O Martelo das Feiticeiras

O Martelo das Feiticeiras Heinrich Kramer...




Resenhas - O Martelo das Feiticeiras


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Quaderna 11/10/2024

O Tratado da Desgraça e da Injustiça
Pois bem, meus estimados, o que temos aqui é um livro que exala o cheiro amargo da intolerância e do medo, temperado com uma dose cavalar de fanatismo. O tal ?Malleus Maleficarum?, conhecido como ?O Martelo das Feiticeiras?, foi escrito lá pelos idos de 1487 por dois inquisidores, Heinrich Kramer e Jacob Sprenger. Esses cabras, de batina preta e coração de pedra, reuniram nesse tomo um conjunto de acusações, crenças e absurdos que fez de milhares de mulheres o alvo de uma verdadeira caça, com um fervor que só a ignorância pode incitar. Fez-se, então, um martelo para estraçalhar vidas sob a bandeira de ?caçar? feiticeiras, as ?culpadas? por tudo que desandava no mundo: da colheita ruim à peste negra.

O livro em si é uma narrativa retorcida que mistura superstição, temor e falsa erudição. Kramer e Sprenger se arvoram em autoridades, tecendo teses mirabolantes sobre como as bruxas pactuavam com o demônio, voavam, traziam tempestades e faziam todo tipo de feitiçaria. E, claro, para detectar essas malvadas, apresentaram um manual repleto de métodos que fariam o próprio Cão chorar de vergonha. Tinha de tudo: desde interrogatórios tortuosos até as mais bizarras ?provas? de bruxaria. Esse livro infame se espalhou feito fogo em palha seca e deu um empurrão danado nas fogueiras inquisitoriais por toda a Europa, uma verdadeira tormenta sobre as pobres mulheres acusadas de pacto com o maligno.

O que mais causa espanto é a crueza da misoginia plantada fundo nesse livro. O ?Malleus Maleficarum? pintava a mulher como o terreno fértil da maldade, apontando a fragilidade delas como porta de entrada para o demônio. Essa desgraça literária ajudou a consolidar uma visão deturpada do feminino, que ressoou durante séculos e moldou muito do que hoje ainda vemos: a violência contra a mulher, que persiste em tantas formas. Apesar de seu inestimável valor histórico, esse tratado de ódio, mais que um manual de caça às bruxas, foi uma arma contra o próprio gênero feminino, e sua influência nefasta se espalhou pelo mundo feito erva daninha, enraizando preconceitos e justificando atrocidades que ainda ecoam nas sombras da nossa história.
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Amanda Magri 13/07/2024

Manual de redpill/incel
Para uma pessoa de 2024 este livro é absurdamente hilário, é impossível ler sem achar absurdo, as descrições sobre como reconhecer bruxas, o que elas fazem, mas se trata de um registro histórico e documento de treinamento para torturadores de mulheres, os tempos melhoraram mas a misoginia e machismo presente em cada palavra não são tão diferentes assim de grupos extremistas de masculinidade tóxica de hoje, alguns se pudessem ainda nos queimariam em fogueiros pelos motivos mais estúpidos possível, iguais os descritos no livro.
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BeatrizFonseca1 03/04/2024

