Amor de Perdição (eBook)

Amor de Perdição (eBook) Camilo Castelo Branco




Resenhas - Amor de Perdição


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Li 02/11/2010

Esses livros do romantismo são sempre mais do mesmo... Camilo pelo menos ainda tem traços de realismo, mas a base do livro é muito piegas, Deus me livre! rsrs
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Brenda675 30/09/2010

Muito triste, mas é lindo. Dá vontade de explodir as duas famílias e deixar só o casal vivo hahaha' Nao imaginava o final, mas gostei.
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Cyntia 17/09/2010

Apesar do desfecho mega hiper ultra triste, como o próprio título já sugere, a história é muito boa, romântica mesmo, e bastante envolvente, apesar da linguagem rebuscada, já que foi escrita em português de Portugal, do início do século XIX. Agora é partir pra 'Amor de Salvação', do mesmo autor. Haha.
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Francine 07/09/2010

Amor de Perdição, de Camilo C. Branco - contém spoilers
Simão Botelho era um típico homem do século XIV, de boa família, com uma mesada recebida regularmente para realizar seus estudos. Teresa era uma típica mulher (menina) do século XIV, de boa família, que deveria fica à espera da decisão de seu pai sobre qual homem a levaria para o altar. Eles eram vizinhos. E as famílias se odiavam, assim como a história de Romeu e Julieta. E isso, devido ao que já conhecemos, pode nascer um amor que não pode ser.

E tem o primo que convence o tio ser o melhor partido para a sua filha Teresa, e acaba com os planos de namoro feitos através dos olhares trocados por ela e Simão Botelho, o vizinho inimigo de seu pai. Mas a filha não tem tanto assim de menina comum do século XIV, ela sabe dizer o que quer e, de antemão, avisa o pai que não casa-se com o primo Baltasar Coutinho, que, nada mais é que um ser capitalista em busca do dinheiro do seu tio através do casamento com sua prima. “Por parte de Baltazar Coutinho a paixão inflamou-se tão depressa, quanto o coração de Teresa se congelou de terror e repugnância”. E então temos o conflito principal.

Movidos por uma paixão avassaladora, Teresa e Simão trocam cartas regadas a sentimentalismos e sofrimentos puros de amor, com uma vontade de morrer se não for possível ficarem juntos, como se fosse uma ferida se abrindo cada vez mais, como se o derramar sangue e sofrer fossem uma situação do mais puro amor. E se faz necessário matar Baltasar Coutinho que, primeiramente, tenta matar Simão Botelho, mas acerta-o apenas de raspão. Mas Simão, como o herói da história, não falha em sua missão e mata o primo de Teresa na frente de todos. E não foge. E assume o crime. E vai para a cadeia. Afinal, os românticos são, sobretudo, pessoas extremamente honradas, assumidoras de todas as suas aventuras e desventuras. Paralelamente a menina Teresa está vivendo num convento por obrigação de seu pai. Nesse ponto o autor não perde a chance de fazer uma crítica ao ambiente religioso, pois a descrição do convento é de um lugar totalmente oposto ao que se pensa sobre religiosidade: freiras loucas, dissimuladas, mexeriqueiras e pecadoras.

E como toda a história necessita de antagonistas – que “carregam” e “conversam” com os personagens principais, temos também dois personagens muito interessantes: Mariana, uma camponesa, e seu pai, João da Cruz. Este é totalmente grato a família de Simão Botelho devido a uma preciosa ajuda realizada no passado e, assim que ele vê o integrante da família precisando de abrigo, oferece-lhe. E Mariana, por forças inexplicáveis talvez, apaixona-se perdidamente por Simão Botelho e passa, então, a ajudá-lo com tudo que for preciso para que ele consiga resgatar Teresa do convento.

Mas tudo acontece em vão, a não ser o amor que parece crescer e crescer a cada página lida, como se fosse um fermento em excesso no bolo. Cresce e cresce, transbordando da forma da sanidade. Simão enlouquece, Teresa enlouquece, Mariana enlouquece – todos em nome do amor. E, de repente, uma pequena sobriedade volta, mas o vestígio da loucura permanece. No livro isso é chamado de honra. A honra do amor único, eterno, para sempre. “Tenho a demência da dignidade: por amor da minha dignidade me perdi.” E eu me pergunto: que amor é esse? Que necessidade é essa de colocar o ser amado como algo tão perfeito e que ao mesmo tempo enlouquece? Isso é amor mesmo?

