O Martelo das Feiticeiras

O Martelo das Feiticeiras Heinrich Kramer...




Resenhas - O Martelo das Feiticeiras


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Alcinéia_az 31/07/2016

Em nome do Senhor, Amém!


O Malleus Maleficarum – O Martelo das Feiticeiras, conhecido como a Bíblia da Inquisição, foi escrito pelos inquisidores Heinrich Kramer e James Sprenger, em 1487. O livro contém a Bula Papal, assinada pelo Papa Inocêncio VIII e o certificado de aprovação, assinado por vários membros da Faculdade de Teologia da Universidade de Colônia. Com esses documentos em mãos, Heinrich Kramer e James Sprenger criaram um manual de caça às bruxas, usado em todos os julgamentos da época.

“Se crer em bruxas é tão essencial à fé católica que sustentar obstinadamente opinião contrária há de ter sabor de heresia.” O Malleus Maleficarum proporcionou um verdadeiro massacre as mulheres, pois eram torturadas até que confessassem a “verdade” e depois de confessar o crime de heresia eram queimadas vivas. Os inquisidores acreditavam que as bruxas copulavam com o demônio e não aceitavam outra confissão que não fosse essa, para eles a mulher é mentirosa por natureza. “Toda malícia é leve, comparada com a malícia de uma mulher.”

O Martelo das Feiticeiras é composto por três partes, à primeira prova a existência das bruxas, a segunda mostra como reconhecê-las e a terceira trata do julgamento e da condenação das bruxas. Desta forma, elaborou-se um completo manual de caça as bruxas, que foi usado por séculos, causando sobre as mulheres impactos profundos que perpetuam até hoje. A propagação e eficácia desses escritos contribuíram para a submissão feminina, porque se acusada de heresia as chances de uma mulher não ir para a fogueira eram praticamente nulas.

Embasados em leituras da Bíblia, de Santo Agustinho e de vários escritores católicos os inquisidores Heinrich Kramer e James Sprenger não pouparam as mulheres. “A alma da mulher é, por natureza, muito mais fácil e rapidamente impressionável que a do homem.” Notavelmente, apesar de passados mais de cinco séculos da Inquisição, ela ainda se mantém ativa sobre o psicológico de homens e mulheres de nossa época, pois a maioria das frases relacionadas à má conduta do sexo feminino ainda são repetidas continuamente na atualidade.

O Malleus Maleficarum é um livro religioso, onde os inquisidores afirmam constantemente que toda a heresia é feita com a permissão de Deus Todo Poderoso, pois Deus permite que o Demônio conceda poderes diabólicos as bruxas. E toda a caça as bruxas também é feita em nome de Deus. Lamentavelmente, ao voltarmos nosso olhar para o passado, notamos que ele continua presente. E a leitura deste massacre religioso não nos deixa dúvidas de que em nome de Deus se pode fazer tudo.







vic 10/05/2018minha estante
Parabéns pela resenha e obrigado, estava em dúvida sobre como era este livro e você clareou tudo para mim.


Alcinéia_az 31/05/2018minha estante
Obrigada vc! Fico feliz de ter ajudado.

:)


Aliocha III 30/10/2019minha estante
Chocado com o livro, ótima resenha !


Alcinéia_az 08/12/2019minha estante
Obrigada Emerson

:)


Alcinéia_az 05/01/2021minha estante
Obrigada!!!




Craotchky 16/08/2018

Abracadabra
O Malleus Maleficarum é um importante documento para compreender um pouco a perseguição às "bruxas" praticada pela Igreja Católica entre os séculos XV e XVIII. O livro foi escrito por Henry Kramer e James Sprenger, professores de Teologia da Ordem dos Monges Dominicanos, e inquisidores delegados por Cartas Apostólicas. O Malleus foi escrito em cumprimento à bula papal (segundo o Wikipédia: é um alvará passado pelo Papa ou Pontífice católico, com força de lei eclesiástica) de Inocêncio VIII que autorizava seus autores a criar o manual. (Esta bula está inclusa no livro.)

Do prefácio:
"O livro é diabólico na sua concepção e redação. Dividido em três partes, a primeira cuida de enaltecer o Demônio com poderes divinos extremos e ligar suas ações com a bruxaria. [...] Na segunda parte, ensina-se a reconhecer e neutralizar a bruxaria nas vivências do dia-a-dia da população.[...] Na terceira parte, descrevem-se o julgamento e as sentenças. [...] Em realidade, as duas primeiras partes são escolasticamente racionalizadas para justificar toda sorte de aberrações e crueldades mandadas executar na terceira parte..."