Hunci argumenta que os neoplatiscos defendiam que a natureza, estava repleta de demônios, que atuavam de acordo com as leis de repulsão e de afinidade, para alguns autores, o cristianismo combateu o paganismo e os grandes pensadores, do renacimento cultural, acreditava-se que o mundo humano era sempre influenciados por fatores sobrenaturais , as feitiçarias, poderiam interferir, em elementos climáticos, como a chuvas e as secas e transformar pessoas em objetos .
O principio da imitação consiste em curar doenças através de plantas medicinais , já o principio do contagio se caracteriza por transmitir uma situação de uma pessoa para outra , através do contato humano , a feiticaria, com bonecos e algum objeto que pertencia a pessoa era uma pratica comum, acreditava-se que animais purgantes, como as pulgas podiam curar doenças ,Petraca defende que as mulheres eram vistas, como demônios, ou tinham tendência, a se relacionarem com demônios e que a mulher, na idade media, sempre era vista de uma perspectiva de inferioridade e como manipuladora e enganadora dos homens, para os gregos, foi uma mulher, pandora, que abriu a caixa, e liberou males e monstros no mundo , no cristianismo, foi Eva, que influenciou a Adão a comer a maça e pecar pela primeira vez.
As mulheres, eram vistas, como intectualmente inferiores, aos homens, por isso eram mais propícias a serem enganadas pelo demônio.
Kramer, um inquisidor da Igreja Católica que escreveu a famosa obra “O Martelo das bruxas” , a ele caberia, julgar e perder ou matar, os indivíduos, que se envolviam com a bruxaria e a feitiçaria, a bruxaria era vista como algo pecaminoso e herético, mas os demônios não podem provocar no corpo humano, alterações permanentes no corpo humano , São Aquilo defende que a bruxaria, não existia e era fruto da imaginação humana, mas sua intepretação é divergente de vários outros santos e filósofos medievais, os bruxos, só eram castigados, com penas mais pesadas, quando realizavam pactos com os demônios e cometiam erros mais severos, o livro bíblico defende que as pessoas que envolvem com bruxaria, devem serem mortos , o demônio prefere atuar através dos bruxos ,com o intuito de prejudicar as almas humanas.
A santa inquisição punia, através de instrumentos como o podro , cabe aos sacerdotes, como os padres, ensinarem as pessoas que só existe um Deus e que ninguém mais deve ser venerado , deve-se tomar cuidado, porque o diabo ter o poder de manipular a mente humana , as pessoas que argumentam que as bruxas não existem podem ser acusadas de heresia , com relação a suspeita de crimes de heresias, existem três tipos, a leve, a moderada e a grave, existem alguns indivíduos que cometem heresia, por falta de conhecimento e ignorância, sobre os assuntos religiosos, em algumas situações Deus permite que o Diabo faça o mal e outras ele o proíbe , o diabo usa o bruxo, não porque precise de agentes, mas para prejudicar a sua alma, existem alguns elementos que a mente humana interfere no corpo, será que o corpo de um morto, sagra se seu assassino estiver por perto, os males podem ser de 4 tipos, beneficentes, danosos e infligidos por bruxos e os danos naturais, que são provocados por desordem dos corpos celestes, o mal que caiu sobre Jó foi uma forma de Deus ,provar seu poder e ensinar a Jó a preservar diante do mal e manter a sua fé , depois disso Jó conseguiu recuperar sua saúde e sua família.
Santo Agostinho, na obra “Cidade de Deus” demostra, que Caim , deu muitas gargalhas ao nascer, porque já nasceu com o mal dentro de si e que seu filho Zorasto, foi um grande mago, praticou a magia para o mal , trabalhar com esse tema, é complexo, porque está relacionado com a mentalidade, do homem, com relação a se o morto sagra, em presença do seu assassino, as pessoas explicam isso devido a uma maldição origidas de Caim, que foi o primeiro assassino da espécie humana , mas a mente humana sente medo e tende a buscar explicações sobre elementos sobrenaturais, que ele tem poucas habilidades e conhecimentos.
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Scarante0 29/01/2024

Nojo
Eu li esse livro para um trabalho de escola, senti tanta raiva e nojo dele que quase larguei umas 100 vezes. Tenho ódio mortal dele.
Leia e passem raiva. Bjs
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alex82 09/02/2023

