Leandro.Bonizi 19/12/2022
O livro possui quatro cantos para vozes, segue a ideia de cada um e citações:
1. O Rio
O poeta canta a natureza como se tivesse uma intimidade com ela. Ele e personifica. Parece que ele sabe o nome de todos os rios do Sertão. Não só dos rios, mas da região, das igrejas, etc. Trata da seca. Fala da vida difícil que os que moram lá sofrem. Parece que ele faz uma jornada pelo Sertão, boa parte navegando pelos rios, e o vai descrevendo e nomeando tudo que vê. Fala muito de uma usina trouxe muitos males à região e às pessoas, é uma grande inimiga do Sertão. Fala dos canaviais e as péssimas condições de trabalho lá. Fala dos desastres naturais que atingem a região.
"A terra vou deixando
de minha infância primeira"
"A mesma dor calada,
o mesmo soluço seco,
mesma morte de coisa
que não apodrece mas seca"
27. Morte e Vida Severina
Também fala das difiçulddes do Sertão. Como era de se esperar, fala da morte, e percebe-se que a expectativa de vida era baixa na região. Há muitos diálogos envolvendo coveiros. Os diálogos possuem ritmo.
"— E belo porque com o novo
todo o velho contagia"
61. Dois Parlamentos
Um diálogo sobre os mortos no cemitério, depois a reflexão sobre vida de cossacos.
"— Se não são da mesma mãe,
irmãos da mesma morte."
81
Reflexão sobre o ato de dormir e algumas associações com a morte, muitas entre diálogos de detentos. Um deles condenado à morte, e o enredo gira em torno dele. Há diálogos longos que seguem a mesma rima neles inteiros.
"O mundo tem alma autônoma,
é de alma inquieta e explosiva"