Ecologia

Ecologia Joana Bértholo
Joana Bértholo




Resenhas - Ecologia


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Toni 03/11/2020

Ecologia
Joana Bértholo (Portugal, 1982-)
Caminho, 2018, 504 p. 📖

O mundo como o conhecemos é resultado do triunfo do mercado e do fracasso da própria humanidade. Frente ao avanço de pautas neoliberais, aos resíduos de ditaduras e flertes autoritários, à ilusão da liberdade de consumo e à monetização de gestos, cliques e curtidas, era só uma questão de tempo até que alguém se pusesse a especular "E se a linguagem também fosse transformada em commodity?” Por competência do universo e para alegria deste Toni, esse alguém calhou de ser a Joana Bértholo, escritora portuguesa capaz de fazer as palavras soarem como novas, cheias e vazias de tudo. 📖

Muito além de imaginar que tipo de mundo surgiria a partir do momento em que começássemos a pagar pelas palavras, Bértholo explora como nossa sociedade adoecida seria capaz de fomentar uma realidade tão atroz. Afinal, este mundo “monotemático, monocorporativo, monoideológico, monomercantil, de monovalores” onde uma única palavra pode custar mais que o salário de uma família inteira e esbanjá-la é o gesto distintivo das elites obscenas, este mundo, dizia, não parece nada distante do que até hoje temos sido reiteradamente programados a aceitar sem luta; na ficção de Bértholo “quem é pobre, não fala”, de maneira que resistir passa a ser, literalmente, um gesto de imaginação. 📖

Através de múltiplos arcos de personagens (e as melhores crianças já escritas), “Ecologia” é um romance vasto e bem articulado que leva o tempo necessário para que a nova-velha ordem mundial atinja seu ocaso. Entre os escombros, se prestarmos atenção, escondem-se linguagens que prescindem de palavras, mas que são, elas mesmas, fonte e esperança de um novo marco civilizatório. (Alguém aí falou em 'Ecossocialismo'?) 📖

Não é todo dia que um livro abraça o juízo e chove dentro da gente, favorito da primeira à última página. Ecologia faz justiça a seu título: é uma terra que fala, é o estudo dos ecos; é a voz da autora, a minha voz e a de todes vocês orquestradas contra o esvaziamento, a dessensibilização, o consumismo e a carência de Diálogo. — Acho que recomendo, hein?
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Paulinha 15/07/2022

Ecologia o livro dos ecos
Não sei nem por onde começar a falar desse livro.

Um romance sobre a linguagem, a importância da linguagem e da natureza e do meio ambiente e como tudo está interligado.

Uma narrativa linda cheia de referências, com personagens cheios de vida e história, cativantes.

O livro narra a história de um futuro onde para falar precisa pagar.

Uma crítica ótima ao consumismo desenfreado. Onde vamos parar assim?

VALE a leitura e a reflexão.

*TOP 5 do ano
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Jeanderson 18/07/2022

Difícil, diferente, rápido e sagaz
Foi de longe, um dos livros mais diferentes que já li.
A começar pela personagem principal, a linguagem. Parece confuso, mas a história gira entorno dela! Todas demais personagens são apenas pilares para construção desse romance.
Toda ideia consiste em uma instauração de um mercado que controla as palavras. Toda forma de comunicação, quer seja falada ou escrita passa a ser tarifada.
Essa introdução de mercado acontece após uma série de atentados de forma globalizada. Instaurado o medo, o caminho para criação desse novo mercado está pavimentado.
A mudança acaba sendo avalizada pelo terror do que pode acontecer.
Através de ondas de implementação, os consumidores acabam envolvidos nessa nova realidade, onde expressar qualquer coisa tem um custo.
Sobre a leitura, confesso por ser o primeiro livro em língua portuguesa (Portugal), tive um pouco de dificuldades para me adaptar.
Somente fluiu após uns 60% do livro já ultrapassado. Entretanto, a ideia, para mim muito original, me manteve fiel a ideia de ler até o final.
A velocidade dos acontecimentos é bastante rápida, muitas vezes sem trazer muitos detalhes, porém capaz de construir uma narrativa interessante.
Um livro que após lido, certamente mudará a concepção do leitor com a linguagem e as palavras!
Difícil medir, mas me sinto mais inteligente após o final dessa leitura!
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naoesteves 31/03/2023

Para mim, uma narrativa sobre nossos próprios valores
Logo de início percebi que Ecologia se tornaria um dos meus livros preferidos. Depois de completar a leitura, parece que realmente mudou alguma coisa na maneira como entendo a linguagem.

Joana Bertholo é portuguesa, então a edição brasileira não é traduzida, o que na minha opinião enriquece muito toda a história. Também por ser uma narrativa sobre a linguagem, é interessante ver as variações da língua. Ela conta uma história não muito distante da realidade, onde a linguagem passa a ser taxada por grandes empresas. Joana narra os primórdios da ideia, a implementação do programa de taxação e suas consequências em cinco atos, se não me engano; fazendo uso dos mais diversos recursos da linguagem (a coisa mais linda!) que podem ser notados numa rápida folheada pelo livro.

De maneira as vezes poética, as vezes irônica, as vezes filosóficas, ela vai passeando por áreas como a ciência, o capitalismo, as relações entre as personagens e como elas se entendem nesse novo contexto, com o cuidado de explanar os mais diversos pontos de vista sobre o sistema e ainda assim, sem determinar o que pode ser o "certo" e "errado" nesse mundo que nos parece tão absurdo à primeira vista.

Me fez refletir sobre as diferenças entre "preço" e "valor", que ela explicita na narrativa em muitas passagens. Sobre o valor da liberdade, das relações, dos documentos históricos, de uma conversa, dos livros, das palavras, dos idiomas, das culturas, da individualidade e como tudo isso se confunde muito facilmente num mundo de dinheiro. Difícil descrever o fluxo de ideias que carrega esse livro, cheio de referências e rico em cada detalhe (mesmo! Parece que cada palavra foi escolhida a dedo), mas tão leve e instigante na prática, pela maneira como é construído. Se revelou pra mim um grande aprendizado.
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Mateus Giunti 14/08/2023

O dito e o dizer
Mesmo tendo lido em julho, já sei que estará na minha lista de melhores leituras do ano (só do ano?). Com o avanço tecnológico, uma multinacional detém o controle do acesso a internet mundial e começa a precificar cada palavra falada por cada indivíduo. As taxas variam: há palavras mais caras e palavras mais baratas, preços estes que mudam de acordo com seu valor semântico e de mercado. No final do mês, cada cidadão recebe uma conta a pagar pelo que disse! O que fazer, então? Falar menos? Escolher com mais precisão aquilo que se diz? Há espaço para a associação livre? Poesia? Pelo menos, línguas que estariam em extinção, prestes a morrer por conta da morte de seus poucos falantes, se mantêm protegidas pelo Sistema, que digitaliza todas os idiomas do mundo! Mas essa justificativa "altruísta" é suficiente para o controle do dizer individual?

O enredo é de uma distopia clássica, onde as personagens se veem numa nova modalidade de biopoder, privadas cada vez mais de suas liberdades individuais e coletivas com o advento das novas tecnologias. Mas o livro se distingue em sua forma: transitando, em diferentes capítulos, entre narrativas em primeira e em terceira pessoa, ora acompanhamos uma personagem de modo afastado e onisciente, ora dentro de sua cabeça, junto de seus sentimentos e pensamentos. Há capítulos em que não há texto (escrito), mas fotos de linguagem de sinais que a própria autora tirou. Ou então, capítulos inteiros somente com linguagem de programação computacional html.

Embora eu não tenha comprado todas as justificativas narrativas para as motivações de certas personagens, o livro é especial por ser uma ode àS linguageNS, no plural. Constantemente questionando seus limites e funções, Joana Bértholo nos faz pensar qual é o lugar da palavra nos dias de hoje. O quê e como estamos falando o mundo (interior e exterior, se é que dá pra separar tão facilmente assim)? Qual a diferença entre o dito e o dizer, entre o enunciado e enunciação?

É um livro que ecoa...
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Deise Capuzzo 25/08/2023

Ecologia foi um dos melhores livros que li em 2023. Acabei demorando alguns meses para conseguir dar conta de tudo que vivenciei lendo esse livro - e sendo sincera, acho que ainda tenho muita informação para processar. A premissa do livro é tratar de uma distopia contemporânea: as grandes corporações, com mais poder ainda que os Estados nacionais, passam a taxar e cobrar pelo uso da linguagem, tanto escrita quanto falada, a partir de um sistema global de rastreamento de dados e da voz humana. A partir dai, embarcamos em uma jornada vendo o desenrolar dessa premissa pela perspectiva de vários personagens.
O mais complexo de livro, e que pra mim foi o arrebatamento final é que, apesar da premissa "simples", a forma do livro não é simples em si: a narrativa muda de ponto de vista várias vezes e é permeada não só pelo taxação da linguagem, e dos desdobramentos disso, mas pelas histórias pessoais desses próprios personagens, suas crises familiares, em suas carreiras e com o mundo em que vivem. Temos uma história não linear e que faz diversas digressões sobre o que é a humanidade, o que é linguagem, como nos comunicamos e como a linguagem nos afeta. O livro é em português de Portugal e, como leitora do Brasil, foi curioso notar as diferenças e ter que fazer uma espécie de "aclimatação" da linguagem. Como estudante de Letras, essa combinação foi um prato cheio, combinando um gênero que amo - distopia - com características literárias que amo - não linearidade e um formato incomum - com um tema que amo - linguagem, e uma pitada de saudosismo das minhas aulas de Linguística. Mas confesso que não se trata de um livro que todo mundo vá amar, já que ele é denso para ler.

Fiquei me perguntando, em vários momentos, quão irreal é imaginar uma linguagem taxada - e ao mesmo tempo apavorada de pensar que, talvez, não seja tão irreal assim e nem um futuro distante. Também fiquei impressionada em como a autora foi fundo na sua análise do que aconteceria nesse mundo, saindo de uma visão superficial em relação aos desdobramentos dessa ação.
É um livro especial, que me cativou e que terminei pensando que teria que ler de novo pra conseguir absorver tudo que ele me trouxe.
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Fabio.Nunes 06/09/2023

Surpresa literária de 2023
Ecologia - Joana Bértholo
Editora: Dublinense, 2022

A grande surpresa de 2023.
O primeiro livro que comecei a ler neste ano e meu primeiro abandono. Mas que sorte a minha ter insistido mais uma vez.
Esta obra é um monumento à linguagem. Joana Bértholo, autora portuguesa contemporânea, nos apresenta uma espécie de distopia em que as palavras de todas as línguas são privatizadas. Conhecemos na narrativa algumas personagens que na verdade só estão ali de forma coadjuvante, pois, mais uma vez, esse livro trata da linguagem.
Num mundo em que as nações se transformam em "núcleos corporativos" vive-se a mais repugnante forma de totalitarismo: consumidores se transformam em produtos.
Numa narrativa com algum viés experimental e uma leve prosa poética, Joana nos apresenta suas críticas à mercantilização da vida, ao neoliberalismo, ao individualismo e à insana tirania do prazer.

Um livro que recomendo de olhos fechados para ser lido com olhos bem abertos.

"Do esvaziamento da linguagem à nossa solidão, os apartamentos que nos separam, encaixotados a ver televisão, sem tempo para nada, a única catarse é consumir, consumidos pelo consumo, a vida mecânica, a aceleração, o terror noutras partes do mundo e a imprensa nisso tudo."

"Autoimagem, autoestima, autoamor, amor-próprio, não sei quê pessoal... Já viu que anda sempre tudo à volta do mim?! E dos outros?"

"(...) mas não se salva de um aborto mal feito num tempo em que a taxa de mulheres que morrem de abortos mal feitos desceu a um nível histórico. Às vezes a pobreza é uma forma de viajar no tempo."

"Seis mil formas diferentes de dizer "ecologia" para tão pouca ecologia. Seis mil formas diferentes de dizer "paz" para tão pouca a paz. Seis mil formas diferentes de dizer "juntos", e cada um por si."
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Somente Leituras 23/10/2023

Ecologia
A parte da vida dos personagens e algumas partes didáticas do livro me manteram interessada, mas que tem muita enrolação e repetição tem, acho que 200 páginas nem deveriam ter sido impressas.
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João Vitor 21/11/2023

Linguagem
Sabe quando repetimos uma palavra sem parar e ela perde o sentido? Que tipo de fenômeno psico-linguístico é esse?
É esse tipo impressão que Ecologia, da portuguesa Joana Bértholo, causa.

Ecologia é uma distopia-performática sobre LINGUAGEM: uma magnata decide instalar um programa nível mundial no qual as palavras passam a ser cobradas. Ora, não falamos com consciência, devemos apreciar mais o que dizemos, estamos cada vez mais desvalorizando as palavras! Nada mais justo do que privatizá-las.

Por meio de uma narrativa polifônica (e cheia de peripécias) e tipos diferentes de textos ? imagens, QR Code, notícias, códigos, e-mails ?, a autora cria um romance inteligente. Todas as discussões possíveis envolvendo a linguagem e a tridimensionalidade da língua acontecem dentro do livro ? e também discussões sobre cultura, política, tecnologia e sociedade.
Joana orquestra tão bem essa história que você consegue enxergar esse acontecimento como sendo algo possível & perigoso.

Como há muitas vozes e recursos narrativos, a leitura pode se tornar cansativa em alguns momentos (mas nunca enfadonha). Talvez, se o livro fosse um pouco menor, essa sensação poderia ser evitada. Por isso, recomendo ler sem pressa.

Não quero revelar muito da trama, quero que conheçam sozinhos a Ana - Mulher-eco, seu filho Vicente, a jornalista e escritora Carolina, o fotógrafo Tápio, o trabalhador Nelson, a magnata e mercenária Darla, a curiosa criança Candela e seus pais, Lucía e Pablo.

Sabemos o poder da linguagem, mas qual o preço?

Falo sobre livros no @jojoaaaao
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mxmeida 09/01/2024

Excelente mesmo ?
Adorei, mesmo.
Está super completo e é mel pra quem adora distopias.
Foge do comum e é tudo pensado ao pormenor.
Adorei as referências e os pormenores das línguas que eu jamais iria saber ou pesquisar se não fosse por este livro.
Candela é uma excelente personagem que vai sempre buscar as perguntas menos esperadas
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nay.gba 09/02/2024

Palavra Banida
Ecologia é uma leitura interessante e super inteligente.
A linguagem é tema e ao mesmo tempo recurso da obra (explora idiomas, QR codes, anacronismo e etc.), o que torna a distopia bastante realista para quem a lê.

A história é contada em primeira pessoa por Carolina e em terceira pessoa por um onisciente. Até teve trechos em primeira pessoa de Tápio, mas descambou pra um lugar que eu não percebi o nexo e relevância.

Junto com Carolina e Tápio, temos o núcleo principal: um casal de amigos com uma filha. Lucia, Pablo e Candela. Todos são Consumidores.
Temos alguns amigos à parte: Pedro, Nelson e Jay Ci. Esses são contraventores.
Por fim temos a figura central que é Darla. Junto à ela tem a assistente Ana, os seus sócios e a sua família. Darla é a idealizadora do Sistema.

O sistema foi pensado como uma grande mudança de paradigmas, com uma implantação lenta e consolidada do controle da linguagem. Resolveram começar a cobrar pelas palavras ditas.
E assim o plano é posto em prática e a gente acompanha todo o desenrolar.

