Resenhas - Quincas Borba

Juliana 02/04/2023

"Ao vencedor, as batatas!"
Surpreendentemente bom! pensei que fosse odiar pelo fato de ser uma leitura obrigatória da escola, mas muito pelo contrário, eu gostei bastante!

é uma escrita difícil pra quem não é acostumado, porém depois que você pega o embalo fica muito fácil. o enredo chama atenção. você lê querendo saber o que vai acontecer com rubiao o tempo todo. fora a ambiguidade dos personagens, você nunca sabe quem tá sendo verdadeiro ali.

gostei muito da construção do personagem do Rubião, homem "inocente" do interior que quer viver na capital do país da época e acaba conhecendo pessoas "sem más intensões".

no fim, ele acabou com o único ser leal de toda história e que ele destratava: o cãozinho Quincas Borba.

Mp28Rangel 04/12/2023

Boa leitura!!!
Quincas Borba é a continuação do livro, "Memórias Póstumas de Brás Cubas". Ele faz parte da chamada tríade machadiana ou tríade do realismo da literatura brasileira, marcada pelo pessimismo e ironia.
Particularmente, eu sou fã dos livros de Machado de Assis. E gostei mais desta história que Dom Casmurro que é considerado como a sequência desta obra.
Em resumo, Quincas Borba é uma boa leitura e possui capítulos curtos.
Obs: Apesar de ser uma sequência, não se faz necessário ler Memórias Póstumas de Brás Cubas para ler Quincas Borba. É possível ler tranquilamente esta obra e depois a anterior, ou seja, são leituras com histórias independentes.

Sabrina 24/01/2024

Ao vencedor, as batatas!
Machadão é rei, não tem jeito. Ou bruxo né? Irônico, debochado, inteligente e culto demais. E incrivelmente contemporâneo, atual. Uma crítica a elite escravocrata, privilegiada, excêntrica e medíocre, com olhar agudo para a meritocracia dos herdeiros (olha só, 1891!!) com seus ideais liberais em contradição total a realidade em que viviam. Pra gente ler e pensar esse Brasilzão cheio de desigualdades e hipocrisia desde sempre.

Marcos 14/03/2021

Um conto de aproveitadores
Resolvi ouvir o livro já que fiquei curioso com o personagem Quincas Borba que aparece no livro Memórias Póstumas de Brás Cubas. Qual não foi minha surpresa ao saber que esse personagem morre logo no início do livro? Fiquei embasbacado. Mas como já havia começado a ouvi-lo, o jeito foi terminá-lo. O personagem principal é Rubião, o melhor amigo de Quincas Borbas e que fica de tutor do Quincas Borba (o cão de Quincas Borba que tinha o mesmo nome do dono).
Bem, depois de receber a fortuna de Quincas Borba, Rubião parte para a corte e, ainda no trem faz amizade com um homem e sua esposa e perdição, a belíssima Sofia (que nome para dar para à luxúria).
Entre empréstimos, gastanças e jantares para amigos, a fortuna vai se esvaindo assim como a sanidade de Rubião. Ao fim, doente e apenas com o amigo Quincas Borba (o cão), Rubião volta para sua terra natal e morre.
Não gosto de fazer resenhas com spoiler, mas nesse era necessário. Pois para mim parece uma história maquiavélica. Receber fortuna sem virtú, é tornar-se isca para aproveitadores.
Pobre Rubião, mas que a frase continue sendo ovacionada: "Ao vencedor, as batatas!"

Carodise 18/05/2020

Um livro cansativo, um clássico da literatura que trata sobre a ganância do homem.