Kramer e sprenger eu odeio vcs, mas obg pela ajuda no tcc
Em 2021, ano de conclusão do meu ensino médio, fiz meu tcc sobre ?a imagem negativa das bruxas; um estudo sobre a heresia medieval feminina? onde eu pesquisei (e muito) sobre a história da bruxaria e como a caça às bruxas começou. eis um trecho do meu tcc
?esse guia sobre como identificar, caçar interrogar e exterminar as supostas agentes do diabo, as bruxas, teve 28 edições. aceito por católicos romanos e protestantes como fonte confiável de informação sobre o satanismo e como guia de defesa cristã. até a publicação do livro, a bruxaria era considerado um crime menor, punido com inúmeros castigos físicos. o surgimento deste livro contribuiu para prolongar cerca de dois séculos de história e massa e caça às bruxas.?
eu literalmente já defendi um tcc sobre isso e não quero repetir tudo de novo, apenas gostaria de deixar aqui o meu ódio à esses dois e a imagem completamente distorcida que eles passaram das bruxas (que muitas vezes eram apenas curandeiras ou apenas periféricas). como já disse anteriormente, esse livro foi um marco para a história da inquisição.

(?ain mas é documento histórico você não pode dar nota baixa?, teu 🤬 #$%!& . foi horrível cada página desse livro é ler todas as mentiras que esses dois propagaram foi extremamente doloroso. milhares de mortos por causa deles.)
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Anna 29/01/2023

Já esperava o cansaço
Sabendo que seria um tipo de manual de como identificar e condenar bruxas, e pela data de publicação, considerei muito antes de começar a ler. Talvez tenha sido a minha leitura mais demorada, porém, apesar de tudo, foi interessante saber o ponto de vista da Igreja, mesmo sendo absurdo em diversos momentos.

É de se esperar a maneira absurda de como eram abordados e tratados os casos de "bruxaria", porém chega a ser tão repugnante que torna o livro muito mais cansativo do que já seria pela forma de escrita.
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@bibliotecagrimoria 08/12/2022

Datado de 1484, o livro tem sua autoria atribuída aos inquisidores Heinrich Kramer e James Sprenger o Martelo das Feiticeiras (Malleus Maleficarum), foi o mais famoso manual de orientação ao combate às práticas de bruxaria. A confecção do livro se deu num período em que se acreditava que a região norte do território correspondente à Alemanha estava tomado por mulheres (e homens, em menor número) que faziam pactos com demônios, se entregavam à íncubus e mantinham práticas de orgias em certas festividades conhecidas como sabás e cujo caráter conspiratório em se associar com o Diabo ameaçaria a própria ordem da comunidade pautada na doutrina da Igreja Católica.
A explicação dada pelos autores para a maior presença feminina naquilo que se acreditava como a ?superstição? da bruxaria e dos pactos, era a de que ?... a mulher é mais carnal do que o homem, o que se evidencia pelas suas muitas abominações carnais. E convém observar que houve uma falha na formação da primeira mulher, por ter sido ela criada a partir de uma costela recurva, ou seja, uma costela do peito, cuja curvatura é, por assim dizer, contrária à retidão do homem. E como, em virtude dessa falha, a mulher é animal imperfeito, sempre decepciona e mente?. A passagem faz ainda menção ao livro de Eclesiástico, capítulo 25 (livro presente somente na Bíblia católica, não confundir com Eclesiastes, este presente tanto em Bíblias católicas quanto protestantes), onde se diz que ?não há veneno pior que o das serpentes; não há cólera que vença a da mulher. É melhor viver com um leão e um dragão que morar com uma mulher maldosa?.
Chama atenção no livro o fato de algumas das crenças atribuídas pelos autores ao papel desempenhado pelas bruxas bater nas temáticas que até hoje estão presentes na sociedade, como a pauta do aborto. Nesse aspecto, as bruxas eram vistas como mulheres que ameaçavam a vida de forma direta, impedindo desde à sua concepção, ao causar a esterilização dos homens e a remoção de seus pênis (acreditava-se que as bruxas podiam remover os falos por suas artes malévolas de cunho ilusionista), passando pela interrupção da gestação, através do conhecimento de substâncias que possibilitavam o aborto, até o assassinato, pois entre seus ritos estaria a prática do sacrifício de crianças que eram ofertadas ao Diabo.
O livro se divide em três partes:
- Na primeira parte a preocupação dos autores é de cunho teológico, procura-se explicar as condições necessárias à existência da bruxaria. Seriam três estas condições: o Diabo, origem do mal e da perversão da natureza; a bruxa, que serviria como veículo da vontade pervertida do demônio; a permissão de Deus, que também agiria punindo a humanidade através da ação dos anjos do mal na vida daqueles que se encontram em pecado.
- Na segunda parte a preocupação dos autores é explicar o método pelo qual as bruxas infligem seus males, e de como estes podem ser curados.
- Na terceira, os autores se ocupam do processo judicial. Como se deve proceder no caso da identificação de uma bruxa, da instauração do processo, da proteção dos agentes da lei, que devido sua função estariam imunes à ação dos malefícios, e das medidas à serem tomadas no Tribunal eclesiástico e civil sobre as bruxas e hereges.
A edição conta ainda com a introdução da intelectual e feminista brasileira Rose Marie Muraro, onde a autora faz um apanhado da trajetória das mulheres na história da sociedade humana e em como seu papel que antes era o de centralidade passou a ser ressignificado na medida em que as próprias dinâmicas sociais materiais se ressignificavam, com impactos profundos na espiritualidade e a marginalização de tradições que celebravam os ciclos da natureza trazendo a reboque a misoginia no meio social, algo que encontrava no livro do Gênesis (onde a figura feminina ocupava lugar central na queda da humanidade) seu fundamento no discurso religioso.
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ThayAvalon 22/09/2022

