Afirma Pereira

Afirma Pereira Antonio Tabucchi




Resenhas - Afirma Pereira


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Dominique.Auler 17/01/2024

No começo o formato "depoimento" da escrita em fluxo de consciência fica cansativo e não encaixa com o estilo da prosa, mas ao longo do livro deixa de incomodar e no final, quando os eventos antes lentos disparam de repente num ritmo vertiginoso, mal se percebe.
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Leitorconvicto 13/01/2024

O ser típico?
Um momento histórico difícil, um personagem comum em vários aspectos. Uma narrativa com um humor estranho e atraente
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Livia.Gabriela 29/12/2023

Tem uma escrita muito particular.
Esperava mais do livro. Quando a história tinha tudo para ficar mais interessante, o livro encerra.
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Viferoli 03/12/2023

Que livro bom. Leitura gostosinha. Adoro textos que o conteúdo em foco na verdade está em segundo plano e você precisa entender o contexto. Não é algo direto e ao mesmo tempo é. Só gostaria de saber o que aconteceu depois.
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Madame Marisa 30/10/2023

Como sempre, gosto mais de comentar como me senti, do que apenas colocar um resumo do livro.
E que livro! 5? favoritado! Amei o livro, amei a escrita de Antonio Tabucchi. Amei o Pereira e como sua percepção de todo horror da ditadura foi sendo construída. O final é incrível!
Enfim... um livro pra ficar marcado. Com certeza, lerei o formato em quadrinhos e assistirei o filme.
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Yasmin679 12/10/2023

Um livro excepcional, afirma Yasmin.
Um romance Ambientando em Lisboa em um momento conturbado de ditadura em 1938, com uma escrita leve e descomplicada.

Além do fato mais crucial que mesmo se passando em um cenário de 85 anos atrás, consegue nos trazer lembranças e episódios muito recentes, nos fazendo repensar nossos passos e escolhas até o presente momento. Ainda descreve de uma forma fluida e esplêndida a evolução do personagem e as questões de direitos civis e humanos.
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@jaquepoesia 18/09/2023

Obra sobre consciência política, sobre resistência ao totalitarismo e à censura!

Mais que necessário este trabalho oferece ao leitor(a) uma história interessante, que abrange pontos da filosofia, história (ditadura salazarista no verão de julho de 1938), política e até psicologia.

Pereira é um homem viúvo, que não acredita na ressurreição da carne. Embora católico o jornalista solitário vive a questionar o que de fato é se desprender do próprio corpo.
Ao ver uma matéria em um jornal, Pereira decide conhecer o autor daquelas palavras e lhe oferecesse o trabalho de escritor de obituários de escritores ainda vivos, com a intenção de não ser pego de surpresa quando estes faleceram.
Conversando com o retrato da falecida esposa, Pereira relembra a juventude e desabafa os receios sobre o estagiário contratado.

Enquanto há uma guerra civil na Espanha, Rossi seu estagiário e sua namorada Marta querem falar sobre revolução e combater os fascistas, no entanto Pereira busca ao máximo se distanciar da política e afirma constantemente apenas ser responsável pela coluna de cultura do Jornal Lisboa em Portugal. No entanto o contato com este casal o faz crer no princípio filósofico sobre a confederação das almas, o fazendo acreditar que uma nova alma o dirige. É então que Pereira se vê finalmente como um ser político e isso muda tudo!

O Jornal Lisboa passa pela aprovação prévia da censura, mas não pelo desejo de justiça! Leiam #afirmapereira #pierrehenrygomont #HQ
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annikav.a 14/09/2023

Chapéu de facho é marreta
Incrível como é possível construir um romance histórico sem parecer palestrinha (do tipo livro didático massante de história, talvez). Aqui a ditadura salazarista é vista pelas lentes de um "homem de cultura" (que paradoxalmente lê mal a conjuntura política, mas é ultimamente uma boa pessoa e puxa um uno reverse muito bom no final). Enfim, a leitura é um pouco enfadonha pq a prosa é contínua e sem travessão ou parágrafos, é sufocante, então se piscar, perdeu.
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livroselabirintos 09/08/2023

Nossos dias
Afirma Pereira (1994), do escritor e tradutor Antonio Tabucchi, vem bem a calhar em nossos dias. Considero-o um texto muito rico. Além de referências literárias e filosóficas, Tabucchi compõe a linguagem literária lançando mão das estéticas que menciona. E transmite a atmosfera tensa e sombria da ditadura salazarista. O contexto aqui é 1938, imaginem.

