Leviatã

Leviatã Thomas Hobbes




Resenhas - Leviatã


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jessicaliteraria 10/11/2024

Leviatã
É aquele tipo de livro que faz a gente olhar para a política e para a sociedade de uma forma bem diferente. Escrito no século XVII, ele apresenta a famosa teoria do contrato social, em que Hobbes imagina um "estado de natureza" onde os seres humanos, sem a presença de uma autoridade, vivem numa constante guerra de todos contra todos. O famoso "homo homini lupus" (o homem é o lobo do homem) aparece aqui como a base da visão de Hobbes sobre a natureza humana. Ele acredita que, sem um governo forte, nossa vida seria "solitária, pobre, cruel, brutal e curta", já que todo mundo estaria em conflito para garantir sua própria sobrevivência.

E é aí que entra o "Leviatã", uma figura simbólica de um poder soberano que, segundo Hobbes, deveria ser absoluto, para que pudesse garantir a paz e a ordem. Esse Leviatã não é um monstro literal, mas uma metáfora para um governo que tem o poder de impor leis e regular a vida das pessoas. A ideia é que, ao entrar num "contrato social", todos cedem um pouco de sua liberdade individual em troca de proteção e estabilidade.

O livro é denso, claro, mas se você tiver paciência, vai perceber que as ideias de Hobbes são super relevantes, especialmente quando pensamos sobre o papel do Estado e o poder que ele tem sobre os indivíduos. Ele é bem direto ao afirmar que um governo forte e centralizado é a única forma de evitar o caos. Ou seja, Hobbes defende que é melhor viver sob um governo autoritário do que sem governança nenhuma.

Resumindo: "Leviatã" é uma leitura desafiadora, mas que vale a pena para entender melhor os conceitos de poder, autoridade e as origens do pensamento político moderno. Se você curte filosofia política ou está interessado em saber como as ideias sobre o Estado e o governo evoluíram, esse livro é uma base essencial.
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Leo1402 08/11/2024

Hobbes e a defesa do absolutismo ateu
Esta obra envelheceu mal. E não é pouco.
Hobbes fundamenta todo o seu ideário em ciência, ao menos nos primeiros 5 capítulos, portanto, não coloca um absolutista como um tirano, mas sim como um soberano, e que os súditos tem direito apenas à acato.
Confesso que não consegui ler a obra por inteiro, por razões de desinteresse. Já que não se aplica mais aos dias de hoje, torna-se maçante e extremamente cansativo ler sobre um pensamento tão retrógrado, embora genial para um pensador do século XVI.
Constata-se, portanto, que após mais de 200 páginas de leitura, creio que o livro, assim como "O príncipe" de Maquiavel, é interessante para compreendimento do pensamento humano durante o renascimento, no entanto, é muito retrógrado quando comparado com os dias de hoje.
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AleixoItalo 27/10/2024

Uma vez que a filosofia é a arte de debater os pensamentos vigentes e propor novas formas de pensar, o objetivo final de todo filósofo é a publicação de alguma obra que ofereça novas interpretações à cerca da realidade. Embora os filósofos se especializem em campos específicos é plausível que o desenvolvimento dessa linha de raciocínio, resulte em sistemas de pensamento completos e bastante estruturados.

Durante a Revolução Científica eram mais comuns a publicação dessas obras completas, normalmente divididas em módulos que tratassem das ciências naturais, política, ética e da religião — aos poucos essas divisões foram ficando mais acentuadas. Uma das mais notáveis dessas obras, foi Leviatã de Thomas Hobbes, lançada no século XVII e até hoje uma influente obra política. O Leviatã de Hobbes é dividido em três seções, onde ele discute a natureza do homem e do conhecimento, do estado e da cristandade.

Ao contrário dos empiristas da época, Hobbes propõe um tipo de mecanicismo que acredita que toda a realidade é composta por matéria em movimento. São os movimentos de corpos externos, que agem diretamente sobre nossos órgãos dos sentidos, ressoando por dentro do corpo até chegar ao cérebro. Os pensamentos e as ideias, por sua vez, seriam apenas a vibração desses movimentos, que perduram e vão se esmaecendo com o tempo, somados aos movimentos causados internamente em nossos órgãos. A linguagem tem papel fundamental nesse esquema, pois é através dela que podemos expressar e registrar os pensamentos, além de, uma vez determinados causas e efeitos corretamente, podemos utilizá-la para expressá-los e realizar operações — como na matemática — que resultem em previsões. É essa arte de determinar corretamente o significado das palavras e fazer contas, que Hobbes chama de ciência.