Amor de Perdição deve ser lido por todos aqueles que querem compreender a escola literária do Romantismo e por todos que gostam de filosofar sobre o amor. É um livro bonito, muito bem escrito e, no início, talvez se tenha um pouco de dificuldade para acompanhar a leitura, pois trata-se de um romance escrito em 1862, então, obviamente, não veremos frases típicas de hoje em dia, mas sim, um mergulho na gramática portuguesa desse período, o que eu acho divino.

Os autores românticos falam de amor com muita dor, como se carregassem nas costas o amor representando por uma bigorna. Dói. Mas hoje ainda vemos o amor assim, porque o “amor” é algo possessivo, dolorido, sofrido em muitos casos. Não mudamos muito. A literatura, o cinema, a novela ainda tratam muito do amor romântico; na vida ainda vivemos esse tipo de amor, apenas disfarçamos melhor esse “sentir o amor” como sinônimo de perfeição e honra, mas que leva o ser humano à loucura, a demência, criando uma lógica que, se assim não for, não é amor. Parece que Camilo Castelo Branco quer dizer isso, como se isso não tivesse importância se menor fosse, ao ponto de escrever um livro. O amor só é interessante se intenso. Extremamente intenso e louco. E ele também critica toda a sociedade da época, os moldes como os casamentos são feitos, como as famílias lidam com suas filhas mulheres. No livro, escrito em 15 dias enquanto ele estava na cadeia, Camilo Castelo Branco afirma que, através de um personagem secundário, que seria muito simples se o pai de Teresa não tivesse bloqueado a história de amor dela com Simão. Seria tão simples se, mesmo no meio da história, ele voltasse atrás e permitisse a felicidade de sua filha. Mas não. Tadeu Albuquerque em nome de uma honra que só existia na cabeça dele, carregou o amor extremo de sua filha rumo à loucura e morte. Não só de Teresa, mas de todos que ali sentiram o que eles chamavam de amor.

Algumas frases do livro:

“Em cada mulher, quatro mulheres incompreensíveis, pensando alternadamente como se hão de desmentir umas às outras.”

“Sem saber que os encantos da vida, os mais angélicos momentos da alma, são esses lances de misterioso alvoroço que aos mais serôdios de coração sucedem em todas as razões da vida, e a todos os homens, uma vez a menos”

“Não há baliza racional para as belas, nem para as horrorosas ilusões, quando o amor as inventa.”

“A liberdade do coração é tudo.”

“Orgulho ou insaciabilidade do coração humano, seja o que for, no amor que nos dão é que nós graduamos o que valemos em nossa consciência.”

“(…) alcatruzes somos, uns a subir, outros a descer, movidos pela manivela do egoísmo.”

“Ânsia de viver era a sua; não era já ânsia de amar.”

“Tenho a demência da dignidade: por amor da minha dignidade me perdi.”
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Cíntia Eufrásio 24/08/2010

que livro chaaaaaaato cara. só to lendo por causa de um trabalho de literatura pra proxima semana. tem que ficar com o dicionario direto do lado. entendendo nada :x
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Talita Gomes 10/08/2010

Vale todo mundo morrer de amor? rsrsrrs
Final trágico... Esperava bem mais...
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Júnior 17/07/2010

Amor de Perdiçaõ - Camilo Castelo Branco
A história conta sobre o amor incondicional de Simão Por Tereza...

