Entre a Cruz e a Espada

Entre a Cruz e a Espada Igraínne Marques




Resenhas - Entre a Cruz e a Espada


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Aline Cristina Moreira 05/03/2020

Ótimo!
Gente, para tudo!! Essa semana descobri a coleção "Femme Fatale" na amazon e fiquei maravilhada! Se trata de uma coleção que traz releituras de histórias com mulheres poderosas e empoderadas de contos de fadas. Este, no caso, foi o segundo volume e a homenageada foi a Esmeralda do "Corcunda de Notre Damme" (pela capa já dá pra notar rs).
Quando iniciei a leitura eu não tinha ideia de nada disso, embora pudesse notar certas semelhanças entre as personagens, no entanto, a história e a personagem da Igraínne vão muito além daquela que conhecemos.
Esmeralda é uma jovem bailarina negra e com descendências ciganas e sente muito orgulho disso, mas sempre aprendeu que deveria ser mais cuidadosa e dedicada que as outras pessoas por conta da cor de sua pele e origem. Felizmente isso não a impediu de ser uma mulher decidida e que sabe lutar pelo que quer.
A história se passa na Itália, para ser mais exata no Vaticano e Esmeralda se vê frente à uma conspiração que envolve pessoas muito poderosas e da qual pode acabar sendo mais uma vítima.
Achei o livro muito emocionante e envolvente, sem falar de todo o mistério que me fez roer todas as minhas unhas. Não conhecia a autora, mas já virei fã de carteirinha. Quero ler muito mais trabalhos dela e os próximos volumes desta coleção. (Tenho certeza que virarei fã de todas as autoras).
Obs: o conto contém gatilhos a respeito de abusos sexuais, então fiquem atentos a isso.
Obs 2: E essa capa, gente? A Lola Salgado arrasa demais nas capas dela. Me apaixono por todas que vejo!
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Kristine Albuquerque 15/03/2020

Balé, dança do ventre, investigação policial e Itália.
Esmeralda é uma dançarina de 20 anos que está embarcando para a sua primeira turnê internacional, na Itália. Moradora do Vidigal e filha de mãe solo, é marcada pelo trauma da mãe em uma situação de assédio. A viagem acaba revelando uma teia de segredos e crimes, na qual Esmeralda será a principal testemunha e terá um papel fundamental em desmascarar as pessoas envolvidas.

Entre a Cruz e a Espada é o segundo conto da coletânea Femme Fatale, que tem por proposta criar estórias diferenciadas para as princesas da Disney, e aqui a inspiração foi a Esmeralda!

O enredo tem muitos elementos diferentes e eu vou tentar dividir entre os pontos positivos e negativos para não ser tão extensa e nem entrar em detalhes que seriam spoilers.

Por ser uma releitura, o que esperamos é uma estória inédita com elementos que façam referência à original. E isso foi muito bem feito aqui. Eu fiz questão de rever o filme antes da leitura, então talvez esses detalhes tenham ficado ainda mais nítidos para mim, mas são detalhes bem específicos que certamente quem ler irá perceber ainda que não lembre tanto assim do filme. Só para citar alguns: o personagem com algum tipo de deficiência, as gárgulas, a profissão do par romântico, o padre corrupto, um grupo de pessoas oprimidas na cidade e pela igreja, a luta com o candelabro... A autora soube ressignificar essas características de uma forma bem original, assim como o plot principal envolvendo os crimes. Não só isso, como foi bem corajosa também.

O enredo em si tem alguns problemas, na minha opinião. Alguns acontecimentos poderiam ter direcionamentos diferentes, mas isso é mais por gosto pessoal então nem vou comentar. Vou me ater às questões do enredo sobre construção e desenvolvimento, no que poderiam ter sido melhores a meu ver. Não estou aqui para julgar o trabalho da autora nem sua qualidade de escrita.