(O Malleus é atribuído a dois autores, entretanto hoje em dia é consenso que a participação de Sprenger na escrita do livro é mínima. Por esse motivo vou assumir, doravante, somente um autor, Henry Kramer.)

O Martelo das feiticeiras não é apenas historicamente relevante no âmbito religioso como também, e talvez mais ainda, nas questões femininas. A mulher é, pois, o ponto central sobre o qual o livro é construído. Inclusive, na contra-capa desta minha edição está escrito: "O mais importante livro jamais escrito sobre o feminino". Exageros à parte, além do prefácio, o livro ainda conta com uma Introdução histórica de Rose Marie Muraro que busca situar e contextualizar o conteúdo feminino presente na obra.

Pode não parecer mas o livro é extremamente minucioso na suas exposições e por isso é tão longo. Por mais que algumas coisas sejam absurdas, procurei não tecer juízo de valor por que julgar hoje as formas de pensar em voga em 1486, seria injusto pois significaria retirar o objeto julgado, neste caso, do seu contexto histórico-social-religioso. Isso seria anacronismo.

Cumpre observar que o Malleus descreve toda sorte de fenômenos sobrenaturais. Abaixo algumas das centenas passagens do livro, ora absurdas no sentido lógico-científico, ora um tanto curiosas e/ou bizarras, que evidenciam isso:

"Sobre o doente seguram chumbo derretido e a seguir o derramam numa tigela com água. Se o chumbo se condensar formando alguma imagem, a enfermidade é atribuída à bruxaria."

"[...] as bruxas não ficam ricas porque os demônios gostam de mostrar o seu desprezo pelo Criador comprando as bruxas pelo mais baixo preço possível."

"Está provado pela experiência que, quando uma prostituta planta uma oliveira, esta não dá frutos, embora dê frutos quando plantada por mulher virgem."

"Em conclusão. Toda bruxaria tem origem na cobiça carnal, insaciável nas mulheres. [...] Pelo que, para saciarem a sua lascívia, copulam até mesmo com demônios."

"Ora, uma prática comum a todas as bruxas é a cópula carnal com os demônios;"

"Cabe declarar que o íncubo também observa certos dias quando quer causar maior prazer venéreo às bruxas. E os dias em que estas se mostram mais propensas ao prazer são os mais sagrados do ano: o Natal, a Páscoa, o dia de Pentecostes e outros Dias Santos."

"As bruxas têm sido vistas muitas vezes deitadas de costas, nos campos e nos bosques, nuas até o umbigo; e, pela disposição de seus órgãos próprios ao ato venéreo e ao orgasmo, e também pela agitação das pernas e das coxas, é óbvio que estão a copular com um Íncubo."


Além disso tudo, as bruxas arrancam o membro viril dos homens ou causam impotência reprodutora nestes, provocam abortos, devoram bebês como canibais ou oferece-os como oferenda ao diabo, provocam tempestades comuns e de granizo, fulminam homens com raios, são capazes de voar...

E como os Inquisidores sabem de tudo isso? Segundo eles através principalmente de relatos de "testemunhas dignas de todo crédito" e/ou confissão das próprias bruxas.

Ademais, ao longo do texto, frequentemente o autor cita outros autores, sobretudo religiosos, quando não a própria bíblia, com o intuito de embasar as insanidades que está dizendo, como se tais autores citados fossem incontestáveis. Nomes como S. Agostinho, S. Tomás, S. Gregório, S. Anselmo, S. Paulo e até mesmo Aristóteles, além de outros.

Vou parar por aqui pois esta resenha já está enorme. Porém afirmo que poderia ser muito maior pois elementos não faltam. Fique com mais um interessante trecho do livro:

"Não é de nosso conhecimento que alguma pessoa inocente já tenha sido punida por mera suspeita de bruxaria: Deus nunca há de permitir que isso aconteça."
Ari Phanie 07/08/2019minha estante
Caramba, eles eram doentes, e deixaram as pessoas doentes. No final de tudo, a histeria demoníaca que alegavam estar ocorrendo entre as mulheres, 'tava rolando era entre os homens da Igreja e do Estado. Triste :(


Craotchky 08/08/2019minha estante
E posso te garantir que esta resenha dá apenas uma leve pincelada. O livro é grande e lotado de coisas deste tipo. Um livro muito absurdo mesmo, e por isso também interessante.




