Morte e vida severina

Morte e vida severina João Cabral de Melo Neto




Resenhas - Morte e Vida Severina


622 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


lu 28/05/2015

Morte e Vida Seveina
O livro é dividido em quatro capítulos,que retrata o sofrimento da população pernambucana. É dramático e fala de uma história de um retirante nordestino, que sai de sua cidade natal, em busca do pão para sobrevivência, porque no Nordeste a vida é dura e a terra está seca, e não tem o que pranta e nem o que comer sendo assim ele vai embora com a família em bosta de melhoras.... pra sambem mais leia o livro pois é ótimo.
comentários(0)comente



Dose Literária 24/11/2014

Palavras Lapidadas - João Cabral de Melo Neto
Já disse em outras oportunidades que a poesia não é meu estilo literário preferido. No entanto, me interessei por “Morte e Vida Severina”, desde a leitura de “A Estória do Severino e A História da Severina” (Ciampa, A.C.) durante a faculdade de Psicologia. Além da interessante tese sobre a construção da identidade de dois personagens (um ficcional e outro real) em seu viver e possibilidades, fiquei impactado pelo uso de João Cabral fazia da palavra Severina, como adjetivo.

Continue lendo em

site: http://www.doseliteraria.com.br/2014/11/palavras-lapidadas-joao-cabral-de-melo.html
comentários(0)comente



Ana Luiza Laet 01/04/2014

O melhor.... não me canso de dizer!!!
comentários(0)comente



Fabio Michelete 23/10/2014

Palavras Lapidadas - João Cabral de Melo Neto
Já disse em outras oportunidades que a poesia não é meu estilo literário preferido. No entanto, me interessei por Morte e vida Severina, desde a leitura de A Estória do Severino e A História da Severina (Ciampa, A.C.) durante a faculdade de Psicologia. Além da interessante tese sobre a construção da identidade de dois personagens (um ficcional e outro real) em seu viver e possibilidades, fiquei impactado pelo uso de João Cabral fazia da palavra Severina, como adjetivo.

E se somos Severinos
Iguais em tudo na vida,
Morremos de morte igual,
Mesma morte Severina
Que é a morte que se morre
De velhice antes dos trinta,
De emboscada antes dos vinte,
De fome um pouco por dia (...)

Quando tive a oportunidade de ler o poema inteiro, não hesitei. A recompensa foi incrível. Havia outros de igual qualidade, fazendo par com Morte e vida Severina, em especial Auto do Frade, e O Rio, com seu tocante início, que compara o curso da vida do retirante ao de um rio. Nasce na serra, e corre para o mar:

(...)Eu não sei o que os rios
Têm de homem do mar;
Sei que se sente o mesmo
E exigente chamar.
Eu já nasci descendo
A serra que se diz do Jacarará
Entre caraibeiras
De que só sei por ouvir contar
(pois, também como gente,
Não consigo me lembrar
Dessas primeiras léguas
De meu caminhar).

Uma coletânea de poemas ótimos. Páginas e páginas de frases colocadas cuidadosamente, para serem relidas, saboreadas, ecoadas. A alma do brasileiro traduzida em uma bonita essência, captada pela mente aguda do poeta. Qualquer tentativa de seleção é injusta:

(...)É de bom tamanho
Nem largo nem fundo,
É a parte que te cabe
Deste latifúndio.

Vou dizer as todas as coisas
Que desde já posso ver
Na vida desse menino (.,,)
Cedo aprenderá a caçar:
Primeiro, com as galinhas,
Que é catando pelo chão
Tudo oq eu cheira a comida;
Depois, aprenderá com
outras espécies de bichos:
com os porcos nos monturos,
com os cachorros no lixo.

A forca não vive em monólogos;
Dialética, prefere o diálogo.
Se um dos dois personagens falta
Não pode fazer seu trabalho.
O peso do morto é o motor,
Porém o carrasco é o operário.

Tal qualidade preciosa me deixou triste após concluir a leitura. Mario Sérgio Cortella falava da miojização do mundo, da despamonhalização da vida (é... procure no google). Fiquei pensando em nossa mediocridade, de arte-pela-grana, de pouco tempo para digerir qualquer coisa, fast-food cultural. O que nos livra de tropeçar nas tentativas de simplificar nossa língua, ao invés de ensiná-la corretamente? Como fugir dos com migo, concerteza" e menas? O caminho das letras é delicioso, mas pouco conhecido de nosso povo cheio de maniqueísmos e ideias rasas.

