O Guarani

O Guarani José de Alencar
José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - O Guarani


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lyaelia 18/11/2024

Ceci eu te odeio
Desculpa José de Alencar talvez eu não seja culta o suficiente pra ler algo dessa magnitude, mas eu simplesmente ODIEI essa história. Peri é um besta, Ceci é uma chata e todos os personagens são extremamente esquecíveis, a ideia da trama é ótima mas a forma com que é feita me dá tristeza e cansaço. É isso.
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Juleitora06 17/11/2024

O bravo e o fraco
José de Alencar entrega um romance excepcional, pequeno em relação ao número de páginas mas muito denso em relação ao conteúdo. Sua escrita se destaca por formar-se em uma frase, palavras tão elaboradas e cultas da língua que trazem um significado esplêndido e dão vida extrema ao livro.

Em relação ao romance, apesar de inovador com sua ambiguidade entre o mundo dos brancos "civilizados" e dos povos indígenas, acaba por muitas vezes se tornar repetitivo caindo nos mesmos dramas. As personagens adquirem apenas um comportamento ao longo de todo o conto, sendo os únicos que surpreendem, Peri e Álvaro, que saem de seu papel esperado e agem conforme suas vontades e suas paixões.

As personagens femininas e o patriarca, acabam por ser personagens rasos e previsíveis, que deixam o cenário mais pobre.

Quanto ao romance de Peri e Cecília, creio que nem em três vidas Cecília seria merecedora do amor de Peri, porque apesar de tratá-lo diferente dos outros, ainda assim assume uma figura demasiada imperialista.

Ao todo, é um livro muito bom, recomendo para quem estiver buscando mais sobre a literatura brasileira do século XIX!
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eevlsn 15/11/2024

Uma obra prima!!!!!
José de Alencar descreve os ambientes e personagens com uma precisão que você se apega a alguns personagens e lugares. Peri e seu amor puro e ingênuo por Ceci.
Larissa 15/11/2024minha estante
Como você conseguiu atualizar a leitura?? Estou perdida com essa nova atualização ?


eevlsn 15/11/2024minha estante
@larissa vc vai no livro ele mostra tipo o que vc quer fazer aí lá embaixo tem histórico de leitura aí vc consegue atualizar. Sofri pra atualizar tbm ?


Larissa 15/11/2024minha estante
Eu consigui aqui kkkkk, que isso Skoob ? e as letras minúsculas




Lulu Villas 01/11/2024

Religião e barbárie
Acredito que alguém que vá ler O Guarani, bem como qualquer outro clássico bem antigo, por mera obrigação não vai ter gosto pela história como eu tive. Foi indicação da escola a leitura adaptada em quadrinhos, porém eu alimentei o desejo de vivenciar a narrativa por completo e decidi ler o original.
O livro é um relato das relações de uma família colonial nas regiões agrestes do Rio de Janeiro, lá pelas margens do Parnaíba (ou do chamado Paquequer), com os aventureiros locais e as comunidades tradicionais que ali residem. A partir disso, Cecília, filha do patrono da família e residente do casarão que é palco dos eventos principais do enredo, é objeto de interesse romântico e idólatra de três virtuosos rapazes que competirão entre si pela atenção dessa moça e por suas próprias ambições pessoais ? dentre eles está Peri, o guarani, que adora Cecília com um vigor extraordinário. Responsável pela guarda de todos eles encontra-se D. Antônio, fidalgo português que preza, acima de tudo, pela lealdade, e abriga também em sua casa uma filha ilegítima que todos os dias padece por um amor não recíproco.

É difícil dizer o quanto amei a escrita de José de Alencar, ele brinca com o português de uma maneira tão admirável que me inspirou tremendamente. A narração toda é muito bonita e floreada, as descrições são profundas e recheadas de metáforas com a natureza tão esplêndida e selvagem. Esse foi um dos motivos que me fizeram criar uma conexão profunda com a história e não querer largá-la de jeito nenhum, embora também tenha sido o principal motivo para uma leitura tão demorada como ela foi. Há sim um fluxo lento e você vai lendo os capítulos aos poucos, mas eles são tão curtinhos e legais que eu nem me importei tanto com a demora.
Todavia, é claro que eu não posso deixar de falar o quanto esse livro é problemático e tem seus defeitos. "O Guarani" carrega em si o puro indianismo: aqui, é evidente a imposição de valores e visões europeus e católicos em povos nativos, sua estereotipação, o racismo e os movimentos sociais da época em que fora escrito. Tudo isso pesa o volume com um caráter ultrapassado, apesar de que, na minha opinião, não por isso desnecessário.
Em geral, gostei muito de todas as reviravoltas (e aqui tem várias mesmo!), os personagens são muito bem desenvolvidos, os vilões são interessantes e os conflitos são todos coerentes e envolventes. Peri e Loredano são geniais, cada qual com seus motivos, e eu ficava admirado com a inteligência e teimosia dos dois. Por último, Isabel é uma personagem cheia de conflitos e questões complexas, o que me fez aproximar-me dela bastante e sentir suas dores e pesares. Amei isso.
Enfim, gostei muito dessa mistura de religião e barbárie, selvageria e "civilização", e espero ter contato mais vezes com outras obras que formaram a primeira literatura brasileira.
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Kathyane.Martins 27/10/2024

