Andressa 30/08/2021
“Para entender os ensinamentos é preciso ter a mente aberta, capaz de reter o que aprende e livre de preconceitos.” [pág. 37]
É preciso estar com a mente e com o coração abertos pra ter contato com uma religião que convida a olhar e entender de um jeito diferente o que a gente considera comum.
Logo na introdução tem o convite pra entender o movimento da bandeira hasteada. "Não é o vento nem a bandeira que está se movendo. É a sua mente que se move" [pág. 19].
Heródoto Barbeiro é budista e jornalista. Escreveu de um jeito simples esse livro que apresenta e explica o Budismo tradicional.
Eu trouxe esse livro pra casa em maio de 2018. E, nessa semana, eu senti de voltar pra ele. Li novamente sobre a história e os ensinamentos de Siddharta Gautama, o príncipe que deixou a riqueza e a família pra buscar respostas de como acabar com o sofrimento e escapar da doença e da morte.
Siddharta tornou-se o primeiro Buda quando alcançou a iluminação. E dedicou sua vida a transmitir seus ensinamentos, servir como exemplo e incentivar que cada pessoa buscasse o conhecimento sobre si e vivesse suas próprias experiências pra alcançar a iluminação.
Buda ensinou que o apego é a origem de todo o sofrimento. E que a prática da meditação, do desapego, da busca de si mesmo e da autorresponsabilidade libertam o ser humano.
Diferente das religiões tradicionais do ocidente, o Budismo acredita que qualquer pessoa pode alcançar a iluminação sem a intermediação de mestres, mentores e seres divinos. Se Siddharta -- um homem comum -- alcançou a iluminação, qualquer um pode.
Algumas coisas só começam a fazer sentido depois de voltar duas ou três vezes a leitura. Outras talvez só dê pra entender depois de um tempo… o Budismo propõe uma visão muito diferente, alguns podem achar até provocativa, e nos tira totalmente do conforto ao colocar cada um de nós como responsável pela própria salvação. “Ninguém está onde está ou tem mais ou menos sofrimento por obra e graça de entidades divinas, mas porque são resultados de ações passadas, ou seja, cada um é responsável por aquilo que está vivendo”. [pág. 29]
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