Muotoilla 09/02/2011

Na visão de uma agnóstica teísta
O Martelo das Feiticeiras - ou no original em latim "Malleus Maleficarum" - foi escrito por 2 inquisidores, Heinrich Kraemer e James Sprenger, no século XVI. Não se trata de uma ficção, são relatos reais, um manual dividido em 3 partes de como a igreja católica reconhecia e torturava as pessoas consideradas bruxas, em sua grande maioria mulheres.

Na primeira partedo livro, na minha percepção houve uma grande distorção dos papeis de Deus e o diabo, quase uma inversão de papeis, o que me trouxe um sentimento de revolta e impunidade. Na segunda parte, onde são descritas as mortes e torturas, o mal estar tomou conta de mim. Por ser uma leitura extremamente perturbadora e REAL, abandonei o livro, porém pretendo retomá-lo quando me sentir capaz de suportá-lo.

Por esse motivo recomendo o livro apenas aqueles que acreditam que não vão se envolver emocionalmente com os fatos, porém querem tentar buscar a verdade dos acontecimentos nas entrelinhas da realidade distorcida por esses dois monstros.
Carlos Luiz 26/11/2018minha estante
Pois é. Tenho esse livro há uns 20 anos e não tive coragem de sequer começar a ler. Pretendo, mas...




Andre.Crespo 04/05/2009

A Inquisição "sem calças"
Livro que esotu lendo ainda e que foram escritos por dois padres inquisidores e que conta os "métodos" que a igreja usava na Inquisição. Falta tempo, pois o livro é enorme. Um dia eu ainda o termino...
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Sra Allen 22/03/2009

Só o prefácio
Achei este livro na estante do meu pai, quando eu cursava o segundo grau. Então li o prefácio e gostei bastante, achei muito instrutivo.. Para uma menina de 16 anos, que queria entender o mundo e as posições da humanidade no mundo, ajudou um bocado. Deste tempo, começou a crescer em mim as dúvidas com relação ao cristianismo.
Não demorou muito para me declarar atéia, com a ajuda de muitas outras leituras e pensamentos próprios.
Quanto ao conteúdo do livro, em si, no começo parece engraçado, mas depois torna-se maçante.
Aí passou um tempo e dei o livro de presente a um amigo que quer ser historiador. Acho que a ele é mais útil.
A propósito, faz um bom tempo que ele está tentando ler... ele é brasileiro: não desiste nunca!
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Juh. Lustful 24/02/2010minha estante
Haja estômago, só de lembrar do sofrimento, dá raiva... Faço sempre a imaginação contrária, invés das bruxas sofrendo, elas fazendo com que o clero sofresse da mesma forma que as fizeram sofrer!




Letx 09/05/2009

Malleus Maleficarum
O Martelo das Feiticeiras (Malleus Maleficarum) é uma espécie de manual de diagnóstico para bruxas, publicado em 1487, dividindo-se em três partes: a primeira ensinava os juízes a reconhecerem as bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes; a segunda expunha todos os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os; e a terceira regrava as formalidades para agir "legalmente" contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las, tanto nos tribunais civis como eclesiásticos. O Malleus Maleficarum traz inúmeras e exageradas descrições e, até certo ponto, apelativas e incoerentes. As teses centrais do Malleus Maleficarum fundamentaram-se na idéia de que o demônio, sob a permissão de Deus, procura fazer o máximo de mal aos homens para apropriar-se de suas almas. Este mal é feito prioritariamente através do corpo, único canal em que o demônio pode predominar. A influência demoníaca é feita através do controle da sexualidade, e por ela, o demônio se apropria primeiramente do corpo e depois da alma do homem. Segundo o livro, as mulheres são o maior canal de ação demoníaca. É um livro quase monstruoso, mas muito interessante para aqueles que se interessam em saber sobre a inquisição. Recomendo!
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sami monteiro 24/05/2009

A verdade doi!
O livro apesar de interessante,da uma sensação de revolta,uma vontade de voltar no tempo só para dar uma lição em quem concordava com aquelas barbaridades.
Acho que não tenho perfil para esse livro,fico muito indignada sempre que tento.
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Ragana 04/11/2009

Mais um lido por obrigação dos estudos. É terrível e só tendo muito estômago pra ler.
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brabo 14/02/2010

