Amor de Perdição

Amor de Perdição Camilo Castelo Branco




Resenhas - Amor de Perdição


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Correia 30/01/2022

Tive de ler este livro no âmbito da disciplina de português para a escola.
Achava que não ia gostar e que ia ser secante mas a verdade é que até foi interessante
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Arruda 13/01/2022

Perdições de amor
Romance português do início do século XIX conta uma história de amor com um final bem esperado. Muitas palavras e termos portugueses de difícil entendimento, mas de fácil interpretação. Bom livro mas esquecido pela maioria.
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Beatrice 09/01/2022

jesus me ajudou mt
primeiramente gostaria de agradecer minha professora por ter me passado um trabalho com esse livro, mesmo eu não tendo conseguido terminer de ler a tempo do prazo que a senhora passou. eu amei o livro, nunca tinha lido um clássico e esse foi bem difícil, mas a experiência foi mt massa. foi meio difícil de ler pq portugal de 1800 tem uma escrita mt estranha e difícil mas nada que não possa ser entendido.
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I. de Rohan @izabelderohan 14/12/2021

Vem comigo que eu vou explicar a razão de ser do Amor de Perdição. Se você já leu o livro, leia essa resenha. Se você ainda não leu o livro, também leia essa resenha.
A história trágica do livro de Camilo Castelo Branco é a seguinte: um casal de apaixonados que não pode ficar junto por causa de suas famílias patriarcais que se baseiam fortemente em cima da honra e da permanência das castas sociais do século anteriores, visto que a obra se passa no século dezenove, momento de mudanças grandiosas. No meio dessa necessidade de se amar do casal Simão e Teresa, Simão acaba assassinando dois empregados de Baltazar, primo e marido em potencial de Teresa. Assim, Simão permanece escondido na casa de um ferreiro que foi ajudado por seu pai, um corregedor, e se sente em dívida com a família de Simão. Hóspede da família, Simão conhece Mariana, que se apaixona perdidamente por ele.
História bem simples, certo? Mais ou menos.
Vamos a história trágica de Camilo Castelo Branco. Camilo era um namorador nato que conhece Ana Plácido, uma outra poeta casada, e começa um tórrido e bem exposto caso de adultério (por parte dela). Na época, adultério era crime por parte da esposa. Ou seja, a esposa não poderia trair o marido, porém, o marido poderia ter todas as amantes que desejasse. Todos sabiam desse caso e o marido de Ana começou a ser pressionado pela sociedade portuguesa a dar parte de Castelo Branco, pois as outras esposas e outros homens (potenciais amantes) poderiam começar a ter ideias... Bom, mantendo os costumes sociais, lá foi o marido de Ana Plácido dar parte de Camilo. Os dois foram presos (Ana em um lugar terrível, juntamente com seu filho e a babá – isso mesmo que você leu, o filho e a babá, coitada). Camilo escreveu dois livros em cárcere (Memória de Cárcere e esse, Amor de Perdição), e por que ele escreveu Amor de Perdição? O que estava acontecendo enquanto o romance era escrito? O indício, o julgamento (vamos colocar nesses termos mais populares) do caso de adultério. Caso Camilo e Ana fossem ditos como culpados, os dois poderiam sofrer a pena de morte. Então, nosso autor escreveu a defesa de seu próprio caso. Se Simão, que ama tanto Teresa, matou duas pessoas e você, leitor, acha que eles deveriam terminar juntos e livres, por que não Camilo e Ana, que nem mataram ninguém, e o único crime foi... amar demais?
Preste atenção nos artifícios utilizados por Camilo. O casal patologicamente apaixonado; os pais liderados pela honra e cegos para os filhos; Simão, o homem nobre; Teresa, uma donzela prometida a um casamento sem amor e por dinheiro; Mariana, a tentação pura que Simão nega e por aí vai.
Também temos na obra numerosas críticas contra a sociedade vigente. Contra os religiosos aos montes e sem vocação para o trabalho com a fé, a sucessão de bens, a clausura de jovens com finalidade de correção e a impossibilidade do amor verdadeiro.
Não devemos associar a vida do escrito diretamente à obra de arte, mas... acho que podemos fazer algumas exceções.
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Lu 09/11/2021

Tragédia.
Dramalhão amarradinho e bem escrito. Um romance romântico autêntico. Muito ágil, não me lembrava disso...
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lkat.hy 08/10/2021

Final triste
Comecei precisando tá com celular do lado por causa da forma de dizer naquela época e por ser de Portugal (não consigo entender boa parte do que dizem, mesmo falando português também). Aos poucos fui de: achar livro chato; para: uau!
Ainda me ajudou no dever sobre romantismo.
Quanto ao final: me fez quase chorar! Precisei de bom tempo pra cair a ficha.
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Barbie.Literaria 04/10/2021

Eu te amo.
Esse livro foi uma descoberta incrível na adolescência e eu simplesmente recomendava ele para todo ser humano que via na frente. É um Romeu e Julieta escrito por outra pessoa e de outra forma (porém a história é bem semelhante sabe, duas famílias que se odeiam etc), mas eu te amo muito preciosidade ?
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Italo Fray 04/09/2021

Amor dramático
A obra foi satisfatória, estava de modo a curar uma ressaca literária,intensa, e esse exemplar me caiu bem. rsrs!
Refletir sobre essa narrativa, distante, despertou-me doces inquietações, isso se deu pelo amor verdadeiro entre Simão e Teresa; o mesmo sentimento despertar no inconsciente a insistência do desamor.
Outrossim, é notório, na mesma, a intensidade dos sentimentos, tudo é mais palpável.
Em suma, eu amei bastante é um convite para o despertar sentimental, o desfecho lastimavelmente é traumático.
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Sunyyyyyy 23/08/2021

