Ousadas

Ousadas Pénélope Bagieu




Resenhas - Ousadas


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Renata (@renatac.arruda) 18/02/2021

Esses quadrinhos são verdadeiras fontes de inspiração pra mim. O primeiro volume tem o mérito de garimpar várias histórias antigas de mulheres que desafiaram a sociedade em suas épocas e, por isso, achei mais fascinante. Já o segundo se concentra em mulheres contemporâneas, muitas delas bastante conhecidas como Betty Davis, Hedy Lammar e Temple Grandin, o que também não deixa de encantar.

A cada história fica mais escancarado aquilo que todo mundo já sabe: mulheres geniais que são desencorajadas e desacreditadas ao longo da vida e precisam estudar e se esforçar muitas vezes mais que qualquer homem (e muitas vezes conseguir o apoio de algum deles) para simplesmente atuarem na área que desejam ou ter suas ideias ouvidas. Não à toa, muitas só alcançaram alguma coisa sozinhas na maturidade, depois de agirem conforme mandava o figurino; ou seja, estudar o que uma mulher deveria estudar, casar, ter filhos. As que tiveram a sorte de nascer em famílias ricas conseguiram algum atalho, mas não foi menos difícil por isso. Para outras a vida foi ainda mais sombria: vindo da pobreza, foram submetidas a inúmeras violências como casamentos forçados durante a infância, estupros e agressões apenas por serem mulheres. É a perseverança que faz com elas não se conformem e desistam, embora a gente saiba que nem todas terão as mesmas oportunidades de conseguir a ajuda necessária de quemgg acredita nelas como as protagonistas dessas histórias tiveram.

É o tipo de livro que vale a pena ter em casa e apresentar para mulheres de todas as idades, mas principalmente para as mais jovens, muitas vezes mais suscetíveis a duvidarem de si mesmas e se desencorajarem. Todas temos o que é preciso para conquistar o que queremos, basta não nos esquecermos disso (e nem dar ouvido aos outros). Recomendadíssimo.
França 18/02/2021minha estante
Vou te indicar um : As esposas. As mulheres por trás dos grandes escritores Russos


Renata (@renatac.arruda) 18/02/2021minha estante
Valeu, vou procurar!




Yara Benevides 29/01/2021

Incrível!
Adorei conhecer a história das mulheres retratadas nesse volume ainda mais do que as do volume 1.
Mulheres grandiosas e inspiradoras que mudaram a trajetória de seus países e mesmo assim mal ouvimos falar a respeito delas.
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Tessa 27/01/2021

Mulheres e suas conquistas
Incrível as ilustração do livro,as personagens mulheres e sua conquista, e enredo de cada história e bem motivante...
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PriPaiva 05/01/2021

Mulheres devem sempre fazer o que querem!
O livro é vencedor do prêmio Eisner 2019 mais do que merecido.

O segundo volume de Ousadas foi tão de bom quanto o primeiro.

É incrível como a autora consegue sintetizar a vida dessas grandes mulheres de uma forma que fica perfeito.

São tantas biografias incríveis e maravilhosas que incentivam o nosso próprio crescimento pessoal ou profissional.

Muitas das vidas descritas no livro são duras, e enfrentaram diversos preconceitos e adversidades e mesmo assim, elas correram atrás de um destino melhor ou da sua própria realização de vida. É satisfatório conhecer cada uma dessas histórias.

A leitura é fluida e a arte é tão delicada, de traços finos... Uma coisa linda de se ler. ?

Amei demais a leitura, como amei o primeiro volume.

Indico a leitura à todos!
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Jonas (@castelodepaginas) 21/06/2020

Ousadas 2
Fiz resenha no meu blog dessa obra, por favor visitem e se inscrevam. Obrigado

site: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/06/ousadas.html
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Maria Clara 15/05/2020