Quem paga para um escritor lapidar as emoções em palavras, até que se chegue ao nível de nossos mestres? Acho que não há mais condições para que alguém escreva algo desta qualidade, que possa dedicar uma vida ao estudo e ao entalhe das letras. Há pouco estímulo à excelência estética entre a busca do pão e uma consulta à tela do celular. Não é de entristecer?
comentários(0)comente



Monique Neves 02/08/2010

O poema é um relato da trajetória de um nordestino (Severino) ao litoral em busca de melhores condições de vida. O Retirante sai de sua terra natal, Pernambuco, fugindo da estiagem. Poema dramático relatado em primeira pessoa.Um clássico da literatura.
comentários(0)comente



KamillaBarcelos 22/01/2009

Alguém sabe fazer leitura dinâmica? Não? Nem precisa, o próprio livro tem a sua, uma vez que é impossível lê-lo sem cantá-lo! Além disso, toda a história é emocionante!
comentários(0)comente



GCV 07/04/2009

Insossa
João Cabral de Melo Neto não gostava nem da textura da obra nem da leitura política que fizeram dela; pois bem, concordo inteiramente com ele.

Certamente, 'Morte e Vida Severina' não é a melhor tacada do 'arquiteto da poesia'. Chega a ser irônico que um escritor que tenha dominado com tamanha maestria a complexidade do poema falhe justamente ao fazer uma linguagem simples. Essa é a obra que mais rendeu a João Cabral o merecido reconhecimento, mas não apresenta nem a desolação da miséria em toda a sua força como em 'O Cão sem Plumas', nem o ideal de poesia proposto por ele em 'Fábula de Anfion'. É, a despeito da opinião majoritária, uma obra menor na produção de João Cabral.

Funcionaria, contudo, como uma obra de cordel, como o autor a imaginara; mas a super-interpretação da esquerda à época a colocou como obra manifesto em prol da reforma agrária e outras questões. Pena: eu teria gostado mesmo era de ouvir 'Morte e Vida' em uma roda de cordel.
comentários(0)comente



leticia.albrecht 19/11/2024

2/4
Não costumo gostar muito de poesia, mas, das 4 partes, gostei muito de 2. As melhores são ?o rio? e ?morte e vida severina?. Essas duas são incriveis
comentários(0)comente



Kelly 19/01/2011

Morte e vida severina
Não tenho o que dizer, achei muito chato!! Não é o estilo de livros que aprecio. Li, ou melhor, tentei ler durante o ensino médio para o vestibular!!
comentários(0)comente



Ana Cacau 05/09/2011

O Sertão em nós!
Este livro é um épico!
Uma das coisas mais lindas e magníficas que já li. Super recomendado!
Nesta estória a gente encontra um pouquinho de Deus, um pouquinho de popular, um pouquinho da gente.
O natal se renova, se transforma em algo presente!
É lindissimo!
comentários(0)comente



Lane Lou Salomé 06/12/2011

O personagem Severino, é uma metáfora para o nordestino que sai do sertão acreditando que em outras cidades nas quais a seca é mais branda ou não existe, a vida pode ser melhor, mas em todo percurso ele vai percebendo que a vida "Severina" independe do lugar, ou das condições climáticas, as dificuldades o acompanham, pois já fazem parte do contexto socioeconômico que está inserido, e não apenas do sertão, lugar quente, seco e de quase nenhum meio de sustentar a vida, em que permaneceu por tanto tempo.
O livro retrata o sofrimento de Severino na busca de dias melhores e também, a triste realidade de tantas pessoas. Dentre as dificuldades enfrentadas pelo personagem, uma delas foi quando resolveu abordar uma senhora que se encontrava numa janela que avistou, perguntando se havia vaga de emprego, a senhora o disse que havia, porém quando o perguntou sobre o que sabia fazer, aquilo que o sertão o impôs a aprender (lavrar, cuidar de gados...) não lhe foi suficiente para conseguir o trabalho.
Encontramos situações similares em nosso país, a desigualdade social faz com que pessoas de baixa renda ou de quase nenhuma renda, tenham meios de sobrevivência subumanos, onde o endereço das moradias de alguns é encontrado logo abaixo de uma ponte, e um pedaço de papelão sobre o chão (quando há) ocupa o lugar de onde deveria haver uma cama. Sem lugar adequado para morar, há de se encontrar ainda menos, acesso a educação, com isso, não tem como haver emprego disponível para estas pessoas, pois limpar vidros de carro com uma flanela ("Trabalho de alguns") não é uma qualificação suficiente para uma vaga de emprego. Uma frase do livro que achei bastante reflexiva foi: "A cada dia morre gente que nem vivia". Seja esta morte por fome, doenças ou suicídio por não suportar a "vida", continuarão morrendo quem nem vivia, enquanto as políticas públicas não funcionarem adequadamente e o Estado for "instrumento de classe dominante. Sempre!?
comentários(0)comente