Cecilia451 18/04/2024

Gostei da teoria das batatas, "ao vencedor, as batatas!" De certa forma achei que romantizou a guerra, mas é uma teoria importante. É perceptível que há uma lição significativa neste livro, Rubião, que se aproximou de Quincas Borba apenas pela herança, acaba falindo por conta do interesse dos outros e morre. Fiquei triste com a morte do cachorro. No geral, gostei do livro, bem rebuscado, mas muito importante para se ter contato.
Tem minha recomendação.

anaju 23/10/2023

Li esse livro meio que ?obrigada?, mas não foi isso que me fez ter uma experiência não muito prazerosa com ele. apesar do tom irônico de Machado, acho a escrita do autor um pouco difícil. a história começou muito bem, apresentando como Rubião ganhou dinheiro e eventualmente, sua relação com Sofia, e então a história partia para outros pontos, com muitos contextos e personagens pedantes. o final, pra mim, valeu a perdida que a história teve no meio. não é uma história pra mim, mas sem dúvidas é marcante

edifícioesplendor 20/04/2023

20 horas depois...
Li esse livro pela escola e levei um tempo absurdo, mas valeu a pena. Geralmente ter que ler por causa da escola faz com que eu goste menos, mas esse livro é tão bom que continuei adorando. Um dia quero reler tudo de novo.
Acho que o principal motivo que eu demorei tanto foi a linguagem, tive que parar para pesquisar várias palavras, o que foi meio cansativo - mas pelo menos agora tenho palavras chiques para usar na redação.
Essa edição é muito boa, no final do livro há explicações de algumas referências a outras obras e autores, o que ajuda muito. Tem também uma seção de comentários sobre a história, o humanitismo, os personagens e o autor. Minha única crítica é ao tamanho da letra, achei muito pequeno.
Enfim, indico a leitura e, embora não seja preciso, achei bom ter lido memórias póstumas de Brás Cubas antes de ler Quincas Borba, recomendo.


(queria falar alguma coisa sobre batatas, mas não consegui pensar em nada)

guh48 06/12/2023

Genial
Ter lido a segunda metade desse livro nesse fim de novembro e começo de dezembro, já com as aulas terminadas, foi uma experiência enriquecedora. Não ter que se preocupar em armazenar cada micro detalhe ou em sempre tentar fazer análises sociopolíticas mirabolantes da história e ter podido simplesmente ler o livro em paz, absorvendo da história o que me toca, simplesmente lendo esse tipo mágico de arte que o machado faz com as palavras foi uma experiência incrível.

Dosagem de ironia, crítica e comédia, tudo mediado com uma linguagem rebuscada de época e digressões que aumentam em 200% a ansiedade pela trama principal... tudo em machado é surrealmente bom.

Simplesmente perfeito, e olha que nem é o melhor livro do Machado de Assis.

Nanda 11/12/2020

Machado é só amores
Eu simplesmente amei este livro, não tem como não gostar!
E enquanto isso, a Cruzeiro do Sul continua nem aí para o que eu achei da história.

Enzo.Michimura 27/05/2022

Ao vencedor, as batatas!
É o primeiro livro que leio do Machado(tinha lido apenas a novela O Alienista, que gostei bastante) e me impressionou.

O ritmo do livro é muito bom, por conta de ser bem realista e bem divertido até, com muitas piadas muito boas.

Até mesmo a filosofia tratada no livro é muito boa. Humanitas é maravilhoso. Toda a jornada de Rubião é muito boa (ele sendo enganado por diversas pessoas que só são suas amigas pelo seu dinheiro, ele ficando maluco de "amor" e acabar da mesma maneira como o Quincas Borba) e todos os personagens tem seus charmes.

Não tinha lido o Memorias Pós tumas, então, será o próximo a eu ler.

Cenira 20/08/2024

Quincas Borba
?Se encante com a conclusão inconclusiva do romance.

Podemos pensar que Quincas Borba apresenta um repertório de máscaras sociais que Machado parece denunciar de modo irônico.

- Quincas Borba é um romance, mas também uma metáfora de país.?