1487, Renascença , artes surgindo, inquisição pegando fogo dois inquisidores, ESCREVEM UM MANUAL ABSURDO (mas quem escreveu mesmo foi o Kramer em voga aos que os pesquisadores relataram).
Esse não é "como se fosse um manual", foi um manual de ORIENTAÇÃO de como, você, consegue caçar e distinguir bruxas de aldeias. Em nenhum momento esse livro fala sobre homens, é somente sobre caça e crueldade as mulheres.
Como identificar uma bruxa, (parteira, se ela plantou algo e não vingou não deu frutos ela é bruxa, se ela utiliza alguma erva curativa, ela é bruxa, se ela tem uma pinta, uma mancha, um sinal qualquer de nascença ela é bruxa porque para a igreja se a mulher não fosse completamente lisa e branca ela disfarçava esse "sinal" para alimentar o capiroto, como um terceiro seio ? ) misoginia pura.
Como castigar uma bruxa, é a pior parte deste livro, ele é triste ele é forte, o Santo ofício que era o órgão chamado na época era os responsáveis por destituir quem era bruxa e quem não era. Mulheres pobres e algumas ricas, foram queimadas . A igreja não tolerava mulheres que ajudavam outros, no caso quem fazia parto ? Deus, quem tem poder curativo ? Deus, quem é gentil e bom? Deus, quem tem que ter dinheiro ? Os monges... entendem ? se essa mulher rica ficou viúva, a própria família muitas vezes a acusava de bruxaria porque era mais fácil ficar com o dinheiro e eles não estavam nem aí.
As mulheres tem um "poder " com seus corpos, trejeitos, falas e andares com os outros, amável, que "atrapalham a domesticação da igreja que é Patriarcal".
Não indico pra todo mundo esse livro é muito triste. Você percebe que o tempo todo eles se contradizem no que falam e para o que eles não tem resposta, eles dizem que está a cargo de Deus cuidar e eles continuam por traz dos panos eles mesmos matando, e acabando com a s mulheres, as mulher aqui não tem voz, são caladas e maltratadas o tempo inteiro.
É bizarro, triste, pensar quantas inocentes morreram pela mão de homens nojentos.
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Jonathas dos Santos Benvindo 14/07/2022