Opinião
Li este livro como leitura obrigatória do vestibular da UFRGS, não me marcou, então não está entre os melhores livros que li, mas também não está entre os piores.
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matersuspiriorum 15/10/2024

Mais divertido do que parece
Por incrível que pareça eu me envolvi bastante com essa história. Diferente de "Iracema", aqui você consegue pegar o ritmo da história bem rápido. O livro vai nós apresentar uma família bem prestigiada?moradores da região do Paquequer? que vivem cercados de muitas pessoas. Entre elas, temos o Peri? um indivíduo pertencente aos povos originários brasileiros Goitacás? que possui uma grande amizade e submissão com a filha do fidalgo da família, Cecília. O que mais me chamou atenção foi a dualidade entre as religiões, e como as vezes os mais próximos de Deus são os seres mais desprezíveis ( Loredano ?)
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naoeluana 02/10/2024

Não gostei do final, achei que acaba mt do nada!! Ou será que eu só não entendi kkk. Amei as cenas de romance entre a Isabel e o Álvaro, estava torcendo mt pra eles (rip). A gente pode ignorar o racismo por causa da época né. Dito isto, Peri é mt icônico
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LeitorA.J 30/09/2024

Não consegui encontrar a edição exata que li, então vou usar essa de 2002(a que li era de 2009)
A história se passa lá em 1600 e bolinha, em uma casa bem isolada no interior do Rio de Janeiro, a escrita é bem dramática, cheia de romantismo, heroísmo e indianismo, e acredito que talvez esse seja a única dificuldade que os leitores podem encontrar, já que os diálogos nesse estilo(e característicos da época) podem ser bem diferentes do que estamos acostumados. Tirando isso o livro é de fácil entendimento, com uma leitura bem fluida e instigante.
Os personagens principais são Peri, um indígena que salva a filha de um Fidalgo português, e Cecília, a jovem em questão. Após o episodio de heroísmo de Peri o português fica muito agradecido e logo depois sua filha e Peri desenvolvem uma forte amizade, sendo índio
abertamente devoto por Cecília. O que mais achei interessante no início do livro fora a forma como autor descreve os sentimentos que estão envoltos na trama, a forma como José de Alencar relaciona as reviravoltas com o drama dos sentimentos é cativante.
Logo no início o autor nos apresenta um triângulo amoroso, com dramas românticos, conflitos entre tribos e homens brancos, traição em meio dos próprios cavalheiros do fidalgo e até falsificação de identidade!!! Esse livro daria uma ótima novela kskdkdkfkfkfk
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Robertaxs 27/09/2024

GUARANI
"O Guarani" é uma obra literária um tanto simples, que prende o leitor nas riquezas de detalhes, tanto do ambiente em passa-se a história quanto dos personagens.

Peri. Com toda certeza é o personagem mais bem construído da obra. Inteligente, forte, perspicaz, guerreiro e filho de Ararê, apesar do grande protagonismo, ele passa boa parte do tempo realizando os desejos de Cecília, outra personagem muito importante para história (confesso que a achei um pouco chata) que desperta o amor de todos a sua volta.

Uma obra maravilhosa, digna de José de Alencar!
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João Ks 25/09/2024

O Guarani - José de Alencar.

“Apaixonadamente como Peri”, diz a canção de Caetano.

A letra ecoa os traços intensos e generosos com que José de Alencar pintou o seu protagonista de O Guarani; Peri é o modelo genuíno do herói grego, com suas virtudes de nobreza, coragem, força e beleza; sintetiza, ademais, o conceito do bom selvagem evocado pela filosofia de Rousseau.

Nessa qualidade, o herói indígena exprime no mais alto grau a singeleza da bondade e a inocência do homem original; uma criatura tal que não conhece outra linguagem senão a da natureza, esse berço criador que comunica claramente os seus fenômenos através de sinais insuspeitos.

Mas Peri avança sobre as virtudes comezinhas a todo herói; não se contenta em ser somente mais um guerreiro valente, belo, forte e sábio; encontra o leitmotiv de sua existência na figura de sua senhora, Ceci, que espelha aqui, e em alguma medida, os traços da Virgem; é então que sobressaem as qualidades adicionais do nosso herói, sua dedicação e abnegação extraordinárias; o completo aniquilamento do eu em favor do outro.