Simão era filho do desembargado Domingos Botelho, e tinha um irmão mais velho que se chamava Emanuel, que Simão particularmente não gostava muito, e irmãs mais novas cuja Rita, a mais nova, era sua preferida. Sua mãe também se chamava Rita e por muitas vezes tinha uma atitude de soberba.
Simão era um jovem que envergonhava a família tinha amizades somente com pessoas de classe baixa e viviam sempre desorganizado, seus pais não tinham amor por ele.
Depois que conheceu Tereza o comportamento de Simão mudou completamente, suas atitudes não eram as mesmas, não saias mais de casa, suas amizades foram desaparecendo, tratava-se que Simão estava apaixonado por Tereza Albuquerque, filha de Tadeu Albuquerque, porém suas famílias eram completamente inimigas umas das outras, ou seja, o amor deles era só reconhecido por eles e por mais ninguém...
Depois disso Simão retorna a Coimbra, onde tinha iniciado seus estudos, e dava o melhor de si, pois ele pensava em seu futuro junto ao de Tereza...
Depois que Simão foi a Coimbra Tereza fez uma amizade com Ritinha, e Tereza desabafou o seu amor a Ritinha, porém uma vez Domingos pegou Ritinha conversando com Tereza e obrigou Ritinha a falar do amor que até então encontrava-se escondido...
Como as famílias eram rivais, Tadeu jamais iria deixar sua filha se casar com Simão e oferece a sua mão ao seu primo Baltazar Coutinho...Daí surgem as ameaças a Tereza ou ela se casava ou não era mais filha do casal, ou iria parar em um convento...
Tereza se recusa a casar-se com Baltazar e vai para o convento... Dedicando seu amor a Simão...
Depois disso Simão se hospeda na casa de um ferreiro de nome João da Cruz, pois o pai de Simão livrou o individuo de ser morto na forca, ele também tinha uma filha chamada Mariana, que passou a gostar de Simão, porém sabia que seu amor não seria correspondido, mas o qual ela era fiel e servil...
Em um baile de aniversário, Tereza com o seu tinteiro reserva, pois seu pai havia retirado o seu original, avisa Simão para ir às portas do quintal, porém Baltazar nota algo de estranho em Tereza, pois ela não para de ir às portas do quintal, ele também a ouviu marcar um reencontro com Simão no mesmo lugar...
Simão volta no mesmo lugar no dia seguinte, porém Baltazar havia preparado uma armadilha a ele já visto que Baltazar tinha escutado o reencontro, porém o ferreiro João da Cruz já esperava essa atitude do homem, foi junto para auxiliar Simão, o encontro deu certo, porém quando João e seu ajudando estavam voltando se deparou com os homens de Baltazar e mataram um deles. Nisso o outro havia fugido e Simão tinha um ferimento no ombro, visto que acharam o outro capanga de Baltazar, pela clemência de Simão, João o deixou vivo...
Na casa do ferreiro Simão foi trato com todas as devidas necessidade por Marina (que amava Simão) e até dinheiro deram a ele, para pensarem q o tinham enviado de sua família...
Com a insistência de Tereza em não se casar com Baltazar ela e levada a um convento, porém secretamente levava um tinteiro e um papel, pensando que ia viver em paz no convento Tereza encontra freiras fofoqueiras. Mais tarde Tadeu quis levar a filha a outro convento onde a tia dela era freira. Simão recebeu a carta com a notícia que também afirmava que junto a ela estariam indo suas irmãs, seu pai, Baltasar e as irmãs dele. Essa notícia o enfureceu e escondido de João e Mariana ele foi ao convento de sua amada. E quando Baltasar apareceu, junto a todos os outros, Simão o matou.
Simão vai preso, porém por ser filho do desembargador ele teria escapado da prisão facilmente, porém respondeu por suas ações e ficou preso, e rejeitou qualquer ajuda de sua família, nesse tempo João e Mariana davam assistência total a Simão, porém, Mariana gostava tanto de Simão que chegou ao ponto de entrar em estado de Demência...
Enquanto Tereza abrigava o novo convento, encontrou freiras mais bondosas, porém ainda era difícil manter contato com Simão, porém eles conseguiam.
Depois disso Simão foi condenado a forca, Tereza encontrava-se em estado de morte onde nada parecia ter mais sentido. No entanto, seu pai Domingos como era o desembargador não queria morrer sabendo que um de seus filhos tinha morrido na forca, pois vivia com honra. Impedindo assim a morte de seu filho...
Simão foi transferido de prisão, foi levado a uma próxima ao porto e nas suas proximidades estava o convento de Teresa. Tadeu tentou tirá-la de lá, mas a menina não abandonaria o convento e tinha ao seu lado as freiras que não permitiam que ninguém fosse obrigado a sair do convento.
Nesse tempo Mariana voltara à sua sanidade e logo à sua dedicação a Simão. Ele viveu por dois anos e nove meses na prisão. E nesse período João já vivia insatisfeito com a “perda” da filha e antes de qualquer coisa foi assassinado pelo filho do homem que matara. Sendo assim, Mariana vendeu todas as terras que a ela pertencia e viveu a se dedicar a Simão.
Simão vai morar na Índia onde é exilado, junto de Mariana.
Pelo pai que tinha Simão não era tratado como os outros...
Porém quando Simão chega ao porto ele assiste a morte de Tereza,e lá recebeu as cartas que ele tinha escrito a ela e uma carta final dela.
Simão ficou louco tinha altas febres e delírios, por fim Simão morre e Marina lhe da o primeiro beijo que não conseguira dar enquanto ajudava o homem a seguir o caminho de sua amada...
Com uma pedra agarrada aos pés Simão é jogado ao mar. De tristeza Mariana salta ao mar junto de Simão e as cartas são esquecidas, ou seja, todos morrem...
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Vanessa Sueroz 06/04/2010