O mecanicismo de Hobbes, bastante limitado, é ultrapassado, porém é na sua filosofia política que a obra perdura. O filósofo postula que a priori, todos têm direito à tudo, com intuito de garantir a própria sobrevivência. Porém, para conviverem em sociedade, as pessoas abrem mãos de certos direitos, cedendo-os a outros e é nessa troca de direitos que a civilização está sedimentada. A questão é que os indivíduos, pensando no bem próprio, podem a qualquer momento violar tais contratos firmados, e aí se faz necessária a existência de um poder regulador desses contratos. Entra em cena o Estado, ou o Leviatã.

O nome é uma alusão ao Leviatã bíblico, onde Hobbes sugere que o Estado seja uma entidade poderosa e inquestionável, cujo todos estariam a mercê. O simbolismo também é essencial para transpor a teoria, humana, para uma esfera simbólica e religiosa. Escrita durante a Guerra Civil Inglesa, Hobbes usa o contexto da época para defender a necessidade de um governo soberano absoluto. Ao longo do livro Hobbes irá desenvolver quais são as atribuições do monarca, em que as leis devem se basear e nos perigos da divisão de poderes. Embora o direcionamento de Hobbes seja em prol de uma Monarquia Absoluta — vale ressaltar mais uma vez o contexto em que vivia — os fundamentos de seu pensamento são pertinentes até hoje. Na prática, a ideia máxima de Hobbes é que na ausência do Estado, ou de algum poder regulador dos contratos sociais, os homens viveriam num eterno estado de guerra de todos contra todos. O Estado existe como uma necessidade e uma ânsia da humanidade por um estado de paz.

A parte final é uma tentativa de legitimar a palavra de Deus ou a existência de um Estado Cristão, por meio de textos das sagradas escrituras, conciliando-os com o pensamento mecanicista do autor, um tipo estranho de teologia política. O leitor que não se interessar por essa parte pode pulá-la sem nenhum problema, pois não terá mais nada à acrescentar sobre seu sistema de leis naturais e políticas.
Não é uma obra tão difícil de ler quanto algumas resenhas sugerem a princípio, fazem parecer, é mais uma questão de interesse em lê-la ou não. Uma vez eu li que filosofia é um esquema de pirâmide, onde você sempre precisa ler um autor para entender outro, afinal ela é a debate de ideias, influenciadas por ideias que estavam debatendo ideias. Alguns pensadores inevitavelmente cairão no esquecimento enquanto outros levantarão discussões vitais sempre a serem debatidas. O mecanicismo de Hobbes por exemplo, foi facilmente superado pelo empirismo, que relega o conhecimento à experiência — e não aos elementos da realidade — que deu origem a diversas formas de pensar atuais. Por outro lado, seu pensamento político, sobre a necessidade do Estado, levantou uma problemática fundamental a respeito da qualidade social de nossa espécie e portanto é base de discussão até os dias de hoje.
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itshayka0 16/09/2024

?Leviatã - Thomas Hobbes (filósofo contratualista)
Thomas Hobbes defende que a única obrigação moral com a qual os agentes estão comprometidos é a satisfação do seu próprio interesse. Hobbes defende que os interesses individuais devem ser protegidos pelo Estado, no caso, o Leviatã - luta contra a distinção entre o Poder Espiritual (Igreja) e o Poder Temporal - , que representa o povo com base no contrato social, um contrato impulsionado pelo medo da morte violenta e que é mantido com base no medo do poder coercitivo do Estado.
Concluindo, a obra "Leviatã" de Thomas Hobbes, é um livro que oferece uma visão mais profunda da política, do poder e da natureza humana.

- quote:

"Assim como não ter nenhum desejo é o mesmo que estar morto, também ter paixões fracas é debilidade e ter paixões indiderentes por todas as coisas é leviandade e distração."
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Isadora_Ferreira 16/07/2024

Jesus, tenha misericórdia...
Muitoooooo extenso, creio que qualquer nota sobre esse livro seja muito prematura, tendo em vista a minha pouca relação e conhecimento sociologico e filosofico. eu espero poder reeler novamente tendo mais repertório sobre o assunto.
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eunbin 09/05/2024

Não há muito o que dizer sobre essa leitura afinal. Eu espero ler esse livro novamente em breve sem a pressão da faculdade em cima de mim!
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Melancólico Relato 07/02/2024

Leviatã, um "mal" necessário
Sabemos que todo escrito tem viés, seja ele em menor ou maior escala. Dito isso, é claríssimo o posicionamento em prol da monarquia adotado por Hobbes, que utiliza de toda argumentação possível (sempre tendo como base a bíblia cristã) para justificar não só o direito da coroa sobre os súditos, como também para desestimular mudanças no sistema e deslegitimar o governo da igreja, representada pelo Papa, sobre outros reinos que não o próprio (onde o considera legítima, já que estipula uma hierarquia de poderes, sendo o poder civil superior ao eclesiástico). Esse viés, acredito eu, deve-se à sua posição social: após sair da faculdade (na qual entrou aos 15 anos de idade), esteve relacionado fortemente à nobreza, sendo tutor de Cavendish, dentre outros.