As figuras de Peri e Ceci estão como que envoltas por um manto de santidade, enleadas num amor platônico; a união dessas duas personagens em torno das quais gravita toda a narrativa ocorre por força do choque de raças próprio da época do Brasil colonial.

A história se passa em 1603, quando na região da Serra dos Órgãos, onde atualmente se situam, entre outras, as cidades de Teresópolis e de Campo dos Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro, o fidalgo português Dom Antônio de Mariz e sua banda de aventureiros exploram a região em busca de riquezas e de terras para assentar sua colônia.

Esse fidalgo, pai de Cecília (Ceci), erige sua imponente morada no cimo de uma penha, às margens do rio Paquequer; ali passa a viver tranquilamente com sua família, rodeado pela exuberante selva brasileira que prodigaliza no entorno suas dádivas e mistérios, mas também seus perigos.

O romance é permeado de elementos idílicos que caracterizam esse primeiro arquétipo da literatura romanesca brasileira, erigido sobre a ternura do bom selvagem e da poesia triunfal da natureza brasileira; sobejam ali o lírico e o bucólico.

Há também aí os rastros do romance de cavalaria, que pavimenta o enredo com os valores do estilo, de que é exemplo máximo o nobre fidalgo Antônio de Mariz, honrado e leal servidor da coroa portuguesa, que tem sob seu baraço a obediência dos bandeirantes que lhe servem corajosamente nas investidas sobre as terras virgens do Brasil.

José de Alencar urdiu a trama de tal modo que os acontecimentos se revelam num movimento de vaivém; alguns fatos que se adiantam na narrativa somente são esmiuçados e esclarecidos a posteriori, o que contribui para a atmosfera de suspense e curiosidade que deitam sobre o leitor.

Evidentemente o livro se insere no gênero do romance indígena, do qual se tornou mestre o escritor José de Alencar; trata-se de um baita autor brasileiro que representou maiormente o movimento do romantismo.

Ainda que por motivos óbvios não se deva reduzir a literatura brasileira a esse único movimento literário, também não é lícito condenar o romantismo, tampouco o subgênero do romance indígena, a escritos de somenos importância.

O estilo do autor e o gênero do seu romance de excelência, o indígena, cumpriram um lugar necessário na história da literatura, exultando as belezas naturais da terra, as virtudes dos elementos e a sábia primogenitura do índio sobre o homem branco nas terras recém-descobertas.

As figuras descritas são ingênuas, idealizadas, superestimadas, e produto da mais original quimera literária do romantismo literário de José de Alencar; a natureza do entorno evolui a traços graciosos, benfazejos e inebriantes; por um momento o pecado original de desfaz e o Éden está entre nós novamente. Mas tudo isso, volto a dizer, é próprio de um certo movimento literário necessário; que como todo movimento de ideias produz seus exageros, vai lá.

É somente quando obras como essa se somam a outras do gênio inventivo, voltadas a urgências outras do espírito humano, como aquelas que marcaram o modernismo e os romances regionalistas, pejados de cinismo, de realismo e de crítica social, que então o quadro literário de um país se completa.
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Jezreela Kemilly 24/09/2024

Achei a premissa interessante e não li só por uma mera obrigação escolar. Eu gostei da história e dos personagens. É fofo ver a interação dos protagonistas. Mas aquele final estragou a experiencia. A sensação com tenho é de que ele estava completamente drogado quando escreveu, sério. Uma grande enchente e os protagonistas sobem em uma grande árvore que é carregada pela chuva e é isso. Eu terminei relendo o final achando que eu realmente não havia intendido. Talvez eu realmente não tenha a maturidade literária para entender, talvez seja alguma metáfora com o pós vida e o autor queira dizer que todos morreram. De qualquer forma não gostei do final, odeio final aberto.
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sasa b! 24/08/2024

?Somente como a nuvem não é da terra e o homem não pode tocá-la, Peri morria e ia pedir ao Senhor do céu a nuvem para dar a Ceci?
Proibido aceitar menos do que isso!
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Bianca.Huancahuari 22/08/2024

O livro é um clássico, óbvio, sem dúvidas José de Alencar é um dos meus autores preferidos, e minha paixão pela cultura indígena me influencia a gostar muito desse livro, porém é extremamente triste o final me fez chorar...
@thiagoanthonny_ 25/08/2024minha estante
você interpreta que no final os dois morreram juntos arrastados pela correnteza?




Queridolivro0 14/08/2024

Conhecendo nossa história ?
A história tem todas as características do Romantismo .O Guarani é a obra prima da fase indianista de José de Alencar, nesse romance somos apresentados à época do Brasil Colonial, a vinda dos portugueses ao Brasil e a guerra dos índios e brancos, no romance José de Alencar nos apresenta a nossa história de uma forma idealizada porém bela.

Gostei da leitura, foi como mergulhar naa aventuras de uma novela medieval.
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