Quando a tecnologia das megacorporações se sobrepõe cada vez mais aos governos, um algoritmo chega para acabar de vez com o último refúgio da liberdade individual: a linguagem. A partir de então, o uso das palavras passa a ser pago e monitorado, fazendo com que as pessoas deixem de ser apenas consumidores para se tornarem também produtos. E é através das vozes de vários personagens — e dos seus silêncios, última forma de resistência — que acompanhamos os ecos de uma distopia tão inventiva quanto assustadoramente verossímil. Afinal, o que acontece quando só dizemos aquilo pelo que podemos pagar?
“Erudito e lúdico, o romance de Joana Bértholo é um hino à linguagem humana, entendida como último reduto da liberdade.”
— José Mário Silva, Expresso/E
Distopia / Ficção / Literatura Estrangeira / Romance