A autora teve muitas ideias interessantes, mas o desenvolvimento acabou ficando superficial e/ou confuso. Não deu tempo de trabalhar o suficiente em todos os temas, são apenas 120 páginas. Ficou a sensação de muita coisa em pouco espaço, com pouco foco. Eu consigo pensar em pelo menos três temas do enredo que por si só dariam uma estória completa, e eu nem sou escritora. Quanto a narrativa, ela é bem descritiva e isso quebra bastante o ritmo, porque sempre tem muita descrição e muitos detalhes da ambientação para poucas coisas acontecendo e poucos diálogos. 80% do que acontece é a protagonista pensando consigo mesma, ao invés de estar fazendo algo. É bom pensar antes de agir, mas nem tanto. Quanto aos personagens, também faltou foco nisso. Várias pessoas são citadas e não aparecem de fato, ou quando aparecem só estão ali sem fazer nada. Pelo menos os personagens envolvidos no plot principal deveriam ter mais tempo de cena e mais desenvolvimento. Assim como alguns diálogos, que surgem com alguns temas que não são levados adiante. Se não vão fazer diferença nas ações futuras, então para que estão ali?

Enfim, a Esmeralda aqui é tão incrível quanto a do filme em personalidade e ambas com histórias de vida fortes, marcadas pela resistência cotidiana. Apesar de ter ficado abaixo da minha expectativa, indico a leitura pelo tema corajoso e necessário. Só não espere muito aprofundamento. As referências também valem a leitura.
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Giovanna Pego 22/03/2020

Princesas Disney y otras cositas más
"Entre a Cruz e a Espada" foi meu primeiro contato com a antologia Femme Fatale e posso dizer que aumentou minhas expectativas para os outros volumes!
Neste reconto da história de Esmeralda - sim, a do Corcunda de Notredame - a jovem é uma bailarina promissora em uma grande companhia de balé. Nesse sentido, adorei como os elementos que a gente já conhecia foram incorporados à nova trama: a dança, o próprio Quasimodo, a presença da Igreja e até mesmo frases famosas do filme da Disney.
É uma roupagem atual para uma história clássica, que discute problemas que ainda enfrentamos hoje. Vale a leitura!

site: https://www.instagram.com/bibliotecadagio/
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Andreia.Kohut 24/03/2020

Adoro a proposta desta série! Mas estou achando tudo muito superficial... revisitar personagens fortes, recriando suas histórias acho fantástico! Mas acredito que faltam algumas contextualizações, alguns motivos, algumas explicações... A escrita tem o poder de prender, mas aqui deixou a desejar....
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Ana Buriche 03/05/2020

Esmeralda contemporânea
Entre a Cruz e a Espada me surpreendeu muito. A principio, achei a conexão entre a bailarina brasileira, moradora do Vidigal e Esmeralda (d'O Corcunda de Notre Dame) inexistente. Mas, conforme, a história avançava, as conexões foram surgindo e fazendo sentido. Dito isso, o conto é um grande suspense. Esmeralda é selecionada para participar de uma turnê com sua companhia de dança e vai para a Itália. Lá, acontecimentos estranhos ocorrem e ela se vê no meio de uma investigação policial a acaba tendo um protagonismo na solução do caso.

Pra mim, um destaque é como Esmeralda aborda muito bem o racismo nas cenas que envolvem o seu cotidiano ao longo do conto, de maneira leve e didática.

Obs: há cenas que abordam estupro; porém, não são descrições detalhadas. Leitores mais sensíveis ou que já vivenciaram esse tipo de situação podem se sentir mal.
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Kamylle.Alvaristo 18/05/2020

Pecou em ter poucas páginas
A história é incrível, mas os acontecimentos decorreram-se de forma muito rápida, poderia ter maior desenvolvimento, porque é uma história alucinante e que trata de assuntos tão delicados!! Eu sei... a proposta da coleção é fazer uma espécie de contos, mas poxa, custava dar mais umas 150 páginas para conseguirmos curtir mais a Esmeralda, Léo, Phillip e Marília?
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Costa 17/06/2020

Incrível
Livro extremamente interessante que trás um crítica pesada a igreja católica.
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Thainá Kramer 20/07/2020

Não concordo nem discordo, muito pelo contrário...
Boa escrita, bom tema, mas com pouca profundidade. Entendo que pode ser alho que traga gatilhos para algumas pessoas, mas eu estava esperando algo melhor da história. Terminou de um forma ok, mas pouco conclusiva, achei que ela ficaria com o rapaz ou algo assim e não mostrou nada.
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Aline ig @escape.abacharel 15/08/2020

Esse é o segundo livro da antologia "Femme Fatale", que reúne contos de doze autoras nacionais. O projeto "Femme Fatale" se propõe a apresentar releituras de princesas e heroínas da literatura. "Entre a Cruz e a Espada" é um reconto da Esmeralda de "O Corcunda de Notre Dame".

Esmeralda Araújo é uma bailarina de 20 anos que está embarcando para a sua primeira turnê internacional, turnê essa chamada "Lago dos Cisnes", que acontecerá na Europa. Ela nem acreditou quando viu que havia sido selecionada pela companhia, no meio de tantos talentos das turmas profissionais de dança. Entre ela e os outros talentos, há uma grande diferença de posição social. Enquantos os outros talentos são ricos e herdeiros de influentes políticos, Esmeralda é filha única da empregada Maria Lúcia, mãe solteira moradora do Vidigal, uma das favelas mais famosas do Rio de Janeiro.

Na viagem, ela contaria com a companhia de seu melhor amigo: Léo, diretor artístico da companhia. Então como ser mais perfeito que isso?! Porém, ela não esperava os acontecimentos que estavam por vir. Esmeralda sempre enxergou a dança como uma forma de se libertar das amarras sociais, porém, a viagem para a Itália acaba se revelando em uma teia de segredos e crimes, na qual Esmeralda será a principal testemunha e terá um papel fundamental em desmascarar as pessoas e organizações religiosas envolvidas, como a Igreja Católica.
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perdiapagina 07/10/2020

Nostalgia, crimes e uma nova Esmeralda
"Entre a Cruz e a Espada" é o segundo conto da Antologia Femme Fatale, que reúne doze autoras nacionais para fazerem releituras de heroínas dos contos de fadas. A escolhida pela autora Igraínne Marques foi a cigana Esmeralda da animação da Disney "O Corcunda de Notre Dame" (Ainda que a personagem seja oriunda do livro de mesmo nome escrito por Victor Hugo as referências que aparecem no conto são da animação).

Na narrativa de Igraínne, Esmeralda é uma bailarina brasileira moradora do morro do Vidigal, que está viajando junto com a companhia de balé para uma turnê internacional que se iniciará no Vaticano. Ao chegar lá, ela acaba se envolvendo numa trama cheia de segredos e crimes.

Em primeiro lugar eu preciso alertar às pessoas que esse conto contém gatilhos de pedofilia e estupro, então quem for sensível a esse tipo de conteúdo, por favor, não leiam. A autora foi bem delicada em fazer o alerta logo no início da história e confesso que me deixou surpresa de ver que ela escolheu tais assuntos para abordar num conto porque acho que é necessário ter muito cuidado e desenvolvimento para não acabar sendo só cenas soltas. Infelizmente pra mim pareceu que ficou bem corrido, não deu a sensação de serem cenas soltas mas eram poucas páginas para desenvolver. Algumas cenas eu fiquei muito "cara, isso definitivamente não aconteceria na vida real e se acontecesse essa pessoa provavelmente estaria desaparecida e morta", mas relevo por ter um final agradável.

Sobre os personagens gosto da Esmeralda e Leo, mas queria que fosse melhor construído essa parte. Leo tem um momento que diz que estava pensando na possibilidade de ser bissexual e fiquei o conto inteiro esperando para saber como isso iria desenrolar mas foi só isso. Marília é uma personagem que em vários momentos é citada e aparece algumas vezes que me fez achar que ela teria um destaque maior na história mas acabou que a única impressão que deixou foi "a padrãozinha burguesa que a gente pensa mal antes de conhecer mas no fim é uma boa pessoa", fora outros personagens que são citados, aparecem numa cena só pra serem soltarem falas racistas para exemplificar o Esmeralda passa e depois somem.