Achei muito perspicaz o desenvolvimento e a aderência das pessoas ao projeto. É assustador como tudo se dá e na aceitação dos Consumidores para tornar cultural.
É uma distopia possível de se imaginar pelo modo que foi cuidadosamente introduzida.

A primeira parte é confusa, "depois vão ver, é infinitamente simples. Mas de início exige um salto de percepção." (trechinho copiado)
A introdução do Vale do Silêncio no fim da segunda parte foi fundamental pra fechar o título e refletindo agora penso que poderia ter sido explorado bem antes.

Um livro maduro e complexo, que exige dedicação à leitura. Temas como literatura, linguagem, antropologia, história e sociologia são esmiuçados com muita mestria. No fim tudo isso faz parte do meio ambiente, como bem sugere o título.

Leitura Recomendada.
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juliabarros 15/05/2024

Acho que nunca tinha lido nada assim
É ficção mas tem fatos reais no meio. É surrealista ao mesmo tempo que tem eventos da nossa rotina. É assustador, distópico mas crítica nossa sociedade atual e até onde ela poderia chegar? Distópico e revolucionário. Denso, complexo mas não decepciona nem por um segundo.
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kemelyn 27/09/2024

Genial e assustador
Em "Ecologia", de Joana Bertholo, mergulhamos em um mundo perturbador onde a comunicação se tornou um luxo. A ideia de que precisamos pagar para falar me impactou profundamente, refletindo uma opressão que sufoca a essência humana. Achei um livro extremamente complexo e tive dificuldades de conseguir organizar todas as ideias que tive ao ler, tamanha sua riqueza, mas tentei trazer alguns pontos que refleti no decorrer dessa leitura.

Os personagens, frente a uma grande transformação no mundo que conhecem, partem em uma busca por dialetos perdidos, e assim, tentavam resgatar palavras e outras formas de expressão. A nomeação, nesse universo, se torna uma forma de conexão, um desejo profundo de expressar-se livremente.
Darla, que é a principal responsável por essa ideia de taxar as palavras, enfatiza e tenta convencer as pessoas de que, não poder dizer uma certa palavra, como liberdade por exemplo, não vai ser prejudicial, já que a ideia de liberdade não vai ser apagada. Porém, isso me fez refletir sobre como nomear as coisas é de extrema relevância e a ideia de que algo se torna mais real quando conseguimos nomear, já que a linguagem muitas vezes molda nossa percepção da realidade. A teoria de Lacan, que sugere que o inconsciente é estruturado como uma linguagem, ressoa aqui. Essa relação entre linguagem e identidade revela como a expressão verbal é fundamental para a construção do eu, enfatizando a necessidade de se comunicar em um mundo que tenta restringir essa liberdade.

Além disso, a busca dos personagens por línguas e dialetos esquecidas pode ser vista através da perspectiva do inconsciente coletivo de Jung, que inclusive, é citado brevemente no livro. Os dialetos antigos não são apenas palavras, mas símbolos de uma cultura compartilhada. Ao resgatar essas tradições, os personagens se conectam a um passado comum, refletindo uma luta coletiva por identidade e expressão em um mundo que tenta silenciá-los.

A crítica ao capitalismo não é nada sutil. A desvalorização da cultura e a alienação das relações humanas ecoaram, me fazendo refletir sobre a fragilidade das conexões em um mundo que prioriza o lucro. Vi na luta dos personagens uma busca por autenticidade, uma forma de se opor a um sistema que tenta moldar nossas identidades.

No final, "Ecologia" não é apenas uma narrativa distópica; é um convite a repensar o valor da comunicação e da expressão. A obra me lembrou da importância de dar voz a todos, de lutar pela liberdade de se expressar sem barreiras. É uma leitura que ressoa em nossos dias, um lembrete do poder das palavras e da necessidade de nos conectarmos verdadeiramente.

obs: amei a Candela. Que personagem especial!
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