O MELHOR ROMANCE DE ÉPOCA QUE EU JÁ LI
Amor de perdição conta a história do amor de Simão e como o mesmo trouxe muita dor e sofrimento para o mesmo.
"Amor de perdição, publicado em 1862, pertence à segunda geração do Romantismo na literatura portuguesa. Principal representante dessa fase, Camilo Castelo Branco produziu uma vasta obra literária. Esse período ficou conhecido também como ultra-romântico devido ao subjetivismo, ao emocionalismo e ao pessimismo que os autores imprimiam ás obras. A essa altura livres dos postulados neoclássicos, eles exerciam com vigor o ideal estético romântico que defendia a liberdade de criação" -Atrás do livro
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Anninha 21/08/2021

Amor intenso e devoto
A leitura foi muito incrível, viver essa história que se passa muito distante do nosso tempo levanta tantos questionamentos e ajuda a fazer muitas reflexões.
Fiquei pensando como hoje o amor é algo que é credibilizado so com o tempo, só depois de 5 anos de namoro que as pessoas aceitam aquele amor como duradouro, e como na época da oba o amor era algo que todos acreditavam pelo fato da paixão dos amantes, não eram necessários anos de relação, nem as etapas como nos as conhecemos (namoro, noivado, casamento). Tudo era intenso, o amor era a razão para tudo e ninguém era capaz de dizer o contrário.

Amei muito e é gostoso ler algo diferente pra sair das nossas crenças e entrar num mundo tão distante do nosso.
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Nati 20/07/2021

Deixei meu coração nas páginas finais
Uma das histórias de amor mais lindas que já li! E não falo dos protagonistas. ?? ??????????????????
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MatheusPetris 19/07/2021

O Amor de Perdição, do título, não se refere apenas ao casal de enamorados, ele corporifica-se alastrando-se e laçando as personagens da trama, sufocando-as, para depois, reduzi-las ao pó. A dita perdição nasce de uma impossibilidade, uma impossibilidade calculada pela intriga familiar. Duas famílias que nutrem um ódio para com outrem e, não se dobrarão, mesmo que sob ameaças da cessação da vida daqueles que amam. Os costumes e leis morais que regem a sociedade estão acima dos sentimentos, estão acima dos laços sanguíneos. Mais vale uma imagem a zelar, do que ceder a uma paixão jovem e desenfreada. Nisso, ambas as famílias combinam-se, agem friamente de acordo com seus princípios.

Diante dessa inexorável e incontestável guerra familiar, as injúrias já não bastam e as regras são quebradiças diante de tanta paixão, por isso, resta como opção a dissolução do seio familiar. Para isso, os patriarcas dessas famílias, preferem os filhos o mais distantes possível, de modo que não possam se reencontrar. E nisso, a estrutura do romance de Camilo é notável em abusar das artimanhas novelescas, das pontas da trama que estão prestes a explodir e não explodem. Podemos pensar naquilo que Umberto Eco intitulou de estrutura sinusoidal, uma rede de tensões e distensões urdidas pela trama, a fim de prolongar o sentimento do leitor, bem como capturar sua atenção. Segundo o autor, o romantismo errou muito ao criar tantas linhas na trama que se tornam insolúveis, afinal, são criadas pela necessidade (editorial em até certa medida) da construção de uma nova tensão.

Não acredito que seja o caso, contudo, faço uma ressalva, pois, podemos observar isso em algumas mortes súbitas, resoluções de sobressalto no destino de algumas personagens, talvez, por não ter forma melhor de lidar com seus destinos. Portanto, existe uma resolução, uma amarração, mas insatisfatória diante da complexidade que a personagem era construída até então. Todavia, vale lembrar que o romance foi escrito em inacreditáveis quinze dias.

Fechado o enorme parênteses, enfim, voltemos ao casal. Diante da tal separação mencionada, resta uma única aliada: a linguagem, a palavra. Sendo ela, a única forma de afeto, de toque. Tal afeto, é construído por uma troca epistolar, é a forma de aproximação que lhes restam. Não importando a distância, a palavra também vem como sinal de resistência, de luta. E é neste paradoxo que o amor vai florescendo cada vez mais: quanto mais tentam afastá-los, mais eles se aproximam.

Convencionou-se chamar o autor de ultra romântico. Neste romance, acredito que esse termo vem residir num imbricamento entre o romantismo e a tragédia, entre a vida e a morte. Pensemos. O exagero não vem apenas da palavra, mas claro, tem seu toque, pois, os enamorados cometeriam tantos atos de bravura, caso não houvessem lido tantas declarações eufóricas de amor?

A imagem final, vem reiterar esse paradoxo que menciono acima, pois, enquanto as personagens protagonistas se afastam – ela, em espírito, do mirante, ele, no navio, em direção a prisão –, o amor deles é tão forte que se resvalam espiritualmente, se encontram, cedendo enfim a morte, pois, sabem da impossibilidade viverem o amor. E não para por aí. O ultra não é à toa, e a perdição com que abri esse pequeno ensaio é derradeira.

A perdição se ramifica após a morte de Simão e Teresa. E, a “santa” Mariana, que abdicou de toda sua vida para amar e resguardar um homem que sabia amar outra, também se perdeu junto ao seu sentimento. Essa bela e paradoxal (novamente) imagem, de um navio se afastando de um mirante e de uma dama se lançando junto ao mar para abraçar um defunto, é tão forte e impactante quanto uma tragédia grega. Eis o ultraromantismo. O amor é o ceifador de vidas, talvez, um sinônimo para a morte.
astrphysics2 19/07/2021minha estante
adorei a resenha! vou adicionar na minha lista


MatheusPetris 19/07/2021minha estante
Obrigado, fico feliz! Leia quando puder, recomendo bastante.




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