Li só pra passar raiva? é um documento importante da história da humanidade mas tô impressionado no mal sentido.
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Lenon, André Lenon 09/04/2022

Um livro histórico, maligno e indigesto, que serve para ter uma noção de como os tempos antigos já foram malignos e que até mesmo algo teoricamente sagrado como a religião, quando se mistura com política e poder, se corrompe de maneira repugnante.
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Fênix 04/04/2022

Pesado e necessário
O livro Malleus Maleficarum, mais conhecido como "O Martelo das Feiticeiras", foi escrito na época da Inquisição, na Alemanha, em 1487, por Heinrich Kramer e James Sprenger.

Ele relata o período de caça às bruxas pelo ponto de vista dos Inquisidores e do Clero.

Foi um período em que a Igreja teve intenso controle sobre a sociedade, principalmente sobre as mulheres, que eram queimadas em fogueiras e submetidas à tortura, acusadas de cometerem heresia e compactuarem com a figura do diabo, por motivos banais.

Foi nesse momento da história que as mulheres, que de alguma forma "ameaçavam" a autoridade masculina, que tinham certa independência, aceitavam seus próprios dons, gostavam da natureza, atraiam olhares de homens casados ou qualquer comportamento que a Igreja não aprovasse, começaram a ser chamadas de "bruxas" pelos cristãos.

É um livro, um manual de tortura que nos mostra o pensamento conservador, opressor, misógino e tradicionalista daquela época e, além disso, diversos preconceitos contra outras crenças que não fossem de cunho cristão, práticas sexuais fora do casamento, homossexualidade e liberdade feminina.

Como identificar uma bruxa? Como ela se mostra? Como julgá-la? Como matá-la?

É impossível não sentir vontade de chorar ou não sentir raiva lendo essa obra. É muito estranho ver como os Inquisidores pensavam e agiam, sem nenhuma empatia, sem nenhum arrependimento ou remorso por matar e torturar pessoas inocentes.

Acredito que seja um livro extremamente necessário para qualquer pessoa que queira estudar a História da Bruxaria. Mas, se quiser ler, saiba que não é uma leitura agradável.

?? Gatilhos: violência, tortura, estupro, abuso sexual, emocional e psicológico, agressão contra as mulheres, intolerância religiosa, preconceito.
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Rafael 11/01/2022

Um livro para terraplanistas
Se alguma coisa vale a pena nesse livro é a maravilhosa introdução de Rose Marie Muraro e sua arguta análise sobre o machismo e sua estreita relação com a caça às bruxas, leia-se, mulheres, que, induvidosamente, persiste em tempos modernos. Eu já imaginava que a obra seria recheada de teorias estapafúrdias para justificar a perseguição feminina, só não esperava me deparar com tanta baboseira acumulada. Certo é, que o livro representa o tacanho pensamento do medievo e vale como um registro histórico da época das trevas do pensamento humano. Mas, são tão absurdas as proposições ali contidas, que não tem como não compará-lo com as teses daqueles que sustentam que a Terra é plana.
A leitura é árdua e enfadonha, ainda que por vezes seja divertida, como quando os inquisidores tentam explicar como as bruxas, por meio de magia, são capazes de fazer sumir o órgão reprodutor masculino, ou, quando dizem que arqueiros bons de mira só podem ser bruxos por inexistir outra explicação plausível para sua capacidade de acerto.
Para quem tem familiaridade com processos judiciais, como eu, também é interessante observar as técnicas processuais usadas na época, que permitiam, desde a tortura e a ausência de advogado durante a inquisição, até ordálias.
Se você tem tempo disponível e quer se aventurar por esse tipo de raciocínio misógino e retrógrado, eis um prato cheio.
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Gisele Amina 27/12/2021

Só li a introdução e o prefácio.
Não consegui estômago para terminar a leitura. Recomendo para a compreensão do tema
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