Prosasuzana 05/02/2012

O livro se divide em várias partes, e vai narrando a história de um navegante do nordeste que foge da seca. Imagine só narrar uma história em forma de poesia, e ainda um assunto tão complexo! Há quem não goste, mas eu não me arrependo de ler essa obra, pois é simplesmente um livro que merece reconhecimento, Muitos de nós, não nos interessamos por assuntos de história, acham um tédio ler poemas, seria bom se nos interessasemos mais (começando por mim), são histórias de valor, que acrescentam ensinamentos e opiniões para nossas vidas.
comentários(0)comente



Jess 24/02/2012

O espetáculo da vida
Morte e vida severina é um dos mais conhecidos poemas de João Cabral de Melo Neto,publicado originalmente em 1965 é um belíssimo poema que retrata a fome e a miséria nordestina.Inicia-se com a apresentação de Severino retirante onde ele explica que existem vários severinos iguais em tudo na vida,ou seja,iguais na miséria e no sofrimento.
Em todo o enredo Severino busca esperança onde não há esperança,busca vida onde só existe a morte.No decorrer sua jornada ele se depara com a fome, o desespero e severinos como ele buscando viver apesar da perseguição da morte.
Existe um momento no poema em que Severino chega á Zona Da Mata onde tudo supostamente é doce,terra repleta de rios e campos verdes, por um estante renasce nele uma esperança que ele não havia se permitido até então.
Contudo ele presencia mais uma morte,morte por conflitos de terra,porque onde há abundância existe também a ganância.
O poema é emocionante e refletivo,pois aquela era realmente a situação dos nordestinos daquela época e de certa forma existem ainda nos dias de hoje brasileiros que lutam pela vida onde só existe morte.
No encerramento do poema João Cabral De Melo Neto nos presenteia com o nascimento de uma criança que renova a esperança de Severino,pois ele só havia encontrado morte,o nascimento da criança trouxe vida ao coração de dele,porque apesar da angústia ainda havia uma criança que podia lutar por melhores condições de vida.
comentários(0)comente



Fabio Shiva 15/04/2012

faca afiada
Essa edição da Alfaguara (Ed. Objetiva) na verdade traz uma compilação de quatro obras do autor, sem dúvida alguma um dos maiores poetas brasileiros.

Em O Rio, longo poema de 1953, temos a original narrativa do Rio Capiberibe, que conta sua trajetória desde a nascente até alcançar o mar, na cidade de Recife. O próprio Rio é quem conta o seu trajeto, cenário ponteado pelo sofrimento humano.

Em Paisagens com Figuras (1954-1955), temos vários poemas curtos que alternam cenários de Pernambuco e da Espanha, em um inusitado contraponto que reflete a biografia do poeta, nascido em Recife e diplomata na Espanha.

Uma Faca Só Lâmina (1955) é a imagem talvez da obsessão poética de João Cabral de Melo Neto, uma faca cortando o poeta por dentro, tornando o seu olhar aguçado para a realidade, empenhado em “não poetizar o poema”, em não colocar perfume nas flores, mas em... em o que? Só lendo para sentir por si mesmo e descobrir.

Mas é mesmo Morte e Vida Severina (1954-1955) a obra-prima, tão poética e profunda que nem saberia como dizê-lo. Ao término da leitura, senti um nó na garganta, que a poesia de JCMN faz chorar por dois motivos. Primeiro, por lembrar de tanta gente sofrendo tanto, meu Deus! E segundo, por mostrar esse sofrimento de forma tão bonita!

***

Comunidade Resenhas Literárias

Aproveito para convidar todos a conhecerem a comunidade Resenhas Literárias, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:
.
http://www.comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/
*
http://www.facebook.com/groups/210356992365271/
*
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=36063717
*
comentários(0)comente



Adriana Rocha 01/01/2009

Pela margem do Capibaribe...
Esse é sem sombra de dúvida meu livro favorito na literatura brasileira. Não só por sua linguagem simples, em redondilha maior, mas por sua profundidade. Tenho o prazer... não, a HONRA de morar a margem do Capibaribe e cultuo essa obra. Não é porque canta a minha terra, é porque ela transformou a definição de retirante/imigrante um termo tão 'severino'. "Só Morte tenho encontrado, quem pensava encontrar vida. E a pouca vida que há, ainda é vida severina..."
comentários(0)comente



622 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR