Germinal

Germinal Emile Zola




Resenhas - Germinal


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Margô 20/09/2022

Germe da terra, reação... revolução.
"Num ímpeto, pendurou-se ao rapaz, procurando sua boca, onde colou apaixonadamente a sua. As trevas desapareceram, voltou a ver o sol, readquiriu um riso calmo de enamorada. Ele, trêmulo de a sentir assim contra a sua carne, seminua sob a jaqueta e as calças, cingiu-a, num despertar de virilidade. Realizou-se enfim sua noite de núpcias no fundo daquele túmulo, sobre um leito de lama, na ânsia de não morrerem sem antes serem felizes, no obstinado desejo de viver, de gerar vida pela última vez. Amaram-se desesperados de tudo, afundando na morte." (p. 442)
Este fragmento, diz muito do que é a vida presa ao poço, que transita nas páginas do GERMINAL. Assim como o título, a obra é forte o suficiente pra que você antes de dormir fique com as cenas na cabeça. É bem assim.

Li GERMINAL pela segunda vez. A primeira vez que li, o impacto foi grande...vivia uma época de repressão maior em nosso país, e parecia que aquele livro trazia o caminho das pedras.
Hoje a leitura ainda é impactante, por ser uma tragédia social que não mudou. Apenas obscurecida por alguns atenuantes assistencialistas.
Super recomendo a leitura. Não só para o leitor adulto, mas também para jovens que desejam entender como funciona o capitalismo, na sua face mais selvagem.
O enredo é altamente atrativo, e além de outras sensações, a fome é algo que parece criar corpo, e se incorporar na nossa essência. Uma escrita fantástica!
É isso.
Felipe.Mello 29/06/2024minha estante
Resenha maravilhosa!


Margô 30/06/2024minha estante
Obrigada Felipe ??




Alessandra359 16/05/2021

Germinal
Perfeito. Digno de constar dentre os grandes nomes da literatura mundial. A leitura nos prende e permite visualizar com perfeição um momento histórico e só largar a obra quando concluída. Recomendo a leitura, mais comentários não cabem para não assassinar o sabor dessa viagem maravilhosa que a literatura nos permite .
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Peter.Molina 23/04/2023

A dor da exploração
Este poderoso livro nos conta a história da vida em uma aldeia de trabalhadores das minas de carvão, sofridos e espoliados. Em contraste com seus patrões, que vivem no desperdício e no ócio. Mas o livro vai muito além disso, narrando com maestria os dramas humanos de forma dolorosa e emocionante. As cenas descritas são extremamente realistas e não tem como não deixarmos esse livro tomados de forte emoção. Um marco na literatura.
CPF1964 23/04/2023minha estante
????




Lis 23/08/2022

Soco no estômago
Emile Zola produz essa obra no período do naturalismo europeu, utilizando como material para composição do texto sua experiência nas minas de extração de carvão durante 2 meses. A vivência de Zola trás para obra uma crueza dolorosa, um retrato fidedigno da luta de classes em sua eclosão, na França. Esse romance histórico, além de registrar a primavera
de uma sonhada revolução que germinava, também trouxe consigo o naturalismo e elementos deterministas ligados ao comportamento e ações humanas desencadeadas pelo meio no qual os indivíduos estão inseridos, nesse ínterim, a obra trás relações incestuosas, brutalidade, erotização precoce, abusos? entres outros fenômenos sociais associados a uma realidade desumana. Um relato triste, e necessário. Atemporal.
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Marilia 03/01/2022

Excelente
Uma leitura que mescla angústia, revolta e expectativa. Simplesmente viciante, foi difícil largar o livro, tamanho envolvimento com a história narrada.

O livro, baseado em acontecimentos reais, retrata a história de uma aldeia de mineiros, trabalhadores de uma mina de carvão absolutamente insalubre, que precisam conviver com as péssimas condições de trabalho e com a miséria que traz a fome constante.

Liderados por um idealista, Étienne, os mineiros reúnem-se em uma greve para reivindicar melhores condições e o autor passa a retratar as mazelas daquele povo em contraste com a vida vazia da burguesia, deixando claras as disparidades entre as classes.

Uma leitura marcante, atual e necessária.

Recomendo fortemente, estou ainda sem muitas palavras para descrever o impacto que me causou esse excelente livro.
palombr 03/01/2022minha estante
eu a li durante o ensino médio e ela se tornou marcante para mim, além disso, a narração é incrível e faz você se sentir dentro da obra apreciando todos os detalhes.


Marilia 03/01/2022minha estante
Verdade, um grande livro!




Yanka 31/05/2020

Relatos profundos de uma revolução
"Se não formos capazes de viver inteiramente como pessoas, ao menos façamos tudo para não viver inteiramente como animais, ..."
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Lorena 09/11/2020

Um clássico da luta de classes
Um clássico naturalista que trata da luta de classes em uma de suas formas mais extremas. A expressão da miséria, da fome, do trabalho extenuante e da violência a que estavam submetidos os trabalhadores das minas de carvão francesas no século XIX compõe um retrato do proletariado europeu da época e de tantos outros que ainda hoje enfrentam situação semelhante. Émile Zola contribui de forma genial com a criação das imagens em nosso imaginário, a ponto de nos deixar marcados e, sem dúvida, provocar reflexões profundas. Uma leitura fantástica e necessária.
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Nicolas523 05/02/2023

"E de toda aldeia começou a subir o mesmo grito de miséria"
O que falar de um clássico? Falar de sua genialidade parece um pleonasmo; de suas chatices, uma imbecilidade. É que me demorei para simpatizar com os personagens, mas talvez seja uma falha minha. Só me peguei tomando interessante por eles lá pela página 200 e pouco... E que interesse!

O livro de maneira alguma é chato. Na verdade, o efeito que o autor consegue no livro é impressionante. A história tem um baita desenvolvimento, se tiver paciência. É uma obra lenta, em contraponto com sua história miserável e funesta, o romance todo é uma tortura prolongada, porém nada gratuita. As descrições que Émile Zola faz da mina são pungentes e bizarras: um lugar abafado e obscuro, uma criatura viva que engole seus trabalhadores. Senti até um enjoo com o que lia. A condição das personagens se atenúam a cada capítulo, é uma tragédia sem fim.

Apesar de tudo, a esperança, Germinal (mês da primavera, no antigo calendário da Revolução Francesa), florescerá.
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A. Mendes 25/04/2024

Denuncia
Que livro sensacional!! Zola escreve um romance denso, detalhista, verossímil e difícil de digerir.

Ambientada no norte da França conhecemos as minas de carvão e como é a vida precária dos mineiros. Em consequência da crise os burgueses sofrem com o capital em baixas e os trabalhadores sofrem com a fome, a miséria, e a violência de uma vida sem esperança.

Acompanhamos uma narrativa que retrata a luta dos trabalhadores no século XIX, o sofrimento é tanto que o leitor se pega torcendo para que aconteça uma mudança. Zola escreve sem medo, em alguns momentos se torna uma leitura difícil pela miséria narrada.

Com uma pegada socialista/marxista o contexto de uma revolução dos trabalhadores é um símbolo de esperança para os mineiros, entretanto, a greve aderida realça a desigualdade social de uma classe esquecida.

A obra é extremamente imagética, a cada acontecimento, cada detalhe, as minas, a revolta, o sofrimento, tudo é absorvido pelo leitor que se aproxima da narrativa. Zola trás verossimilhança e uma vida humana real.

Em suma, Germinal é um livro que mostra ao leitor a injustiça social, a falha do sistema capitalista e convida o receptor a pensar sobre essas questões sociais que são tão presentes no nosso cotidiano.
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Marcelo Purificação 19/06/2022

Um livro angustiante
Um livro angustiante, crítico e revoltante sobre a situação lastimável do trabalhador Francês. O romance doloroso, duro e violento. Os conflitos da organização interno dos operários, no fim, a história é extremamente desagradável e cruel na medida que as páginas vai passando.
Kamyla.Maciel 19/06/2022minha estante
Foi um dos melhores livros que li ano passado. Nunca vi um livro saber narrar tão bem a miséria. Pesado.




Juliana 13/05/2020

Sensacional. Um livro para todas as idades e públicos. Zola é magnífico na escrita, sua obra realista é, sem dúvidas, imprescindível.
Emerson.Santos 15/06/2020minha estante
Concordo que é sensacional, mas acho que não é para todas as idades..




Flávia Pasqualin 16/04/2020

DOLOROSO E REVOLTANTE
Etienne é um homem que consegue emprego em uma mina e, após um tempo de convivência com os demais colegas, fica indignado com as condições precárias de trabalho e a vida de miséria que eles levam. Acreditando ser capaz de mudar a dura realidade, ele incita os trabalhadores a fazerem greve, com a finalidade de reinvidicar condições justas e melhores salários, proporcionando uma vida mais digna para todos. Uma história visceral sobre a desigualdade social e a eterna luta de classes. Um clássico que você não pode deixar de ler.
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Delque.Victo 28/01/2023

Uma revolução não é limpa, não é bela, não é fácil.
Mas mais difícil ainda é ver a classe trabalhadora sofrendo cada dia mais. E esse livro tirou meu fôlego em vários momentos, me animou, me deixou aflito, triste e me fez sentir como se entrasse na mina com Etienne, com Maheu e os outros, me senti na pele de um mineiro durante a greve, me senti na pele de um desgraçado desses da vida.
Um livro poderoso, um livro que revolta, é simplesmente um dos melhores que já li.
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Kamyla.Maciel 28/05/2021

Diferente de tudo que li.
Livros como esse são difíceis de resenhar, fico pensando o que falar de um clássico cujo sucesso fala por si só? Vou me limitar a falar em como esse livro me atravessou.

Terminei uns dias atrás e ainda estou impactada, a crueza da narrativa é de doer o estômago, eu diria que sofri de claustrofobia ao ler a descrição das minas, do trabalho desumano dos mineiros- constantemente comparados a animais, ao ler as diversas opressões que as mulheres sofriam, ler a fome diária. A fome é quase uma personagem a parte.

É um livro muito doloroso que trata do início de uma organização dos trabalhadores por condições de trabalho mais dignas. E é pesado porque a miserabilidade em que viviam é tão descritivamente detalhada que não há como não doer também no leitor.

Eu nunca li nenhuma descrição da miséria de forma tão real quanto nesse livro, é o leitor acompanhando quase que a desumanização dos personagens, com fortes cenas de descaso por parte dos mais ricos. É o espírito humano na sua forma mais podre.

Ao final, só consigo concluir o que já vinha pensando, ter consciência pode ser doloroso, manter-se na ignorância pode parecer um caminho mais fácil, mas uma vez dado o primeiro passo não há como voltar atrás. A tomada de consciência das questões sociais é um caminho sem volta. E esse livro mostra muito bem isso.
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Valéria Ribeiro 15/05/2024

Magistral
Li Germinal na adolescência e agora reli a história e, claro, a minha visão da obra foi outra.

A narrativa centra-se na vida dos mineiros de carvão na região de Montsou, no norte da França, durante a Segunda Revolução Industrial. O protagonista, Étienne Lantier, um jovem operário desempregado, chega a Montsou em busca de trabalho e acaba se juntando aos mineiros da Voraz. A história retrata de forma visceral as condições desumanas e a exploração brutal enfrentadas pelos trabalhadores, que vivem à beira da miséria.

Zola descreve com detalhes meticulosos o cotidiano opressivo dos mineiros, suas lutas e seus sonhos. A narrativa não se limita à exploração econômica; ela também aborda as tensões sociais e os conflitos internos das comunidades operárias, expondo a degradação moral e física causada pela pobreza extrema. A condição das mulheres e das crianças foi uma das coisas que mais me estarreceu. As primeiras, submetidas à violência e exploração (inclusive sexual); as segundas, usadas como ferramenta de trabalho, inclusive pelos pais. Ambas submetidas a condições de trabalho desde a os dez anos de idade.

À medida que Étienne se integra à comunidade dos mineiros, ele se torna um fervoroso defensor da justiça social e começa a incitar uma greve para protestar contra as condições deploráveis de trabalho e os baixos salários. A greve, que ocupa uma parte central do romance, é retratada com uma intensidade crescente, refletindo a desesperança, o sofrimento, a fome sempre presentes e a determinação dos trabalhadores.

Zola criou personagens ricos e multifacetados. Étienne Lantier é um herói trágico, cuja idealismo e impulsividade muitas vezes o levam a enfrentar dilemas morais. Sua evolução durante a história, em consequência de sua educação autodidata, é facilmente verificada. A busca por conhecimento de forma desordenada faz com ele se sinta em conflito com diversas teorias e cada vez mais afastado de seus camaradas.

Outros personagens, como Catherine Maheu, uma jovem mineira dividida entre o dever familiar e o amor por Étienne, e o implacável capitalista Hennebeau, que personifica a indiferença da classe dominante, contribuem para a profundidade emocional e social do romance. Temos, ainda, o bonachão senhor Gregóire que vive de renda personificando a face displicente e inconsciente da burguesia que vivendo com uma venda nos olhos, enquanto a classe trabalhadora morre de inanição.

O ritmo da narrativa é excepcional chegando a lembrar, em algumas passagens, um thriller em que nos vemos lendo com a respiração suspensa e aguardando ansiosamente o desfecho da cena,

Além de ser uma obra literária magistral, "Germinal" é também um poderoso comentário social e político. Zola não apenas expõe as injustiças do capitalismo industrial, a luta entre trabalho e capital, mas também realça o potencial revolucionário da classe trabalhadora, evidenciando tanto as suas forças quanto as suas fraquezas.

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