Resenha de @pixelbooks
Você já ouviu falar em Clémentine Delait, Nzinga, Margaret Hamilton, Las Mariposas, Christine Jorgensen, Giorgina Reid, Delia Akeley e Annette Kellerman? Não? Apesar de conhecermos a história de várias mulheres incríveis, muitas delas também são incrivelmente relevantes e inspirados que acabam não sendo tão conhecidas, mas a maravilhosa da Pénélope Bagieu acabou reunindo a história as histórias de 30 mulheres nos dois volumes da HQ Ousadas - Mulheres que só fazem o que querem.
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O que eu mais gostei dessas HQs foi a forma com que a autora conseguiu reunir histórias de mulheres de diversas épocas, lugares, classes sociais, gêneros, idades e que, de alguma forma, se destacaram pelos impactos que causaram na sociedade, seja pela luta por seus direitos, liberdade, por seus sonhos e até para defender o direito de amar, fazendo o possível para conquistar o que queriam independentemente dos costumes e tradições da época e do lugar onde viviam.
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Adorei a oportunidade de conhecer mais sobre a história de mulheres revolucionárias e que lutaram para defender a liberdade (Las Mariposas), de guerreiras (Lozen e Phoolan Devi), da inventora das roupas de banho (Annette Kellerman), ativistas (Leymah Gbowee e Naziq al-Abid) e incríveis profissionais que sofreram para consolidar seu lugar, apesar de todos os obstáculos como gênero, época e a desigualdade social que as impediam (Temple Grandin) Sonita Alizadeh, Cheryl Bridges,Nellie Bly..) e tantas outras histórias extremamente inspirados.
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Apesar de histórias reais, a autora mantém uma linguagem divertida e um humor ácido para escrever essas narrativas tão impactantes, o que deixa o leitor cada vez mais envolvido com a HQ. Além disso, as edições da Editora Nemo estão impecáveis, o que acaba tornando o processo de leitura ainda mais confortável.
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Os dois volumes de Ousadas trazem narrativas lindas, inspiradoras e impactantes e que só nos deixa desejando que mais volumes da série continuem a ser lançados para que possamos conhecer cada vez mais histórias de mulheres maravilhosas.
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Jess 16/04/2020

Vencedor do prêmio Eisner 2019, a série Ousadas traz em forma de quadrinhos histórias de personagens reais .

O volume 2 conta sobre 15 mulheres .

A que foi considerada “retardada” pelo pai e se descobre pesquisadora .

A que descobre no rap uma ferramenta para militar pelo direto das mulheres .

A que descobriu na corrida um escape e conseguiu independência .

A que era bela, recatada e do lar e descobriu como somar na comunidade feminina .

A que sempre foi espontânea, foi julgada e teve musicas banidas .

A primeira jornalista investigativa e usou sua profissão para escrever pelos olhos do povo .

A que foi abusada por muito tempo e engasga com a raiva, quer gritar, protestar, se vingar e se torna símbolo ativista .

As que tiveram o destino imposto pelo pai sem saber o que realmente queriam .

As que quase não estudaram o que realmente queriam porque não era “feminino” .

A que é caçada por querer ser justa e se te inimiga do estado .

A que tinha uma vida calma e luxuosa, mas sai da bolha aristocrática pra ouvir o povo .

A primeira todos julgavam sua cor, baixa renda e gênero .

As ousadas demais! .

Mulheres que quebraram correntes de uma sociedade que impõe regras e conceitos. A maioria se tornou referência na sua área; percursora de esportes, pesquisas, desenvolvimento tecnológico, viagens espaciais. Símbolos políticos, de conquistas feministas .

A leitura é super tranquila. Cada história começa com um mini quadro da personagem com sua data de nascimento (e algumas possuem a data de falecimento) e a narrativa de forma resumida, finalizando com uma arte representando a sua jornada .

Sinceramente, talvez eu não guarde todos os nomes, mas é impossível esquecer cada história que conheci aqui e só desejo ser pelo menos 10% ousada como cada uma foi pra honrar suas conquistas e conseguir ser uma mulher que só faço o que realmente quero .

Sucinto e impactante! Uma das leituras mais importantes que já fiz, principalmente por ter conhecido tantos exemplos que levarei pra vida toda .

Ah, eu não li o volume 1 (agora super desejo) e foi super ok ler o volume 2.

site: www.instagram.com/saymybook
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Mariana @amarilendo 01/04/2020

Mulheres incríveis que merecem livros só para a história delas
Essa HQ vai contar a história de 15 mulheres reais que foram as pioneiras em algo que até então não havia espaço para o gênero, ou que lutaram pelos seus direitos (e, muitas vezes, tiveram uma vida difícil por isso), ou que simplesmente viveram a vida que queriam, sem se importar com o que a sociedade pregava.

Eu não conhecia muito dessas mulheres e fiquei muito interessada a acompanhar mais coisas sobre.

