Poemas Completos de Alberto Caeiro

Poemas Completos de Alberto Caeiro Fernando Pessoa




Resenhas - Poemas Completos de Alberto Caeiro


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rebeccavs 24/03/2020

A profundidade das vertentes espirituais de Fernando Pessoa
A princípio, achei espetacular a ideia de Fernando Pessoa usar pseudônimos para suas vertentes espirituais, sendo aqui retratado Alberto Caeiro, um guardador de rebanhos: homem simples, mas profundo, que revela sua relação com a natureza, a religiosidade e as dúvidas sobre a vida, a morte e o universo.


Em "O guardador de rebanhos", pude mergulhar nos pensamentos de Caeiro acerca do amor e do sentido de tudo. Em seus poemas, analisei questionamentos e teorias inimagináveis, além de bastante subjetivas.


Linda obra, recomendo muitíssimo.
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Nathali.Mateus 03/03/2020

Infelizmente alguns poemas da última parte estão incompletos por serem originalmente ilegíveis ou pelo fato de Fernando Pessoa não os ter concluído
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Vitor Gomes 21/12/2018

Conheci Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa, quando estava ainda no colégio e prontamente me apaixonei. É uma poesia limpa, sem rimas, sem métrica regular, que parece superficialmente simples. Conforme você mergulha em seus poemas, vai percebendo a complexidade de "acreditar apenas no que se vê". Este é um poeta da natureza, que faz de toda sua metafísica a simplicidade de ver nas coisas o que elas são e nada mais. Vale muito a pena para ter uma visão de mundo diferente do que costumamos ver. Não é sem razão que Fernando Pessoa é um dos maiores escritores em língua portuguesa. Belíssima obra!
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Trovador 16/06/2016

Compre de outra editora
Os poemas são ótimos, afinal é Alberto Caeiro, para quem conhece o nome já diz tudo. Os belos poemas pastoris e panteístas de um guardador de rebanhos sem rebanho.

Mas essa edição que eu li é uma bosta. Compre de outra editora.

Já estudei e reestudei Alberto Caeiro, então sem problemas para mim, mas para um leitor novo em Alberto Caeiro as notas de rodapés são de inúteis para incompetentes. Raramente propõe notas que trazem informações que contribuem para a interpretação. Ou as notas vagueiam entre dizer o óbvio e viajar de mais, mas raramente falam sobre o que realmente concerne os poemas.
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Carmem.Toledo 20/04/2016

Provocações poéticas
Esta coletânea traz um dos mais belos textos de Fernando Pessoa: "O guardador de rebanhos". Em sua poesia, o autor - por trás de um de seus heterônimos - provoca o leitor, através de um atrevimento que tem a beleza de uma resposta de criança. Não chamaria isso de inocência, mas de revelação do óbvio que não costuma ser questionado.
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Thananda 04/01/2016

Simples e direto
Um dos heterônimos de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro considera-se um poeta da Natureza e escreve sobre sua forma real, sem enfeites, sem poetismo, sem sentimentalismo, sobre a realidade pura, sem símbolos, sobre ver e apenas ver, sobre sentir e ouvir sem pensar. Caeiro é um homem do campo, por ser o menos culto dos heterônimos, tem um estilo seco e simples de se expressar, simplicidade essa que faz seus poemas grandiosos. O autor é um poeta materialista, que duvida da existência da alma no ser humano. Ele nos convida a simplesmente viver. Não pense, não rotule, não teorize. De acordo com ele, quem garante que somos melhores do que as pedras e as flores? Somos diferentes, mas melhores? Difícil dizer...
Nada realmente importa.
"(...) Todo o mal do mundo vem de nos importarmos uns com os outros. Quer para fezer o bem, quer para fazer o mal. A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos. Querer mais é perder isso, e ser infeliz..."

Recomendo.
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Fê Atihe 22/01/2015

A extrema naturalidade e a simples, porém notável eloquência deste heterônimo abriram portas para mim na literatura poética, que, não sei ao certo o porquê, sempre foi um terreno acidentado demais para que eu pisasse.

"Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol;
Ambos existem, cada um como é."
José Henrique 22/01/2015minha estante
Fiquei com vontade de ler


Leandro.Bonizi 19/12/2022minha estante
Para mim também, foi o livro que me introduziu na poesia, que li quando era adolescente para estudar vestibular e fiquei fascinado.




Gabriel Leite 31/07/2014

Acho que a grandeza dos poemas do Caeiro está justamente na sua simplicidade. Pensar é estar doente dos olhos e, por mais impossível que essa missão (a de não pensar) nos pareça, ao ler o heterônimo de Pessoa fica claro que essa também é a nossa única chance de tentar entender o mundo, já que a filosofia não é nada perto dos sentidos.
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Nanju 05/01/2014

Citação
"Vive, dizes, no presente, Vive só no presente.
Mas eu não quero o presente, quero a realidade; Quero as cousas que existem, não o tempo que as mede.
O que é o presente? É uma cousa relativa ao passado e ao futuro. É uma cousa que existe em virtude de outras cousas existirem. Eu quero só a realidade, as cousas sem presente.
Não quero incluir o tempo no meu esquema. Não quero pensar nas cousas como presentes; quero pensar nelas como cousas. Não quero separá-las de si-próprias, tratando-as por presentes.
Eu nem por reais as devia tratar. Eu não as devia tratar por nada.
Eu devia vê-las, apenas vê-las; Vê-las até não poder pensar nelas, Vê-las sem tempo, nem espaço, Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê. É esta a ciência de ver, que não é nenhuma."
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Iza cristina 02/07/2013


Fernando pessoa é um dos grandes nomes da literatura portuguesa. Com vários heterônimos destacam-se: Alberto Caeiro, Álvares de campos e Ricardo reis, sem falar no próprio Fernando pessoa.

