Andressa Miranda (@pensandoalto19 ) 10/06/2022Melhor do que esperavaCom uma narrativa que prende, que cativa e que traz diversas camadas, com personagens únicos, Balli me fez mergulhar não só na história da Nikki, mas na da comunidade sikh.
Quando comecei a leitur jurava que seria só uma história de viúvas que contavam histórias eróticas (como o título sugere), mas foi bem além disso.
Os contos foram apenas a porta de entrada para conhecer mulher fantásticas, cada uma da sua forma, que passaram por coisas complicadas e outras que ainda precisam enfrentar muitas coisas, como o trauma de perder a filha - que era livre e se viu presa por pressão da cultura a que pertencia.
Os contos serviram para tirar um pouco da casca que a vida fez que tivessem.
Tudo começou na Nikki, que achou que iria dar aulas de escrita criativa, mas caiu em uma aula onde precisava ensinar mulheres viúvas a ler e escrever em inglês. Ela, filha de imigrantes indianos, é um espirito livre, que se distanciou da comunidade e preferia uma vida mais ocidental.
Quando um livro erótico causa um furor na sala de aula, a gente passa a acompanhar essas mulheres deixando sua criatividade, ou próprias experiências, surgir, contando então as histórias. Ao mesmo tempo, a curiosidade de Nikki vai colocá-la no caminho para entender um pouco melhor o quanto pode custar tentar manter as aparências e os costumes.
Enfim, um livro muito bom, que eu me arrependo de não ter terminado se ler antes, mas que ainda assim me trouxe uma boa experiência e que terminei com um sorriso no rosto.