A arte desse quadrinho é linda, achei que existe uma tonalidade mais pastel nele, que contribuíram para deixar o livro leve, contrastando, por vezes, com alguma parte difícil. E o que eu adorei é que, por mais que as coisas, muitas vezes, tenham sido horríveis para as mulheres nesse livro, algo de bom saiu disso tudo! Elas fizeram a diferença!

site: https://www.instagram.com/geek.women/
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Fábbio @omeninoquele 23/03/2020

Espetacular!
#OMeninoResenhando
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❝Você não está aqui por causa das suas fraquezas, mas graças às suas capacidades. E os dois estão interligados.❞
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Nesse mês especial em que é comemorado o dia da mulher, poder ler uma obra que homenageia mulheres poderosas e a frente da sua época é algo maravilhoso e sem explicação.
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Em Ousadas 2 acompanhamos uma espécie de mini biografia de mulheres que ousaram no seu tempo. Mulheres guerreiras que deram seu sangue pra fazer do nosso mundo um lugar melhor e são pioneiras de querer um mundo mais igualitário entre os gêneros.
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Se tem uma coisa que notei em todas as biografias que li, seja do primeiro volume ou nesse, é que as mulheres sempre foram subjugadas por serem mulheres, mas também sempre mostraram que são capazes de fazer aquilo que o homem já faz e se saem muito bem criando e desbravando o novo.
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Assim como a primeira, eu senti ao terminar de ler, que precisava mais de algumas páginas pra poder saber mais dessas mulheres incríveis e seus feitos, mas fico muito feliz por essa obra já existir pra nos mostrar que as mulheres já estão a muito mais tempo quebrando paradigmas e sendo o que elas sentem vontade de ser, e isso é algo que deve ser valorizado cada vez mais.
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Com uma escrita super fluída e gostosa de acompanhar e com traços bem característicos, Pénélope Bagieu já se tornou uma das minhas quadrinistas favoritas e a quem eu quero ler mais de suas obras. Se você não conhece seu trabalho essa duologia Ousadas já é uma super dica pra você se aventurar.
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#Ousadas2 #PénélopeBagieu #EditoraNemo

site: https://www.instagram.com/p/B992JFijuGs/
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Gabriel Dias - @Done.em 21/03/2020

Ousadas II
Ousadas vol 02 - @editoranemo
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No dia da mulher eu trouxe uma breve apresentação do que Ousadas vol 01 apresenta, mas confesso que a continuação apresenta impacto igual ou maior a mesma, trazendo assim uma diversificação das personalidades, e texto mais impactante, mostrando até mais detalhadamente as personalidades.
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O formato didático ainda está presente e mostra o potencial desta Graphic Novel, tornando acessível e super democrático o conhecimento, e novamente sem apontar “certo ou errado”, apenas os fatos.
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A seleção das personalidades varia de uma forma única, de acordo com a primeira edição nessa nos é apresentado pioneiras profissionais como o caso de Frances Glessner, miniaturista do crime, que defendeu e desenvolveu esta vertente do criminologista legista de forma mais concreta.
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De todas as personalidades, que variam de rapper, ativistas, atrizes, utopista, inventora e amante de arte, apenas tinha conhecimento sobre Temple Grandin, uma personalidade que traduz de forma literal do “olhar de maneira diferente”, ampliar as perspectivas assim como Hedy Lamarr, enaltecendo a ideia da igualdade ao saber ouvir, respeitar e principalmente reconhecer um feito.
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O traçado da obra, apresenta personalidade e corresponde com cada história a ser contada, mas mantendo um “padrão” da autora, com cores marcantes, expressões fortes e muita carisma, a forma democrática da autora de abordar biograficamente estas personalidades é o que há de melhor.
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Uma GN que incentiva o empoderamento feminino, mas principalmente da um “lugar de fala” para personalidades que podemos entender como quase esquecidas, pouco estudadas mas que apresentam de forma significativa um papel social.
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“Os artistas, levam todo mundo pra cama, mas se faço o mesmo sou uma rodada”. Peggy Guggenheim

site: https://www.instagram.com/p/B97l2Z7j-o3/
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Ana 21/03/2020

Quem leu minha resenha do primeiro volume dessa riquíssima duologia, Ousadas: Mulheres Que Só Fazem o Que Querem, sabe o quanto eu estava ansiosa por essa continuação. Conheci muitas mulheres que fizeram a diferença através dos olhos de Pénélope Bagieu e, no volume dois, a ilustradora nos apresenta mais quinze personalidades que não mediram esforços para causar uma revolução em suas próprias vidas.

Se você é mulher, muito provavelmente já ouviu alguém dizer que não era capaz de fazer alguma coisa. A nossa sociedade nos faz acreditar que não podemos, não conseguimos, não somos competentes o suficiente. Já perceberam o quanto nós, mulheres, fomos e ainda somos apagadas da sociedade? Por exemplo, você já ouviu falar de Temple Grandin, uma mulher autista que revolucionou as práticas para o tratamento racional de animais vivos em fazendas e abatedouros? Ou de Katia Krafft, mulher e vulcanóloga, que passou sua vida inteira registrando vulcões, muitas vezes ficando ao pé dos fluxos de lava?