Só li a primeira parte, a mais de 10 anos...
Agora, para continuar talvez eu precise de fazer uma leitura dinâmica do que já li. De qualquer forma, é preciso de muito "estômago" para continuar a leitura.
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Viick 28/01/2013

Minha Leitura:
O livro possui duas introduções, a de Rose Marie Muraro - que trata da posição da mulher nas sociedades ao longo dos séculos e que é a mais fácil de ler - e a de Carlos Byington - que é muito interessante e fala da distorção do mito cristão ao longo dos tempos, fala de certos aspectos da psicanálise, que não consegui entender plenamente por não saber quase nada sobre o assunto.
Após a introdução, vem a Bula Papal, que é a autorização do papa para as torturas da Inquisição.
Chega então a primeira parte, maçante e cheia de argumentos absurdos, em que se acusa qualquer coisa que discorde da visão da igreja de heresia. Essa parte mostra deus como "chefe" do diabo, e há uma confusão tremenda nos conceitos de castigo divino e castigo malévolo. O autor nunca se aprofunda em suas observações e as termina com "não me aprofundarei por motivos de brevidade".
Na Questão II existem duas passagens muito absurdas que falam sobre o olhar do basilisco e sobre o cadáver que jorra mais sangue quando perto de seu assassino.
A observação do tempo e das estações é extremamente desmerecida, taxada como coisa demoníaca.
Ainda não terminei a primeira parte, tem sido difícil avançar na leitura por motivos de: preguiça.




Citações Literárias:
Beyond Power- Marilyn French
The Masks of God: Occidental Mithology
Witches, Nurses and Midwives- Deirdre English and Bárbara Ehrenreich
História da Sexualidade- Michel Foucault
Summa Contra Gentills
Secunda Secundae
Flores Regularum Moralium
De Passionibus Aeris
Livro das Sentenças da Inquisição

Pessoas citadas:
Al-Ghazali
S. Tomás
S. Agostinho
S. Gregório
S. Isidoro
Vincent de Beauvais

Trechos:
"Em cada menino nascido no sistema patriarcal repete-se, em nível simbólico, a tragédia primordial. Nos primeiros tempos de sua vida eles estão imersos no Jardim das Delícias, em que todos os seus desejos são satisfeitos. E isto lhes faz buscar o prazer que lhe dá o contato com a mãe, a única mulher a que têm acesso. Mas a lei do pai proíbe ao menino a posse da mãe. E o menino é expulso do mundo do amor, para assumir sua autonomia e com ela, a sua maturidade. Principalmente, a sua nudez, a sua fraqueza, os seus limites. É à medida que o homem se cinde ao Jardim das Delícias proporcionadas pela mulher-mãe que ele assume sua condição masculina."

"À mesma idade que o menino conhece a tragédia da castração imaginária, a menina resolve de outra maneira o conflito que a conduzirá a maturidade. Porque já vem castrada, isso é, porque não tem pênis (o símbolo do poder e do prazer, no patriarcado). Quando seu desejo a leva para o pai ela não entra em conflito com a mãe de maneira tão trágica e aguda[...] Ela não se desliga inteiramente das fontes arcaicas do prazer (o corpo da mãe). Por isso, também, não se divide de si mesma como se divide o homem, nem de suas emoções. Para o resto d sua vida, conhecimento e prazer, emoção e inteligência são mais integrados na mulher do que no homem, e por isso, são perigosos desestabilizadores de um sistema que repousa inteiramente no controle, no poder e, portanto, no conhecimento dissociado da emoção e, por isso mesmo, abstrato."

"As regras convencionais só eram válidas para as mulheres e homens das classes dominantes, através dos quais se transmitiam o poder e a herança. Assim, os quatro séculos de perseguição às bruxas e aos heréticos nada tinham de histeria coletiva, mas, ao contrário, foram uma perseguição muito bem calculada e planejada pelas classes dominantes, para chegar a maior centralização e poder."

"Pois, qualquer homem que erra gravemente na interpretação das Sagradas Escrituras é corretamente considerado herege. E quem quer que pense de outra forma a respeito de assuntos pertinentes a fé que não o defendido pela Santa Igreja Romana é herege. Eis a verdadeira fé."
Que é completado por: "...o Espírito Santo é capaz de conceder a um homem todo o conhecimento apenas através de sua capacidade intelectual natural sem qualquer auxílio."