Temos capítulos longos e maçantes onde tudo o que encontramos é discurso sobre partes específicas da bíblia, os quais usa como referência argumentativa em capítulos posteriores.

Minha parte favorita está mais ao final do livro, quando o vemos argumentar contra Belarmino, um membro da igreja que defendia o poder do Papa por sobre o soberano civil (apesar de que, pessoalmente, acredito que ambos estão equivocados, mas por motivos diferentes).

É uma boa leitura apenas para aqueles que estão dispostos a encarar as partes chatas para incrementar a base de informações, a bagagem que levamos para posteriores livros.

Sobre o sujeito do título do livro, o Leviatã é aquele monstro para quem entregamos nossa liberdade em troca de proteção, ou seja, o estado. Considero que a sua existência é necessária, já que como mencionado por Rousseau, a criação da primeira sociedade organizada em estado obriga aos demais a criá-las também; porém, cabe a cada um analisar e refletir: quanto da nossa liberdade vale a pena oferecer em troca da proteção recebida?
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maydrtx 04/01/2024

Hobbes, o anti-liberalita mais liberal da filosofia
Discordando de Maquiavel, Thomas Hobbes defende que os interesses individuais devem ser protegidos pelo Estado, denominado Leviatã na obra, estando acima da conservação deste, e em nenhum momento associa ao Governo um caráter divino, justamente conceitos utilizados pelos futuros críticos do Absolutismo. Mas ele jura que não é liberal. Admito que a ideia de que abrir mão de direitos políticos em detrimento da segurança é justa foi tão bem explicada que quase me converteu em uma entusiasta do modelo absolutista, não fosse a comprovação histórica de que é um sistema péssimo. Naturalmente, devido à data escrita, quantidade de páginas, ao gênero e o meu pobre contato com livros filosóficos, a leitura se desenrolou de forma lenta e quase maçante em alguns momentos, razão pela qual eu não tenho muita certeza quanto às minhas interpretações da obra. Como tentativa de compreender melhor o que estava sendo exposto, comparei ao máximo as ideias de Hobbes às de outros filósofos, como Maquiavel, já citado, e Aristóteles, que conceitua politicamente o ser humano como um animal sociável, enquanto para Hobbes o homem é basicamente Thomas Shelby. O cenário naturalista Hobbesiano, na minha perspectiva, é similar à um filme distópico onde o homem, movido pelo medo (força mais intensa, segundo o autor), busca poder para se conservar e tem como trilha sonora Animals do Maroon 5.
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kahrolsantana 26/12/2023

"Há linguagem sem razão, mas não há razão sem linguagem."
Eu sempre fui muito interessada pela teoria do contratualismo quando estava estudando pro Enem. Entretanto, sempre que buscava a teoria de cada um dos principais contratualistas, sempre achava elas resumidas demais. A solução foi ir em busca de ler a obra de cada um deles (Hobbes, Locke e Rousseau).

Eu imaginava que o livro de Hobbes fosse puramente sobre o Contrato Social, porém, quando o livro chegou em casa constatei que, pelo tamanho, não seria apenas isso. E que ótimo! A obra, além de abordar o tema que o fez ser reconhecido na filosofia, também explora outras áreas, como o homem e a religião. E os capítulos em que ele discorre sobre as sensações e as paixões do homem e o conceito de razão e ciência foram espetaculares!

Através desse livro, além de finalmente compreender a teoria de Hobbes sobre o Contrato Social, ele me trouxe ensinamentos valiosos sobre a natureza do homem e suas atitudes, os quais levarei para a vida toda. Porém, eu fiquei muiito entendida da parte III em diante, pra mim, a partes I e II é o ouro da obra.
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andbia 03/10/2023

Uma Exploração Profunda da Política e do Poder
"Leviatã, Palavra e Poder de um Governo Eclesiástico e Civil", comumente referido como "Leviatã", é uma obra filosófica e política clássica escrita por Thomas Hobbes no século XVII. Publicado em 1651, o livro oferece uma análise profunda e provocativa da natureza humana, da política e do governo. "Leviatã" permanece relevante e influente, fornecendo uma base essencial para a compreensão da teoria política.

