spoiler visualizarlantsovsfavgirl 01/08/2021
Addie LaRue
Eu não queria estar escrevendo essa resenha porque quando eu terminei eu sabia que ia querer falar muita coisa e tava morrendo de preguiça, mas mudei de ideia e é sobre isso.
Quando o livro começa, você se depara com uma escrita fenomenal, a evolução da Schwab é absurda, mas é bem aí que começa os negócio. A escrita cansa, você enjoa muito rápido. É muita narração, muito detalhamento, eu não queria saber sobre os ramos das árvores ou as pedras na estrada, eu queria ver o que ia acontecer com os personagens. Porém, pelo menos, a escrita se manteve constante, não teve altos ou baixos como eu percebo em livros que falam mais profundamente das coisas.
Outro ponto que eu não gostei é que quando voltamos para o passado da Addie, estamos no contexto da Revolução Francesa, mas é muito pouco. Começa uma narração sobre as revoltas e tudo, mas já corta porque o Luc leva ela pra outro lugar. Tiveram algumas partes do passado que eu gostei de verdade, como o Remy que MINHA NOSSA QUE TRISTEZA, mas mesmo assim achei pouco. A menina tem 300 ANOS, eu quero saber sobre tudo o que ela viveu!!!!
E outra coisa, a "lição" que o livro quer passar é que todos queremos ser lembrados, que cada um quer pelo menos deixar uma marca no mundo, mas o livro fala sobre tantas outras coisas, que isso se perdeu na história. Chegou um momento que eu esqueci que a Addie não podia ser lembrada.
Ok, agora os personagens:
A Addie não fala muito, então eu me perdi em quem ela realmente era e do que ela realmente gostava, o que também é culpa da falta de povs no passado, e teve até uma hora que eu tava achando ela chata, que não fazia nada, e pensei que ela iria acabar desistindo e entregando a alma dela, mas você sabia que não ia rolar porque 2014 estava sendo narrado.
O Henry era um personagem que eu botava muita fé, e quando começou a contar a história dele eu tava a mil, mas na mesma página o foco muda pra algo totalmente sem sentido e permanece naquilo. Eu achei muito bem feito aquele lance dele, mas mesmo assim na minha cabeça não tava tudo bem, porque o foco tava em algo que tornou o Henry egoísta e mimado, podia ter sido trabalhado/desenvolvido de uma forma diferente, ou criado algo mais trágico.
Agora a gente tem o Luc, que é o vilão, e é claro que ele tinha que ter um maxilar marcado, olhos claros, cabelo preto e ser um gostosão. Eu não entendo, de verdade, porque tem que ter essa padronização "romântica" desses personagens em específico, ele é do mal, ele ta agindo por interesse próprio, e ele só vai parar quando conseguir o que quiser, seja essa coisa boa ou ruim. Mas, eu acabei gostando dele, porque eu tava detestando tanto a Addie e o Henry, porque juntos eles são insuportáveis, que queria que o Luc jogasse tudo para o alto e pegasse a alma dos dois e terminasse logo com essa enrolação.
Eu não gostei da indecisão amorosa, achei sem pé nem cabeça. Em um determinado tempo o Luc consegue manipular ela para eles começarem uma relação e ela se culpa por isso e eu tipo "mulher????"
Mas quando chega na parte que ele aparece no aniversário dela e ela ta com o Henry, eu desesperei, sabia que ele tinha feito alguma merda e ia ferrar com tudo que eles tavam vivendo no momento.
E, para falar a verdade, o personagem que eu mais gostei foi o Robbie, mesmo tendo umas 20 falas. De todos foi o único que me fez querer saber sobre toda a vida dele.
Outra coisa também. Quando começa a ser acrescentado algo na narrativa, que torna tudo mais interessante, a Schwab já conclui isso bem ali, dando uma explicação nada com nada e ficando por isso mesmo.
Porém, eu tenho que reconhecer que é uma [*****] de uma obra e que, cacete, levou 10 anos para ser escrita. Vou deixar esse livro na minha estante, talvez seja a fase que eu estou vivendo, mas quero reler ele em uma vez futura e pode tudo fazer sentido.