de leitura que nos dão acesso, através de uma única tela, à biblioteca universal doravante digitalizada."

O livro é muito mais do que um mero ataque - ou contra-ataque - aos e-books. Os autores mostram, através de sua paixão pelos livros - ambos são bibliófilos - que este é um objeto imperecível, na opinião deles, perfeito:

"As variações em torno do objeto livro não modificaram sua função, nem sua sintaxe, em mais de quinhentos anos. O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. Uma vez inventados, não podem ser aprimorados." - Umberto Eco

Além de uma ode ao livro, Não contem com o fim do livro parte da premissa de que e a história dos livros e o amor a eles os salvarão do desaparecimento. O valor de um livro autografado, uma primeira edição, um encadernamento diferente não se calcula. É o leitor que define.

Prometo fazer dessa a última citação do post, mas o livro é tão rico que dá vontade de sair colando trechos aqui.

"Carrière: Você já deve ter passado por experiência similar. Com muita frequência me acontece de ir até uma sala onde tenho livros e simplesmente olhá-los, sem tocar nenhum. Recebo alguma coisa que eu não saberia dizer.

Eco: Podemos viver a mesma experiência numa biblioteca pública e, vez por outra numa livraria. Quantos de nós já não se alimentaram do simples perfume dos livros que víamos em prateleiras mas que não eram nossos? Contemplar esses livros para deles extrair saber."

O livro é simplesmente fantástico para os apaixonados pelo objeto livro. Nos faz apaixonar ainda mais por eles. E procurar uma centena de vezes os livros citados pelos autores. É daqueles livros que a gente pega toda hora para reler um trecho. Muito bom.

Só uma dúvida: Será que este livro sai como e-book?
MK 22/09/2010minha estante
Oi Iorram. Também estou apaixonada pelo livro, assim como sou pelo objeto livro, mas já me rendi ao ebook, nunca como substituto, mas como alternativa, soma. Mas voltando ao livro... os diálogos são impagáveis! E as páginas do meu já estão lotadas de sinalizações e comentários.


Jessica 26/03/2012minha estante
que lixo de resenha


Luara 23/02/2013minha estante
Nossa, estou super curiosa para ler...




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