O livro “poemas completos de Alberto Caeiro” traz temas que tratam das sensações, do pensar, sentir, das flores, da natureza. Alberto Caeiro é considerado o mestre dos demais heterônimos. Sua poesia conta com uma simplicidade e é desprovida de métrica e rima.

A linguagem é simples e direta e busca o objetivismo absoluto, isto é, “as coisas são como são”. A obra compõe-se em três partes: o guardador de rebanhos, o pastor amoroso e poemas inconjuntos.

Particularmente acho Fernando pessoa um gênio da literatura, esse livro é ótimo e vale apena ser lido principalmente se você gosta do campo, da natureza, da realidade pura e principalmente de poemas. Creio eu que você refletira e viajará junto com os poemas.
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Israel145 07/04/2013

Poesia é um gênero literário que exige dedicação e a busca da leitura deve ser nivelada com o grau de dificuldade da obra ou do autor. Talvez por isso meu relacionamento com Fernando Pessoa não seja dos melhores. Me considero imaturo para lê-lo e aproveitar, pois simplesmente não consigo. Foi assim com “Mensagem” e agora com esse “Poemas completos de Alberto Caeiro”.
Alberto Caeiro foi um dos pseudônimos do Pessoa. Essa faceta e considerada a faceta materialista e suas poesias são sobre a natureza das coisas que nos rodeiam. Mas não de um jeito poético como conhecemos e sim de um jeito realista e desapaixonado. Poesia é escapismo assim como várias artes. Se quiser contemplar uma pedra e dizer que esta é simplesmente uma pedra não seria preciso um livro de poesia pra isso. Bastaria procurar uma no quintal ou na rua.
De forma alguma consegui gostar desse livro. E pretendo passar bem longe do Pessoa por um bom tempo. Prefiro continuar lendo os simbolistas e tendo sensações agradáveis com um pouco de beleza na poesia.
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Isabel Figueiredo 20/03/2013

O melhor dos heterônimos
O melhor dos heterônimos de Fernando Pessoa. Caeiro de valores simples e pensamento rico...não há como compará-lo ao qualquer outro livro, místico e fortalecedor. Uma leitura indispensável a todos que querem conhecer a obra de Fernando Pessoa.
Segue um dos poemas do livro:

"V - Há Metafísica Bastante em Não Pensar em Nada

Há metafísica bastante em não pensar em nada.

O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.

Que ideia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?

Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?

"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.

Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.

O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!

(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)

Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.

E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora."

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Fernando Puro 20/12/2012

Alberto Caeiro: O Mestre!
Alberto Caeiro é deveras o mestre. Ele transmite, numa linguagem demasiada simples, uma filosofia completa. Filosofia esta que se constitui na ausência do pensamento; na sensualidade, ou seja, no sentir, em vez do pensar.

Pessoa era um ótimo astrólogo, e Alberto Caeiro representa o elemento fogo no mapa astral feito para ele. Isto é, Caeiro é a intuição, o fogo que queima, o momento! Por isso ele tanto valoriza o instante, no maior estilo "Carpe Diem".

Embora o livro possua uma linguagem simples, não é certo dizer que o mesmo é de fácil entendimento, pois o jogo de ideias lançadas pelo Caeiro pode parecer complexo à primeira vista, de modo que é mister, em certas circunstâncias, dar uma pausa entre uma poesia e outra, para se digerir o que acabou de ser lido.

Indico a todos a leitura dessa magnífica obra!
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Camila1856 27/08/2011

Divagações das sensações...
Alberto Caeiro é um dos heterônimos de Fernando Pessoa. Entretanto, Caeiro, é considerado o mestre de todos os outros heterônimos inclusive do próprio ortônimo de Pessoa. Caeiro é o poeta da natureza, um poeta sem metafísica, que vê as coisas como elas são sem pensar muito já que “Pensar é essencialmente errar” (p.116).
Nesta coletânea de poemas de Caeiro somos apresentados a um poeta cuja suas poesias são inspirações da natureza, suas poesias são de uma objetividade e de certa forma racionalidade incríveis. Suas poesias estão arraigadas nas sensações: "Talvez quem vê bem não sirva para sentir” (p.87) já que "Sentir é estar distraído." (p.105).
Nesta obra temos três poemas “O Guardador de Rebanhos”: “Sou um guardador de rebanhos./ O rebanho é os meus pensamentos/ E os meus pensamentos são todos sensações./ Penso com os olhos e com os ouvidos/ E com as mãos e os pés/ E com o nariz e a boa.” (p.38); “O Pastor Amoroso”: "Amar é pensar./ E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela./ Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela." (p.86); e “Poemas Inconjuntos”: "Uma vez amei, julguei que me amariam,/ Mas não fui amado./Não fui amado pela única grande razão - / Porque não tinha que ser." (p.104).
Esta obra com certeza tem um halo inspirador. Sem sombra de dúvida, Fernando Pessoa é um poeta de imensurável importância para a literatura não só portuguesa, mas mundial. Sendo assim, indico a leitura dessa obra para todos os amantes de poesia, para aqueles que buscam inspiração e conseguem ver nas palavras motivos para viajar, Caeiro nos proporciona uma viagem maravilhosa!

[por: Camila Márcia]

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