A Natureza Humana e o Contrato Social: Hobbes começa sua obra com uma visão sombria da natureza humana, descrevendo-a como inerentemente egoísta e propensa à violência em um estado de natureza. Ele argumenta que as pessoas buscam a paz e a segurança e, para alcançá-las, entram em um contrato social que cria um governo soberano. Essa ideia inovadora estabelece as bases para a teoria política moderna, influenciando pensadores posteriores, como John Locke e Jean-Jacques Rousseau.

O Leviatã: Hobbes descreve o governo soberano como um "Leviatã", uma entidade poderosa que mantém a ordem e impõe a lei. Ele defende a autoridade absoluta do Leviatã como a única maneira de evitar o caos e a guerra incessante que ocorreriam na ausência de um governo centralizado. A metáfora do Leviatã se tornou icônica e simboliza a autoridade do Estado em teoria política.

Crítica à Revolução: Hobbes também critica a ideia de revolução e insurreição como meios de contestar o governo. Ele argumenta que a obediência ao governo é um dever moral, a menos que a vida esteja diretamente ameaçada. Essa visão gerou debates intensos sobre a legitimidade do governo e a resistência civil ao longo da história.

Contribuição Duradoura: "Leviatã" é uma obra que desafiou o pensamento convencional de sua época e continua a ser uma influência significativa na política e na filosofia. A abordagem de Hobbes à política como uma resposta às fraquezas humanas e sua defesa de um governo centralizado e poderoso moldaram o debate político por séculos.

Conclusão: "Leviatã" de Thomas Hobbes é um livro fundamental que oferece uma visão profunda da política, do poder e da natureza humana. A análise perspicaz de Hobbes sobre o contrato social, a autoridade do Estado e a obrigação moral de obedecer ao governo ainda é relevante e provoca reflexão nos dias de hoje. Este trabalho notável é uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada em filosofia política e teoria do Estado.
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lailamniz 15/08/2023

"Pois é a verdade que não se opõe aos interesses ou aos prazeres do homem é bem recebida por todos."
Li livro físico + da biblioteca. | "É esta a geração daquele grande Leviatã, ou antes (para falar em termos mais reverentes) daquele Deus Mortal, ao qual devemos, abaixo do Deus
Imortal, nossa paz e defesa."

Começo essa resenha deixando explícita minha opinião sobre o trabalho da Hunter Books nessa edição de Leviatã: Péssimo, dificulta a leitura (que já é extremamente maçante), com vários erros de acentuação gráfica, escrita de palavras e tradução, e literalmente repetição de parágrafos. Parece que tudo foi feito as pressas.

De seguinte, digo que Leviatã promete pouco e não entrega nada. A obra não deve ter sido inovadora nem para o tempo dela. Não digo isso somente por discordar de Hobbes, mas por ele não manter nenhuma linha de raciocínio aproveitável, não defender de fato nenhuma de suas ideias, e só encher linguiça com histórias empiristas que em nada tem relação com o tema político que ele disse que iria defender.

Esse animal não é político, Aristóteles.
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FraterSinbuck 07/08/2023

O homem precisa ser governado
Embasado nas múltiplas evidências sobre ações contraditórias do ser humano, no que tange suas paixões, desejos e obsessões, Tomás Hobbes tece sua tese literária objetivando provar que o homem sempre buscará ser governado, pois entende há uma necessidade moral e intelectual disso.
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Almecz vic 10/05/2023

Leviatã - Thomas Hobbes
"Assim como não ter nenhum desejo é o mesmo que estar morto, também ter paixões fracas é debilidade e ter paixões indiferentes por todas as coisas é leviandade e distração."
Esse livro tem o tipo de conhecimento puro, pensado, racionado e escrito na intenção de instruir e apresentar a sociedade tal como ela é. Cada palavra faz pensar muito, talvez por isso demorei tanto para terminar kkk
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Samuel236 13/04/2023

É um bom livro mas não recomendo para ninguém
Assim como muitos dos reviews, compartilho também que os primeiros dois capítulos são interessantes vs os dois últimos que entram num tópico bíblico que para quem não tem interesse, não tem sentido a leitura

Foi uma leitura maçante no final das contas
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Wanderreis 27/03/2023

Natureza Humana

"...a natureza dos homens é tal que, embora sejam capazes de reconhecer em muitos outros maior inteligência, maior eloquência ou maior saber, dificilmente acreditam que haja muitos tão sábios como eles próprios; porque vêem sua própria sabedoria bem de perto, e a dos outros homens à distância. Mas isto prova que os homens são iguais quanto a esse ponto, e não que sejam desiguais. Pois geralmente não há sinal mais claro de uma distribuição eqüitativa de alguma coisa do que o fato de todos estarem contentes com a parte que lhes coube."
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