O conto tem algumas referências bem legais à animação da Disney, como por exemplo: o tecido roxo com as moedas penduradas que a esmeralda usa na cintura, a deficiência do Léo que me lembrou o Corcunda, Phoebus e Frollo... Mas as partes legais ficam só na estética. Há algumas cenas em que a autora coloca algumas falas que tem na animação mas pra mim elas só não ficaram legais nos contextos. E falando também sobre a deficiência do Léo, teve um momento em que a Esmeralda fala que boa parte das frustrações do amigo vinham porque ELE se colocava naquela posição por saber que ele viria com um discurso de que não tinha o direito e nem a possibilidade de ter um amor. Não é o Léo que se bota nessa posição é a sociedade num geral que trata pessoas PCD como dignas de penas, coitadas e no máximo lindas histórias de superação, e por conta disso são ignoradas, suas necessidades deixadas de lado e são preteridas quando o assunto é relacionamento.

Mesmo que eu tenha apontado alguns pontos negativos, ainda acho que a leitura desse conto vale a pena. É curto, bate uma nostalgia boa durante as páginas e o final é bem satisfatório. Comprem e não deixem de avaliar ao final da leitura na rede social de sua preferência. ISSO É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PARA OS AUTORES!!!

Entre a Cruz e a Espada
Editora: Increasy Consultoria Literária
Autora: Igraínne Marques
Páginas: 113
Link para compra: https://amzn.to/3njbeQe
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CPF1964 15/10/2020

Opinião
Primeiro livro que leio da autora.

O mesmo faz parte da série Femme Fatale.
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Bruna.Bookstagram 25/11/2020

A Cigana Esmeralda
"A bailarina Esmeralda Araújo está muito animada. Depois de anos tentando, finalmente conseguiu ser selecionada para a turnê de Lago dos Cisnes, que vai acontecer, dessa vez, na Europa. Nascida no Vidigal, uma comunidade do Rio de Janeiro, ela sempre enxergou a dança como uma forma de se libertar das amarras sociais, de modo que conseguir o reconhecimento de uma apresentação dessas é seu maior sonho. O que ela sequer desconfia é que a turnê é patrocinada pelo Vaticano, o que quer dizer que a companhia precisa dançar para um grupo de religiosos antes de ganhar o mundo. Isso não seria um problema se, junto do melhor amigo Léo, diretor artístico da companhia, e de um europeuzinho muito suspeito, ela não tivesse presenciado uma cena terrível dentro do menor país do mundo."

De todas as histórias, essa em especial me remeteu por completo na história de Esmeralda no filme O Corcunda de Notre Dame, não só em sua aparência, vestimentas e personalidade, mas também em diversas frases que ela diz no livro e veio na minha mente a cena idêntica ao filme. Se eu adorei? Muito. Eu adoro essa personagem, na minha opinião é uma das mais fortes princesas que foram feitas.

Ela foi muito corajosa no decorrer do livro em mexer no assunto que é tão delicado quanto ao abuso de menores, para quem tem traumas quanto a isso, há algumas passagens que podem dar gatilho. A autora soube descrever perfeitamente como o silêncio e poder que emana da Igreja acaba calando os inocentes, demonstrando que as pessoas menos favorecidas sempre acabam se prejudicando. Seja em sua cor, raça, opção sexual ou em seu poder econômico.

O livro teve início, meio e fim, mas poderia ter um spin-off sobre o seu retorno ao Rio de Janeiro e quem sabe reencontrar Philipp por aí, não é mesmo?

Essas obras da saga Femme Fatale estão me surpreendendo demais e em como todas as autores conseguem expressar com perfeição a força das mulheres e a sua busca de espaço na sociedade. Quando chegar a última edição vai nos deixar com um gosto de quero mais,


site: www.instagram.com/dnilivros
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