São muitas, muitas mulheres que enfrentaram vários obstáculos para alcançarem o topo. Cada história apresentada por Bagieu é importante à sua maneira. As ilustrações são um espetáculo à parte e novamente fiquei impressionada pela linguagem acessível. Isso me deixa muito feliz porque torna o quadrinho muito apropriado para crianças e convenhamos que é extremamente importante criarmos nossos filhos mostrando que mulheres são sim muito importantes.

Minha experiência com Ousadas #2 foi magnífica, principalmente porque eu conheci personagens muito importantes que ficaram no meu coração por causa dos seus feitos. Tem a Nellie Bly, jornalista que deu a volta ao mundo em 72 dias para simular a viagem do personagem Phileas Fogg, do livro de Júlio Verne — é claro que quase ninguém acreditava que ela conseguiria; Hedy Lamarr, uma atriz & inventora que abriu as portas para várias coisas que não vivemos sem hoje em dia, como o wi-fi, por exemplo (ah, enquanto eu pesquisava, descobri que a Showtime está produzindo uma série sobre ela e que a Gal Gadot vai interpretá-la, uhuuu); e a minha preferida de todas, Mae Jemison, médica, engenheira e nada mais nada menos que a primeira mulher negra a ir para o espaço — e a primeira pessoa a ir para o espaço & participar de um episódio de Star Trek!

Já deu para perceber o poder que nós temos, não é mesmo? Além desses dois livros, Pénélope Bagieu, que é francesa, produz muito conteúdo para a internet em seu blog, o Ma Vie Est Tout à Fait Fascinante, então não tem desculpa para não acompanhar suas produções mais que incríveis, tá?

site: http://www.roendolivros.com.br
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Karla Lima @seguelendo 18/03/2020

@seguelendo
Nessas páginas, de forma simples e direta, somos apresentados a mulheres que lutaram pelo que queriam, para se firmar em uma sociedade que insistia em dizer que elas não podiam.
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Adorei o traço, a forma como as tragetórias foram apresentadas e amei conhecer um pouco mais sobre a história delas. Algumas eu já tinha ouvido falar, outras foram uma grata surpresa. A cada perfil que lia, parava um pouco e pesquisava mais sobre aquela personalidade. Foi enriquecedor!
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Mulheres fortes, desbravadoras, lutadoras, sofridas. Em casa uma delas um exemplo a ser seguido.
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A edição está linda, as cores suaves contrastando com o texto irônico e sagaz. As ilustrações ao final de cada perfil são um espetáculo a parte.
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Leitura fundamental para entender a luta da mulher, a nossa luta. Entender que é graças a elas que hoje temos um pouco mais de igualdade no mundo. Não o ideal, mas mais do que elas tiveram.
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A luta continua. Sejamos ousadas!
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Gramatura Alta 09/03/2020

http://gramaturaalta.com.br/2020/03/08/resenha-ousadas-2-penelope_bagieu-nemo/
Pénélope Bagieu nasceu em Paris, em 1982. Estudou cinema de animação na Ensad e fez uma passagem pela Central Saint Martins de Londres. De volta a Paris, cria em 2007, o “Ma vie est tout à fait fascinante”, que numa tradução direta, significa “Minha vida é realmente fascinante”, um blog ilustrado no qual expõe sua vida cotidiana com um humor e uma graça que acertam no alvo, e você pode acessar clicando aqui. Com a publicação do blog em forma de livro, seu sucesso se expande para as livrarias, e Pénélope passa a fazer diversas ilustrações editoriais, trabalha para grandes campanhas publicitárias, desenha as aventuras de Joséphine e assina até uma coleção de lingerie. Em todos os trabalhos, Bagieu tem sempre uma maneira muito pessoal de dialogar com sua época sem se deixar enganar por ela. Uma morte horrível é sua primeira narrativa longa.