Ultra-romantismo
O livro conta uma grande história de amor de séculos passados.

Alguns dizem que é uma versão portuguesa de Romeu e Julieta, outros já dizem que é ainda mais trágico.

O livro é um pouco cansativo principalmente no começo, mas logo que o romance começa o livro pega um ritmo gostoso.

Não vou dizer que é uma leitura fácil, final estamos falando de um clássico, mas é um bom livro que mostra claramente o extremo do romantismo na su época histórica, que infelizmente acaba com um belo finl trágico.
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carolyamate 19/03/2010

Todo mundo morre.
Cláudia Isabele 28/08/2012minha estante
Sinaliza spoiler, né, gata?


Nanda 23/10/2013minha estante
aff!


Ivanete.Bampi 18/06/2017minha estante
Sinaliza Spoiler, né, CHATA!


Grazi 02/08/2020minha estante
Ei pow!


char_benji 09/08/2020minha estante
tem um botãozinho escrito "spoiler", sabia?


Lari 07/10/2020minha estante
Nossa que sem noção , AFF


tchello 07/01/2021minha estante
Acho que mais sem noção do que esse comentário, foram os 31 fdp que curtiram pra resenha ficar no topo e entregar o final do livro pra todo mundo. Parabéns!


Laura 08/04/2021minha estante
Sinaliza spoiler.


Garota Relâmpago 09/04/2021minha estante
Mano... ódio...


sophia 01/06/2021minha estante
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


Alinne.Lima 21/06/2021minha estante
Pqp




Danielle 28/01/2010

Decidi ler este livro simplesmente por ser um clássico. E ainda não cheguei à conclusão se gostei ou não. O amor de Simão e Teresa só não é mais inverossímil aos olhos dos dias atuais do que o amor de Mariana por Simão, este sim chega às raias do incompreensível. Mas a leitura está longe de ser desagradável e flui perfeitamente - isso me surpreendeu, achei que ia encontrar um livro enfadonho.

Considero que o mais interessante do livro foi a história de amor que o autor conta paralelamente: o relacionamento do irmão de Simão com uma mulher casada, que o pai dele consegue dar fim de forma absolutamente fácil. É um belo contraponto à história principal.
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Lorena.Buffolo 17/01/2010

A história é trágica, mas é um bom livro. Pra quem gosta de romances apaixonados e cheios de dificuldades, é uma boa pedida!!! rssss... eu pelo menos adoro.
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Raquel Lima 15/01/2010

Romeu e Julieta Tupiniquim.
Fui encantada por este livro em minha adolescência. O amor de Teresa e Simão envolvida na incompreensão dos pais, da sociedade, as regras sociais conduzindo as pessoas são temas que me prenderam e instingaram, eu uma rebeldia, natural da fase. Mas, hoje, mais velha, achei muito triste, sombrio, uma tristeza sem esperança, no que difere muito de Romeu e Julieta que apesar da morte, do fim trágico, a sensação é de que o amor vence a morte ou que os amantes estão livres nelas, nos confortando.
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Sabrina 05/01/2010

Particularmente sou fascinada pelo ultra-romatismo, especialmente pelos folhetins, este foi um adicional a mais que fez-me interessar por este livro. Personagens vivendo em constantes conflitos sociais,imposições, diversidade de opiniões e a classica briga entre duas familias.
Acho que o que mais me chamou a atenção para esta maravilhosa e intensa obra foi as constantes auto-contradições das quais padecem os personagens do realismo e principalmente a idealização romantica extrema, a qual culmina na morte de nossos queridos protagnistas.
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