Morte e vida severina

Morte e vida severina João Cabral de Melo Neto




Resenhas - Morte e Vida Severina


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Lannah 25/03/2020

Sendo bem honesta não esperava muito desse livro. Comecei a ler por estar entre as leituras obrigatórias do vestibular mas me encantei com a história. A mensagem passada pelo auto de Natal é algo que nos faz enxergar a vida de outro modo.
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Michele.GaviAo 22/03/2020

Um livro bem interessante que fala da vida no sertão gostei muito indico a todos que querem ler um gênero diferente e o melhor é literatura nacional.
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Thamara 21/03/2020

Seca
Livro muito profundo e poema rico em detalhes.
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Dressa 18/03/2020

Muito bom. Gostei muito das imagens/sensações que o autor passa através das narrativas.
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Vaz 16/03/2020

Estudo de Obra
(Essa edição especificamente além de conter os poemas também apresenta um estudo de obra e de autor, fazendo com que a análise tenha que ser adaptada.)
Este livro apresenta os grandiosos e críticos versos dos poemas de João Cabral de Melo Neto, que sem sombra de dúvidas possuem uma harmonia e peso cultural tão presente e real que faz desta literatura atemporal. Como havia dito esse livro traz também um estudo de obra e autor, que para mim, foram de extrema valia, já que contextualiza ainda mais os fatos. Super recomendo para quem quer começar a literatura clássica brasileira e ainda aprender sobre um dos grandes escritores da mesma.
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jon 02/03/2020

O Rio e Morte e vida severina
Em “O Rio”, o curso do rio Capibaribe é brilhantemente narrado por um eu lírico que mescla características humanas, assim, a todo o momento, o próprio rio assume a posição humanizada de um retirante em busca do mar. É um rio que vê; que sente e vive o seu caminhar. Desde seu nascimento, sabe que seu destino é o mar: “Sempre pensava em ir / caminho do mar. / Para os bichos e rios / nascer já é caminhar” (p.13). Então, segue seu predestinado curso, no qual vê as paisagens passarem, mudando e escolhendo os caminhos, divide-se em braços e une-se aos outros rios no que descreve como um abraço. A trajetória, portanto, é repleta de referências geográficas, como nomes de cidades pernambucanas, que indicam o percurso do rio e a percepção de espaço deste. Por fim, a relação entre o rio e as pessoas que viajam do interior à capital é selada como lição final do poema.
Mais adiante, em “Morte e vida severina”, a trajetória do rio é narrada agora pelo olhar do retirante. Em uma caminhada recheada de questionamentos, indagações e observações sobre seu destino, o retirante depara-se com a morte e a vida constantemente. O que é viver, afinal? Que vida é essa a que ele leva? A de seguir o caminho do rio, morrer ao chegar no mar...? Esse poema tem muitas camadas, nuances, pra mim, pode ser lido diversas vezes e será diferente em todas elas. Certeza está na lista dos favoritos de sempre
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Victor.mcrv 28/02/2020

Lindo e triste
Não sou muito bom com poemas, mas mesmo assim admiro esse livro pela beleza das palavras e pela história que ele conta, de um povo forte e resiliente, que são nosso povo nordestino.
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Priscila.Pieper 25/02/2020

MORTE E VIDA SEVERINA
Em sua obra mais famosa, Morte e Vida Severina, João Cabral de Melo Neto aborda de forma bem dicotômica, uma temática regionalista, a vida do sertanejo brasileiro.
O cordel narra a história de Severino um sertanejo que se sente preso à morte, como todo os outros do sertão. Suas sentenças foram declaradas em seus nascimentos: morrer de emboscada antes dos vinte anos, de velhice antes dos trinta e de fome um pouco a cada dia.

Tentando burlar o sistema e fugir do trágico destino, Severino sai em busca de uma vida melhor no litoral, assim, inicia sua jornada rumo à Recife. Para isso, deve enfrentar o tão temido deserto. Neste primeiro momento, a morte é presença constante e a famosa imagem de um sertão de chão duro, seco, com pouca água e muito trabalho duro se torna o pano de fundo da narrativa. .

Em sua caminhada, Severino encontra com diferentes personagens que, de maneira sutil vão mostrando a vida recheada de privações e opressões do nordestino. De pessoas mortas por latifundiários à falta de alimento, Severino entende que a morte é a maior empregadora desse sertão miserável. .

Após sua chegada em Recife, a esperança de vida se faz presente. Mas dizem que alegria de pobre dura pouco,e então, Severino conhece a realidade do sertanejo recém chegado ao litoral, uma realidade marginalizada. A morte continua presente, no entanto ao invés de enterrar os que já partiram no solo duro do sertão, enterram no chão amolecido do mangue. .

A miserável realidade choca Severino,
que não sabendo lidar, tenta tirar a própria vida, jogando-se no rio Capibaribe. Mas é contido pelo carpinteiro José, que narra o nascimento do filho. Neste trecho, o cordel faz uma analogia direta ao nascimento de Cristo. .

Apesar de ter a morte sempre à espreita, a história termina com a vida que insistindo em florescer em meio à tanta miséria, fechando com chave de ouro a narrativa dicotômica. Morte e Vida Severina, se torna assim, uma ode aos dramas diários e à capacidade de adaptação dos retirantes nordestinos.

site: https://www.instagram.com/vestidadeletras/
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uma.dose.de.literatura 08/02/2020

Gostei
Com poemas lindíssimos, João Cabral de Melo Neto fala sobre os retirantes que vão em busca de uma vida melhor, seca, nordeste, enfim. Me emocionei com alguns e amei esse primeiro contato com o autor.
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VonWry 02/12/2019

Poema
O livro mostra a vida sofrida e dramática de Severino.