O primeiro volume de OUSADAS foi resenhado dois anos atrás, em 2018, e você pode ler o nosso texto aqui. Agora, Pénélope retorna com mais quinze retratos de mulheres que enfrentaram todos os obstáculos para viver a vida que escolheram para si, tudo com o espetacular traços e cores já característicos da autora. E como fizemos na primeira resenha, vou escrever uma pequena introdução de algumas dessas personagens que marcaram o mundo de alguma forma, assim você ganha uma prévia e interesse para comprar a HQ 😉

Vamos começar por Mary Temple Grandin e sua peculiar capacidade de interpretar os animais. Nascida em 1947, a pequena Mary enfrentava sérias dificuldades de ser entendida pelos adultos. Por causa de seu comportamento, ela foi submetida a vários exames e diagnosticada com Autismo de Alta Funcionalidade, ou seja, autistas com maior “funcionalidade” ou “capacidade” em relação a outras pessoas com o Espectro Autista. O capítulo de Mary mostra todas as dificuldades pelas quais ela passou desde a infância até a fase adulta, principalmente com relação ao preconceito e bullying de pessoas que não conseguiam compreender sua situação. E mostra como Mary revolucionou as práticas para o tratamento racional de animais vivos em fazendas e abatedouros. Bacharel em Psicologia, com mestrado em Zootecnia e Ph.D. em Zootecnia, ela ministra cursos em universidades a respeito do comportamento de rebanhos e projetos de instalação, além de prestar consultoria para a indústria pecuária. Uma parte impressionante, é quando ela criou a “máquina do abraço”, uma engenhoca que pressiona o corpo humano como se a pessoa estivesse sendo abraçada, e isso a acalmava, assim como outras pessoas com autismo. Nos quadrinhos da vida de Mary, conhecemos muitos outros detalhes que demonstram a excepcional inteligência e compaixão que ela empregava em sua profissão e na sua vida.

Sonita Alizadeh nasceu no Afeganistão, em 1996, dentro de uma família numerosa, na qual as mulheres são consideradas um fardo financeiro. Em um país controlado pelos Talibãs, Sonita cresce no meio do medo, e aos 9 anos recebe a notícia de que sua mãe escolheu um marido para ela. Ainda que a idade mínima legal para o casamento seja de 16 anos de idade, muitas afegãs são casadas por seus pais quando bem mais jovens. Os quadrinhos do capítulo de Sonita, contam a vida dela até a fase adulta, e a leitura não é fácil, devido aos absurdos que ela precisou enfrentar e sofrer. Não vou contar aqui como aconteceu, você precisa ler para se espantar, mas hoje, Sonita é uma rapper e ativista que se tem manifestado contra os casamentos forçados de seu país. O sucesso veio, quando ela lançou o vídeo “Noivas para venda”, onde ela canta sobre filhas que estão sendo vendidas em casamentos pelas próprias famílias.

Nellie Bly viveu entre 1864 e 1922, e foi uma jornalista, escritora, inventora, administradora e voluntária em obras de caridade. A vida de Nellie na infância, foi marcada pelo falecimento do pai e pela violência do padrasto, além de precisar enfrentar o machismo da época para conseguir se destacar como pessoa e profissional. Como jornalista, Nellie focava seus textos na situação das mulheres que trabalhavam em fábricas, contra a vontade dos editores. Aos 21 anos, ela se mudou para o México e fez vários artigos sobre a prisão de jornalistas locais, o governo mexicano e a ditadura que reinava na época. Mas seus feitos mais conhecidos, são sobre o período em que ela se passou por louca para investigar denúncias de brutalidade e negligência no hospital psiquiátrico para mulheres em Nova York; e quando, em 1888, ela convenção seu editor a custear uma viagem de circunavegação do globo em 72 dias, simulando a viagem ficcional do personagem Phileas Fogg, do livro de Júlio Verne.

Mae Jemison nasceu em 1956 e um de seus muitos sonhos, era ter um telescópio, mas sua família não tinha condições financeiras para comprar um. Consumidora de quadrinhos e ficção-científica, ela ficava indignada por não existirem personagens interessantes que fossem negros ou mulheres. Os quadrinhos do capítulo de Mae, mostram como sua infância e adolescência foram marcadas pelo medo de quase tudo. Você também terá que ler para descobrir como Mae se tornou a primeira mulher afro-americana a ser admitida no programa de treinamento de astronautas da NASA e, em 1992, foi a primeira mulher afro-americana a viajar para o espaço. Ela também fundou uma empresa que desenvolveu um sistema de telecomunicações por satélite para melhorar os cuidados médicos nos países em desenvolvimento.

Em OUSADAS 2, você também conhecerá Cheryl Bridges, uma excepcional atleta; Thérèse Clerc, uma utopista; Betty Davis, cantora e compositora; Phoolan Devi, a rainha dos bandidos; Katia Krafft, uma vulcanóloga; Hedy Lamarr, uma atriz e inventora; e mais algumas mulheres, em um total de quinze, que quebraram, e ainda quebram, preconceitos. Perfis divertidos, tristes, empoderados, sensíveis, de mulheres que criaram o próprio destino.

site: http://gramaturaalta.com.br/2020/03/08/resenha-ousadas-2-penelope_bagieu-nemo/
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