Em “Nota”, o autor explica como elaborou a personagem, o velho jornalista Pereira. Era apenas um personagem à procura de um autor. De imediato, reconhecemos nessa confissão, a presença do dramaturgo, poeta e romancista siciliano Luigi Pirandello.

Supostamente, a base para essa personagem é um jornalista português, exilado na França, que Tabucchi teria conhecido no final dos anos 1960 e que escrevia em um jornal parisiense. Exercera sua profissão de jornalista por volta de 1945, em Portugal, mas teve problemas com a polícia, uma vez que conseguiu pregar uma peça na ditadura de Salazar.

Eu sabia que depois de 1974, quando Portugal restabeleceu a democracia, ele tinha voltado para seu país, mas nunca mais o encontrei. Ele não escrevia mais, estava aposentado, não sei como vivia, infelizmente tinha sido esquecido.

Na criação literária de Antonio Tabucchi, o Pereira acabou de inaugurar uma página de cultura no jornal vespertino Lisboa, no qual publica traduções de contos franceses do século 19. Nas primeiras linhas da narrativa, ele, Pereira, refletia sobre a morte. Pois, na dança macabra entre luz e sombra, em 1938, quando os nacionalistas espanhóis gritam “Viva la muerte”, a Europa toda fede a morte.

O jogo contrastante entre luz e sombra se entrelaça nas descrições: Era vinte e cinco de julho de mil novecentos e trinta e oito, e Lisboa cintilava no azul de uma brisa atlântica, afirma Pereira. De repente a brisa atlântica parou, e do oceano chegou uma espessa cortina de névoa, e a cidade ficou envolvida por um sudário de calor.

Essas poucas linhas definem aquela Lisboa. A mesma de O ano da morte de Ricardo Reis, do Saramago.

Para colaborar com sua página cultural, o dr. Pereira contrata o jovem amante da vida, Monteiro Rossi, para escrever necrológios, vejam só. Nas escolhas de Rossi, percebemos que se trata de um rapaz subversivo (gosto muito dessa palavra). E para mostrar serviço, oferece uma efeméride sobre García Lorca, uma das primeiras vítimas da Guerra Civil. Descrevia assim a morte do poeta e dramaturgo espanhol:

Há dois anos, em obscuras circunstâncias, deixou-nos o grande poeta espanhol Federico García Lorca. Pensa-se em seus adversários políticos, porque foi assassinado. O mundo todo ainda se pergunta como pode acontecer uma barbaridade dessas.

Todos os dias eu me pergunto sobre as barbaridades a que assistimos.

Mas o paradoxal Pereira não tem coragem de publicar o que Rossi oferece. Quer que o rapaz escreva sobre um tal de Bernanos. O que me lembra que o jornalista é católico, leva a sério a religião. É preciso que o padre franciscano Antonio lhe abra os olhos - você é livre para fazer suas escolhas pessoais, mesmo sendo católico.

E Pereira sente, não sabe, que para ser livre e informar as pessoas de modo correto, é preciso se posicionar. Reflete que a filosofia parece só tratar da verdade, mas talvez só diga fantasias, e a literatura parece só tratar de fantasias, mas talvez diga a verdade.

Assim ele descreve o maior poeta português:

Fernando Pessoa deixou-nos há três anos. Poucos o perceberam, quase ninguém. Viveu em Portugal como um estrangeiro, também porque fosse um estrangeiro em todo lugar. Vivia só, em modestas pensões ou quartos de aluguel. Lembram-nos os amigos, os companheiros, os que amam a poesia.

Ironicamente, o velho jornalista busca informações no Café Orquídea, onde o garçom Manuel relata as últimas notícias que seu primo ouve da Radio Londres, pois os jornais portugueses fantasiavam os acontecimentos. Portanto, para estar informado, era preciso perguntar nos cafés ou comprar jornais estrangeiros, porque em Portugal todos estavam iludidos e reduzidos ao silêncio.

