Naty 21/05/2010www.meninadabahia.com.br- Encantador... um belo romance de formação
The New York Times
Os augúrius indicaram e Monte Eskel é o lugar onde mora a futura noiva do príncipe. E conforme a tradição o rei mandou criar uma Academia de princesas para preparar as jovens em potencial. Toda menina entre 12 e 17 anos deveria passar 1 ano em treinamento nessa academia, para então receber a visita do príncipe, que escolheria uma dentre elas.
Os habitantes de Monte Eskel vivem da pedreira. As pedras são sua única forma de sustento. Eles trocam pedra por comida, por roupa, ... Todos os membros da família precisavam ajudar na pedreira, qualquer desfalque faria uma falta danada. Mas o rei mandou e assim, quase 20 garotas foram para a academia.
A academia era tutorada pela severa Olana. As garotas, parvas e ignorantes (por falta de oportunidade), precisariam aprender em 1 ano a ler, escrever, ter noções de conversação, postura, comércio e economia. Elas precisam se transformar em ladys, deixarem de ser a gata borralheira.
O início foi assustador, lidar com o desconhecido sempre amedronta, mas saber que a escolhida do príncipe poderia dar uma boa condição à família, as levaram a doar tudo de si. Aulas, ensaios, aulas novamente, leituras, provas, era uma maratona cansativa, mas elas precisavam aprender, pois quem fosse reprovada voltaria para casa como perdedora. Ninguém queria ser perdedor.
Com a ajuda da linguagem das montanhas, todas passaram no exame e iriam conhecer o príncipe. Cinco em especial se destacaram mais, e por votação ficou decidido que Mari seria a princesa da academia. Mas ser a princesa da academia não significava que seria a escolhida pelo príncipe, significava apenas que seria a que teria mais regalias, a que passaria mais tempo com ele.
Um ano se passou e finalmente o príncipe estava por vir. A comitiva era enorme, vieram cozinheiros e costureiras do reino. As meninas nunca viram tanta comida na vida. Se ser princesa significava comer bem todos em dias, então princesas elas queriam ser! As roupas, ah... as roupas eram lindas, a seda era a cantaria no mundo das pedras, suave e macia, elas nunca tinham visto tecido mais bonito. Todas foram arrumadas com vestidos esvoaçantes, brilhos nos lábio e cabelos. Todas, uma a seu modo, se transformou em princesa. Cada um tinha seu valor e seu lugar de destaque na academia.
Conversar, ter postura, ... dançar. Todas dançaram, conversaram e entreteram o príncipe e seus convidados. A noite estava no fim, chegou a hora do príncipe anunciar sua princesa, aquela que por algum motivo o atraiu mais do que as outras. E o príncipe decidiu, sua princesa seria...
Academia de princesas, Shannon Hale (Galera Record, 272 pág.) é um belíssimo conto de fadas. Com passagens alegres e marcantes a autora consegue nos prender na estória, você, como eu, irá ler duma tacada só. Muito mais do que aulas de etiquetas e conversação, o livro nos remete valores muito mais importantes como: amizade, lealdade e fraternidade. O lema é unidos venceremos. Recomendo
Best seller do New York Times e da Publishers Weekly. Vencedor da Newbery Honor de 2006, um dos mais importantes prêmios de literatura dos Estados Unidos.