(pág. 458 - 475)

Miguel.Moreira 11/05/2022

Quincas Borba
Esta foi uma obra escrita por um longo tempo em recortes de jornais da época, Machado desistiu algumas vezes do trabalho, mas sempre voltava, e felizmente esta obra foi publicada em forma de livro em 1891.
Antes de qualquer coisa, este romance é um dos mais difíceis que eu li até agora, mas acredito ter captado a ideia principal que Machado nos passa através da vida trágica de Rubião. (Em alguns comentários de leitura afirmei que me lembrava O morro dos ventos uivantes, de fato a mensagem é muito parecida, se tratando da degradação humana, mas com a diferença de que Machado não abusa dos sentimentos vingativos, ele retrata a realidade com tanta perfeição que a narrativa se torna humanamente possível de acontecer).

Rubião é um rapaz crédulo que vulgarmente falando, ele "dança conforme a música". É herdeiro de uma fortuna deixada por seu amigo Quincas Borba, um filósofo e grande sábio. Com a fortuna, ele acaba conhecendo pessoas novas, dentre elas Sofia e Cristiano, o casal principal da narrativa. E por causa de amor não correspondido, Rubião acaba enlouquecendo, junto de suas influências políticas e falta de cautela com seu patrimônio acaba somando para sua loucura que o leva para uma trágica desventura.

Machado é cheio de nuances e referências durante a sua escrita, e não fica de fora o lado cômico (já que tem muita tiração de sarro no livro). Pude perceber com bastante frequência a exposição da futilidade e mesquinharia nas personagens com classe social mais favorecida, é possível ver claramente a desumanização de uma pessoa que se acha melhor que outra por causa de dinheiro.

A narrativa é bem corrida até pouco mais da metade do livro, depois achei um tanto erudita pra mim, mas nada que uma leitura maus atenta não resolva. Então mantenho a nota 4 mais pelo meu entendimento do que pela qualidade da obra, que acredito ser mais, porém eu estaria sendo injusto se dissesse que entendi 100% do livro. Está na minha lista de releitura, e é um livro que vale a pena dar uma chance.

Pazos 23/07/2021

Ao vencedor, as batatas!
A narrativa machadiana é fantástica. É costume termos muito "pé atrás" com autores que são supostamente ensinados no currículo escolar, uma vez que são empurrados. Quando damos chance à obra de fato, nos abrimos para um mundo novo.
O autor faz uma construção cheia de nuances, detalhes e minúncias que podem passar sem distinção aos desatentos, a obra exige foco.

Thah.Oliveira 06/06/2024

Quincas Borba, é o cachorro ou o filósofo?
Afinal, o que é esse romance que está nas obras obrigatórias da Fuvest?

Narra a história de Rubião que conhece o filósofo Quincas Borba. O filósofo tinha muito dinheiro e Rubiao se interessava plenamente em sua herança!

Com a morte de Quincas, Rubia herdou não apenas uma parte, mas TODA a herança do homem. Entretanto, para realmente possuir o dinheiro, ele estava sob una condição: cuidar do cachorro Quincas Borba, como se fosse dele.

Por mais que desprezasse o cachorro no início, Rubião após se dar conta de que o cachorro era de seu amigo falecido, começa a cuidar do animal realmente, como se fosse seu!

A ganancia é a palavra-chave desse livro. Com a aparição de novos personagens, como o casal Palha, Camacho, D. Fernanda, Teófilo, D.Tunica, Maria benedita e Carlos Maria, a história ganha vida!

As amizades que Rubiao encontra no caminho, são falsas e vazias. Assim como era a amizade entre Rubião e Quincas.

Rubião, se apaixona pela Sofia Palha, e devido ao amor não correspondido, adoece, entra em estado de loucura. Além de, a cada passo se desgraçar em miséria.

O cão, Quincas Borba, é a materialização se seu dono, recebe o mesmo nome e afinal, Quincas Borba é o cachorro ou o filósofo?

Em minha opinião, sem dúvidas é o cachorro! Durante a trama, o cachorro é a filosofia de Quincas. Ele é a felicidade, a tristeza, um humano! Suas características e ações muitas vezes são humanas.