Há quem odeie o Pereira como personagem. Até o chamaram de medíocre. Não concordo. É necessário entender as entrelinhas desse texto. Tabucchi foi engenhoso e sabia bem o que estava escrevendo. Diferentemente do Ricardo Reis duplamente ficcionalizado, que se contentava em assistir ao espetáculo do mundo, o Pereira agiu, fez o impossível e se livrou da autoilusão da pior maneira. As últimas páginas chocam e revoltam, mas são importantíssimas como uma mensagem para que continuemos atentos. Os anos sombrios nos rondam há algum tempo. Contudo, temos uma arma chamada literatura.

site: https://livroselabirintos.blogspot.com/2020/08/afirma-pereira-e-os-nossos-dias.html
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Luiza.Kaiser 02/08/2023

Afirma Pereira - Antônio Tabucchi
Se passa em Portugal, década de 30 em plena ditadura salazarista.

Começamos o livro com o Doutor Pereira, diretor d apavora cultural do jornal vespertino Lisboa. Perdeu a esposa para a tuberculose e a morte vive o rondando, já que possui problemas cardíacos e é obeso.

Doutor Pereira leva sua vida pacata e alheia a sociedade até que decide contratar Monteiro Rossi como estagiário do jornal, para que fizesse necrológios antecipados de grandes artistas. O que ele não imaginava era que Monteiro e Marta, sua namorada, são reacionários contrários ao governo vigente, e acabam por mudar muuuuuito sua visão de mundo.

Trazendo temáticas como o arrependimento, Pereira começa a perceber que, o que ele achava que pertencia a outras nações, acontece também em Portugal: censura, polícia assassina e tortura.

Em conversa com seu médico em uma clínica talassoterapica, descobre que existem vertentes filosóficas que afirmam que possuímos inúmeras almas dentro de nós, lideradas por um eu hegemônico. Pereira acredita que seu eu hegemônico esteja mudando e assumindo uma nova alma ao ?comando?.

O protagonista se torna cada vez mais complexo, até que se reencontra com Monteiro Rossi e o ápice da violência acontece no livro (o que me deixou bem mal), mas é uma virada de páginas para o Doutor Pereira, que toma uma decisão completamente inusitada para o senhor de meses anteriores.

Achei o livro mto agradável, diversas passagens cômicas, com personagens bem trabalhados e um enredo interessante.

Eh um livro diferente.. aborda solidão e arrependimento!
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Fatima.Caitano 24/07/2023

É uma leitura que tento fazer desde o ano passado. Por ser uma temática que gosto, fiz uma segunda tentativa. Mas pra ser sincera, não gostei muito. Não que o livro e a história sejam ruins, longe disso. Só não me apeguei a história como esperava. Mas valeu muito dar uma segunda chance.
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Lais.Lagreca 23/07/2023

Vale a pena ler, afirma Laís.
É possível se manter alheio do que é político?
Existe essa coisa de "imparcialidade", "neutralidade"?
Não escolher uma posição é por si só uma tomada de posição?

Vivendo num período contubardíssimo, a longa ditadura salazarista, Pereira, nosso personagem meio sem graça, que faz coisas repetitivas, leva uma vida solitária e não tem mais nenhuma ambição, pensa ser possível viver uma vida sem precisar se posicionar.
Como jornalista, trabalha com assuntos com os quais acredita poder fugir ao "polêmico", ao proibido em um país que vive sob regras de uma ditadura.

Mas será possível mesmo?

Sua vida ganha certo movimento com a chegada de um jovem estagiário, a quem Pereira contrata para lhe ajudar na redação dos necrológicos do seu jornal.
Então, o marasmo de sua vida repetitiva ganha emoção, mas uma emoção nada bem-vinda a quem vive com medo.
A inércia de Pereira parece ser reflexo de um período em que as pessoas não sabiam mesmo o que fazer, aonde ir, em um mundo ameaçado pela guerra.
...
Mas, ainda assim, há quem não se permita a apatia, como opção de vida, pois não dá para desistir da liberdade. E esse alguém não era Pereira...
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Kimberly30 11/07/2023

Afirmo que é um bom livro
Você pode se sentir deslocado ao iniciar uma leitura com tantas afirmações, mas Tabucchi consegue, em poucas páginas, nos apresentar ao Dr. Pereira para, logo então, transformá-lo em algo a mais.

Acompanhamos uma verdadeira transformação que leva a um final ao mesmo tempo óbvio e surpreendente.
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