"Ministrar os ensinamentos divinos, eis o que a nós é confiado: recaia sobre nós a desgraça se não semearmos a boa semente, recaia sobre nós a desgraça se não ensinarmos bem ao nosso rebanho."

"As bruxas são assim chamadas pela negrura de sua culpa, quer dizer, seus atos são mais malignos que os de quaisquer outros malfeitores. Elas incitam e confundem elementos com a ajuda do demônio, causando terríveis temporais de granizo e outras tempestades, enfeitiçam a mente dos homens, levando-os a loucura, ao ódio insano e à lascívia desregrada. Pela força de suas palavras mágicas, como por um gole de veneno, conseguem destruir a vida." - S. Isidoro.

"Porém, quis a Divina Providência que pelo exemplo de Jó os poderes do diabo se manifestassem, mesmo sobre os bons homens, de sorte a aprendermos a nos guardar contra Satã e que, pelo exemplo desse santo patriarca, a Glória de Deus se manisfestasse em seu esplendor, porquanto nada acontece sem a permissão do Todo Poderoso."

"Tais encantamentos podem ser classificados em três tipos. Em primeiro lugar há a ilusão dos sentidos - que realmente pode ser produzida por magia, ou seja, pelos poderes do diabo, se Deus assim permitir. Os sentidos também podem ser iluminados pelos poderes de anjos do bem. Em segundo lugar, há o da fascinação pelo encanto e pela sedução, a exemplo do que nos diz o apóstolo."Ó insensatos gólatas! Quem voz fascinou a vós?" Gólatas 3,1. Em terceiro lugar, há o do feitiço lançado pelo olhar sobre outra pessoa, que pode ser prejudicial e maligno."

"Querer assim provar que os efeitos do mal podem ser gerados por alguma força natural é afirmar que essa força natural é afirmar que essa força natural é a força do demônio, o que se acha, de fatom bem distante da verdade."

"Atentemos em particular, para o fato de que para a prática desse mal abominável são necessários quatro elementos. Em primeiro lugar, é necessário, do modo mais profano, renunciar à Fé Católica, ou negar de qualquer maneira certos dogmas da fé, em segundo lugar, é preciso dedicar-se de corpo e alma a prática do mal; em terceiro lugar há de ofertar-se crianças não-batizadas a Satã; em quarto, é necessário entregar-se a toda sorte de atos carnais com íncubos e Súcubos e à toda sorte de prazeres obscenos."

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Carvalho 07/01/2017

Para quem quer entender a Idade Média
Pra entender a boa parte da Europa da Idade Média, é necessário lembrar que eram tempos comandados pela religião e pelo medo. E esse livro é absolutamente Histórico, um tratado sobre a Inquisição. Para se entender os horrores que se passavam na cabeça dos menos afortunados de conhecimento.
Absolutamente maravilhoso como forma de observar a História.
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Eliseu 14/03/2019

O Martelo das Feiticeiras
Tenso! No capítulo 2 de "Deus não é grande - como a religião envenena tudo", Christopher Hitchens não se esquiva e vai direto ao ponto: "A religião mata". O Martelo das Feiticeiras é um manual escrito por dois inquisidores que ensinavam, passo a passo, como proceder na identificação, no julgamento e na punição contra as mulheres, que por uma série de motivos, podiam ser consideradas como bruxas. Dois aspectos são essenciais para entender como tudo foi possível (a caça, a tortura e a execução de milhares de mulheres): 1° a lavagem cerebral exercida pelas religiões que acaba gerando comportamentos condicionados e 2° a forte repressão e desvalorização que existia no período em questão (Idade Média e Idade Moderna) em relação as mulheres e as questões femininas. Era um ambiente extremamente desigual e machista onde a Igreja exercia o seu poder com um modelo culpabilizador da existência dos mais fracos. Num mundo tão desfavorável para as mulheres , usando o medo que se alastrava através da obediência cega, a Igreja de homens demonizou e matou milhares de mulheres. O Martelo das Feiticeiras é documento aterrador que atesta até onde pode ir a estupidez humana motivada por crenças e valores duvidosos.
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J.P. Lima 04/02/2020

Bruxas
É o livro mais indispensável para se conhecer sobre a mitologia das bruxas. Na verdade, esse é o livro base de tal mitologia tal como a conhecemos em nossos dias. Houve predecessores, claro! Por exemplo, "formicarius". Ambos se completam.
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