O livro é uma crítica social, escancara a desigualdade nessa região da caatinga.

Resumindo é uma jornada até o litoral buscando melhores condições de vida.

Durante a jornada severino observa que nada muda. Percebe que ele é só mais um.

É um pouco triste.

Achei a leitura um pouco massante, talvez não seja a minha preferência, claro.

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EvaíOliveira 17/11/2019

Meu nome é Severino...
Muita criativa a história contada nesse poema: a morte diária dos Severinos, que tem como resultado o nascimento para uma nova vida, que representa a esperança.
A adaptação para a TV, musicado por Chico Buarque, ficou muito interessante.
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Bete.Aragao 06/10/2019

Um clássico regionalista. Só sentir mesmo!!!
#literaturabrasileira
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Henrique 05/10/2019

Ensaio sobre Morte e Vida Severina
Um dos procedimentos mais evidentes de Morte e Vida Severina é o atravessamento da palavra concreta como potência sensorial na construção de um mundo seco, cujos cortes geométricos localizam as personagens em cenários de fome e sofrimento. Tais referências acontecem explicitamente, pois para João Cabral de Melo Neto não há outro modo de contar que não seja pelas palavras cristalizadas e precisas de um mundo caótico e disforme. Mesmo na aproximação física das personagens parece haver um distanciamento pois há o vazio do ronco do estômago incinerando-as por dentro. Nenhuma forma de convivência é mediada sem o barulho expressivo da fome.
Nesse mundo de privações, o recorte detalhado, perfeccionista de versos, trabalha em função de um mundo refratário e episódico, como vísceras enraizadas na realidade agonizante das pessoas que pelo poema transitam.
A despeito da realidade social dura e miserável, há uma solidão no retirante protagonista, agonizando de privação totalizada num mundo em que a completude dos sentidos se mostra inacessível, mera ilusão como oásis num deserto. A ausência habitual do eu lírico abraça a fidelidade das personagens; só estas merecem a palavra, ainda que de dor. Por vezes, parece que encontram liberdade nessa obsessão estrutural de João Cabral.
Por vezes, é esse perfeccionismo cabralino que inaugura a sensação de cárcere em um mundo vasto e sem fronteiras, um paradoxo entre paisagens abrangentes e transeuntes cujos vestígios deixam rastros árduos duma existência incompleta, materialmente incapaz de revelar-se num todo. Isso podemos ver pela ausência da subjetividade poética, que inaugura e otimiza espaços discursivos no vai e vem das pessoas em buscas de oportunidades onde os rios terminam, no mar de Recife. Em seu início, lemos: " O meu nome é Severino,/ como não tenho outro de pia". Na sequência, este Severino - que é muitos severinos- vai especificar cada vez mais sua identificação: "deram então de me chamar/ Severino de Maria;/ como há muitos Severinos/ com mães chamadas Maria,/ fiquei sendo o da Maria/ do finado Zacarias". O poeta parece apenas conectar, com o rigor da forma, testemunhos que o atravessam, que formam vozes discursivas por si só, como se o escritor atendesse a um chamado de testemunho. O poeta dá sintaxe ao trânsito retirante das personagens.
Ali, no trânsito do sertão rumo a Recife, se dá a condição perpétua de retirante, algo que deixa de ser um adjetivo transitório para caracterizar integralmente as personagens. Apesar da origem comunitária dessas pessoas, essa identificação de pertencimento é rasgada pela e durante a longa viagem.
Os procedimentos de composição de Morte e Vida Severina incluem a fragmentação em episódios, em que Severino é apenas testemunha calada em certos acontecimentos. Os poemas aludem sempre a uma infinidade de histórias por contar, uma constelação não dita de narrações possíveis com as quais Severino se depara.
Se o poema permite-se pegar emprestadas essas hipóteses de histórias, é para funcionar justamente como a retirada de seu protagonista que, furtivo, passa pelos lugares procurando emprego e ouvindo causos, sem deixar uma contribuição expressiva a esses locais.
Procedimentos elaborados em histórias justapostas que compõem um painel das dificuldades da retirada, da busca por um lugar messiânico tão impossível quanto distante.
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samuelcarneiroh 24/06/2019

Um Livro Regional
Morte e Vida Severina foi um livro escrito por João Cabral de Melo Neto em 1956. Em 1966, a obra vira uma peça de teatro, sendo encenada no Teatro da Universidade Católica de São Paulo; A peça tem tanto sucesso, que é encenada também em Portugal e França.

Morte e Vida Severina é uma obra em forma de poemas que aborda toda a dificuldade do Sertão; Retrata a vida do retirante Severino que sai da seca indo rumo ao litoral (Recife). Durante toda a sua trajetória, encontra privações, seca e mortes, em busca da tão sonhada vida melhor.

"E se somos Severinos      
iguais em tudo na vida,      
morremos de morte igual,      
mesma morte severina:     
que é a morte de que se morre     
re velhice antes dos trinta,      
de emboscada antes dos vinte,     
de fome um pouco por dia      
(de fraqueza e de doença      
é que a morte severina     
ataca em qualquer idade,     
e até gente não nascida).      
Somos muitos Severinos     
iguais em tudo e na sina:     
a de abrandar estas pedras  
suando-se muito em cima,      
a de tentar despertar      
terra sempre mais extinta,      
a de querer arrancar      
algum roçado da cinza."
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