Seringal

Seringal Miguel Jeronymo Ferrante




Resenhas - Seringal


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Evy 19/04/2023

Uma linda leitura
Uma leitura que muito gostei, principalmente por ser ambientada no estado que mora, passa em um tempo que eu nem sonhava em existir, porém, conheço bastante histórias dessa época pois minha avó conta bastante, e ver algumas histórias que ela contava escrita em um livro e lindo, principalmente as lendas e vivência dos seringais.
Para quem não é familiarizado com o modo de falar dessa região pode acabar encontrando dificuldade em entender algumas palavras, deixando a leitura mais devagar, porém, nada que um Google não resolva.
Super indico a leitura, principalmente para quem quer conhecer mais sobre o estado do Acre, o maior produtor de borracha, e sobre os seringais, inclusive a minissérie "Amazônia: de Gálvez a Chico Mendes" foi inspirada nesse livro.
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Paola 12/04/2023

Oitava leitura feita como parte do Clube do Livro Prateleira/AC - Abril 2023.


Finalmente conseguimos ler "Seringal" e esse ano o livro faz 60 anos.
Uma leitura tão próxima, já que a história se passa aqui pertinho de Rio Branco, mas que parece tão distante, mesmo que tenha sido uma realidade tão recente também.
A vida difícil do seringueiro, contada do ponto de vista de Toinho, ainda adolescente, cheio de esperanças que logo se desfazem, tendo como ponto de declínio, o estupro que Paula sofre e afeta (ou deveria afetar) o Seringal Santa Rita.
Assisti Amazônia: de Galvez a Chico Mendes, e esta tem alguns pontos em comum com a história, já que o livro serviu como inspiração.
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charlesnascimento 28/03/2023

Seringal de Miguel Jeronymo Ferrante (também conhecido como pai da novelista Glória Perez)

Miguel nasceu e viveu 43 anos no Acre (última região a ser anexada ao território brasileiro, antes pertencente ao território da Bolívia) conhecia de perto o desamparo do seringueiro, muitos desses vindos do Nordeste atraídos pela borracha, a seiva milagrosa das seringueiras. Seringal narra de perto a vida dessas pessoas, que ao chegar aos seringais se defrontava logo com o Coronel autoritário que os obrigava a vender toda a borracha extraída para ele, cobrava preços abusivos na Mercearia, cobrava pelas ferramentas e pela barraca que viveriam os seringueiros, antes de começar a trabalhar já deviam a alma ao Coronel. Aproveitando também que as Leis do país não alcançava aquela região, era costumeiro as coisas se resolverem na ponta da faca e aos comandos do Coronel, voto de cabresto, obediência aos mandos e desmandos do Coronel, o livro embora ficcional é uma aula de história. - Olha filho, não carece pensar. Trabalha. Véve tua vida. Sempre que seringueiro se arvora em pensador, e quer fazer coisas diferentes, acaba maldito.

Toinho, o personagem principal muita das vezes fica em segundo plano observando as figuras emblemáticas que compõe o Mosaico da história: O Coronel, o médico que se transforma em político, o padre indignado com as injustiças dos seringueiros, a jovem ultrajada... enfim, um livro aue vale a pena ser conhecido, um capítulo da nossa história, da história do nosso país que vale a pena ser conhecido.

O livro foi uma das fontes inspiradoras para a minissérie AMAZÔNIA - De Galvez a Chico Mendes que Glória Perez escreveu para a Rede Globo em 2007 e faz parte do meu projeto de ler livros que foram adaptados para a televisão.

* Resenha editada em Janeiro 2019
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@otiobacca 05/05/2021

Miguel Ferrante nos transporta à densa vida do homem desbravador amazônico do século XX, do seringueiro que vivia em dívida com seu "senhorio", o seringalista.

Em meio a era de ouro da borracha, passando pelas grandes guerras, o apático seringueiro conhece a verdadeira natureza humana, conhece o lado doentio de seus iguais e de si mesmo, conhece a fome e busca sobreviver, agarrado a mais fina esperança por dias melhores.

Ao lado de O Empate de Florentina Esteves e Terra Caída de José Potyguara, constitui o retrato amazônico, as histórias e jornadas do meio da selva, do meio do nada.

Recomendo à todos os acreanos, aos nortistas e à todos que queiram conhecer um pouco mais as histórias da selva amazônica e de sua árvore mãe, a seringueira.

"[...] - Deus do Céu, aquilo não é árvore, é vivente. [...] Óia, não me envergonho de dizer a vosmecê [...] que me dá vontade de abraçar ela, de lhe fazer carinho. Vosmecê já viu seringueira virgem, que não é cortada, não viu? Que bonito! Fica endoidecida, a desgraçada, e se a gente não 'corta', acaba espocando, desfazendo-se em leite. Inté parece que se suicida. Não tenha dúvida, é vivente..."
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><'',º> 30/12/2020

O romance Seringal foi uma das suas mais belas obras. Romance permeado de tendências literárias, onde sobressai-se a tendência naturalista. Tendência esta que versa pelo individualismo e pelo real sensível dando à literatura um caráter de documentário enfocando as mazelas humanas vivenciadas em meados do século XX.

Obra de grande singularidade que junto com "Terra Caída" do escritor José Potyguara serviu de base para que a escritora Glória Perez fundamentasse a minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes.

A maioria dos momentos vivenciados pelos personagens de Seringal ocorrem no seringal Santa Rita localizado no Vale do Acre, sobre o comando do coronel Fábio de Alencar, pelos idos da década de 40, do século XX, onde o Acre vivencia último A ação se desenrola no instante em que Toinho, personagem principal chega ainda Ciclo da Borracha.

A ação se desenrola no instante em que Toinho, personagem principal chega ainda adolescente à sede do Santa Rita da qual seu padrinho era dono. Desse modo fica sob os cuidados do padrinho. A grande tensão da narrativa se dá quando a personagem Paula é violentada pelo filho do coronel e vai aos poucos ficando debilitada. O menino passa a conhecer aquele universo marcado por violentas paixões, por injustiças e crimes.

PAMELA CLIVELA ANASTACIO

O artigo na íntegra pode ser encontrado em

site: alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem12/COLE_3200.pdf
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Ana Peres 02/02/2016

História do Brasil
Muito bem escrito. Nos transposta ao seringal. Revela a estrutura de poder, explicitando características tão nossas e que estão presentes na sociedade brasileira e mesmo no cotidiano tão longe dos seringais. Recomendo fortemente.
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Keka Borges 25/08/2010

Fascinate
Uma visão clara e detalhada do modo de vida dos primeiros habitantes do Acre, os seringueiros. Povo humilde, sem ambições, que achava que Deus os tinha designado a nascer, viver e morrer naquele seringal, e que o "Coronel" era o escolhido por Ele para administrar suas vidas.
Mostra cada um pedacinho esquecido das vidas daquelas pessoas, que lutavam para sobreviver, sempre sem saldo no Barracão, debaixo das ordenanças de um jagunço que se fazia cumprir as ordens do Coronel, e suas proprias leis, que puniam os traidores, e os matavam. Que festejavam até em um enterro, que desembanhavam uma peixeira, sem pestanejar. E viviam ali, unidos, cumplices de uma politica de leis proprias.
Tudo com uma linguagem propria e primitiva, humilde, que descreveu o brotar do amor, e o morrer com a injustiça.
O livro me fez repensar os reais valores da vida. O que realmente importa, no cotidiano, as coisas simples que a vida nos oferece e muitas vezes não observamos.
Otima leitura.
Recomendo, sempre. Está entre meus favoritos.
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